15- Uma noite poética

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Em algum lugar com o Jeremy

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Em algum lugar com o Jeremy.

Eu sempre me perguntei como seria quando eu estivesse apaixonada. Se algum dia alguém gostaria de mim ao ponto de conviver com meus defeitos, com minhas feridas abertas. Que ficaria ao meu lado quando o mundo parecesse cair sobre minha cabeça. Que me apoiasse ainda se eu estivesse insuportavelmente decida a fazer as coisas erradas. Que me deixasse seguir meu caminho, mas que segurasse minha mão no momento em que eu fosse fazer algo estupidamente irreversível.

Só que pelo pouco que eu entendo dessa loucura patética que é estar aqui, eu diria que não podemos projetar no outro aquilo que desejamos. Isso é frustrante, além de ser um perfeito sofrimento premeditado. Principalmente quando ele não retribui da forma que você acha que merece, precisa ou deseja.

E ver o Jeremy aqui do meu lado me faz pensar como seria se fosse assim daqui em diante. Se quem sabe minha existência poderia ser um pouco menos dolorosa.

Eu sei que estou sendo aquilo que acabei de criticar ok? Mas a verdade é que quando o assunto se trata de nós costumamos abrir exceções. Enquanto para os outros não medimos palavras para dizer quão trouxa eles estão sendo.

Eu posso ser egoísta para o mundo, mas não posso ser para o Jeremy. Não, ao ponto de arrastá-lo dessa forma para o caos que eu sou. Eu tenho que deixá-lo livre mesmo que a ideia de não tê-lo me destrua. Pois quando você gosta de alguém não importa se você estará com ela ou não, isso não irá alterar o valor do seu sentimento.

Vejo a bondade quando ele me olha apesar dos seus segredos e ando me perguntando o que fez nossos caminhos se cruzarem.

O que te trouxe para mim Jeremy Liam?

***

–– Jeremy eu... – consigo dizer mesmo com o calor da proximidade dos nossos lábios embriagando meus pensamentos.

Seus olhos que antes estavam fechados são abertos conforme minhas palavras são pronunciadas. Sua mão se afasta rapidamente da minha nuca.

Eu sei que não poderei resistir por muito tempo. Mas também sei que se acontecer agora não terá mais volta.

– Não diga nada... – ele fecha os olhos e vejo que seu cenho está franzido da mesma forma que ele faz quando diz algo que lhe traz mágoa.

Ouço de imediato a porta abrir do seu lado. Vejo-o sair e dá a volta na picape.

Toda vez que ele vai embora, uma parte minha vai junto. E sei que é a minha melhor parte.

Ele abre a porta do meu lado, o que me faz ficar sem jeito. Minha respiração está aos poucos se acalmando. Mas me esforço para fingir não estar afetada. Eu estraguei tudo, eu sei.

–– Seja bem-vinda ao submundo dos malucos! – aceito sua mão, mesmo sem entender o que ele está falando e sorrio por conhecer mais um de seus portais secretos.

E se fosse diferente? [Completo+Em Breve Entrará Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora