Acordei com o sol forte batendo em meu rosto, abro os olhos com um pouco de dificuldade e me deparei com Malu sentada na beira da cama.
— O que faz aqui? – pergunto me sentando.
— Não acredito que esqueceu, Lyn. –diz revirando os olhos e bufando.
— Deveria me lembrar de algo importante?
— Claro que sim Evelyn, hoje é o dia da sua consulta.
— Oh! Como posso ter esquecido? Quantas horas? Eu tô muito atrasada? – digo meio desesperada me levantando da cama.
— Calma você não está atrasada, mas se eu não estivesse aqui agora, provavelmente isso teria acontecido. – Olho para minha amiga, que neste momento possui um sorriso convencido na cara.
— Muito obrigado Malu, eu não sei o que seria de mim sem você. – digo e o seu sorriso aumenta mais ainda.
— Agora chega de falação e vai se arrumar, te espero lá em baixo. – Assim que ela sai do quarto vou em direção ao banheiro me arrumar.
°°°+°°°
Já havíamos chegado na clínica onde o doutor Edgar também trabalhava, como chegamos meia hora mais cedo e o doutor estava com outra paciente em sua sala, tivemos que ficar aguardando na sala de espera.
— Como meu afilhado será? Será que ele vai puxar seus cabelos ou o sorriso do Justin?
— Para de ficar fantasiando Malu, você sabe muito bem que quando essa criança nascer eu não terei nenhum contato com ela – Digo baixo para que ninguém escute, apesar de estarmos sozinha na sala, mas nunca se sabe não é mesmo?!
— Nossa como você é chata, adora cortar meus momentos.
— Amiga eu só não quero que crie falsas expectativas, sabe que daqui a sete meses tudo será diferente.
— Você é muito negativa Lyn, eu como sua melhor amiga, gosto de pensar que no fim de tudo isso, vocês irão ficar juntos, estou me referindo ao Justin também, seria a família perfeita.
Não a respondo, sei que se continuarmos com esse assunto ela vai ficar inventando mais coisas absurdas.
Não posso criar expectativas, tenho que me conformar e não me apegar a essa criança por mais difícil que seja.
No final de tudo eu seguirei a minha vida ao lado da minha mãe e o Justin seguirá seu caminho ao lado de sua família perfeita, como ele sempre sonhou.
As vezes pensar nisso me deixa mal, saber que nunca mais nos veríamos não me deixa nem um pouco feliz, ele nunca iria me pedir conselhos ou me pedir um café forte e sem açúcar, ou ir na minha casa.
— Ainda está aí ou vou precisar chamar o médico?
— Desculpe Malu, acabei me distraindo.
— Jura? Nem tinha percebido. – diz irônica. – Estava pensado no que eu disse, né?
— Oi? Claro que não, já era para ter nos chamado né? – mudo de assunto rapidamente, não quero dizer sobre o que eu estava pensando, por mais que ela seja minha melhor amiga.
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Barriga de Aluguel | JB |
Fanfiction[Concluída] Evelyn Collins, com seus 22 anos de idade cursava Direito, seu maior sonho desde a adolescência, trabalhava em um pequeno e tradicional café no centro de Los Angeles. Ganhava pouco, mas o suficiente para pagar suas contas, que não eram...