11- Uma dose de perdão

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Em um lugar deprimente

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Em um lugar deprimente.

Centro de apoio à perdas traumáticas: Há uma luz no fim do túnel.

Estou totalmente imóvel olhando para esta placa idiota há pelo menos uns vinte minutos. Tenho que admitir: eles conseguiram. Esta com certeza seria a única punição que me afetaria.

Jolie não me procurou ou falou nada depois do trote. Lucas ao contrário tem vindo com certa frequência me visitar procurando me deixar atualizada dos assuntos do colégio que nem tão pouco me interessa. Prefiro não falar sobre o trote, mas mesmo assim ele continua insistindo e eu todas às vezes ignorando.

–– Ratazana, ela está muito mal e arrependida por tudo que te disse. - Lucas diz, enquanto se senta no sofá com uma tigela de pipoca.

Permaneço em silêncio debaixo das cobertas, apenas com os olhos de fora para assistir um filme que não me recordo o nome.

–– É preciso de tempo para as pessoas perdoarem Hanna. - ele disse por fim.

E eu mais do que ninguém compreendo isso.

As reuniões no centro de apoio acontecem na sexta à noite. O lugar era simples funcionava em uma garagem mais espaçosa do que o normal. As cadeiras estavam organizadas em um círculo. Vejo de vislumbre prateleiras de livros no seu interior. Fotos por todos os lados de pessoas sorrindo em retiros espirituais. –– Eu acho. E marcas de mãos coloridas, constituem o papel de parede da sala.

Não consigo imaginar este lugar ocupado de pessoas vazias como eu. Talvez eu tenha errado o endereço.

Decido por fim, ir embora. Não tenho nada para fazer aqui. Não sou uma delinquente muito menos sofro de algum distúrbio psicológico ou pelo menos acho que não. Aprendi a não confiar tanto em certezas que eu mesma construí. Às vezes só enxergamos aquilo que queremos.

Rapidamente sou surpreendida com um toque fazendo meus passos pararem. Alguém segurou minha mão e não consigo me soltar. Não que esteja apertado, mas o que me prendeu foi à forma que sua mão fria me tocou. Foi diferente, porém familiar.

Quando ergo minha visão para ver quem é aqueles olhos perdidos me fazem ficar extasiada. Eu reconheço-os de algum lugar.

Seus cabelos escuros em um tom azulado, sua pele é tão pálida que suas veias transparecem. Usava um casaco cinza de capuz e as mangas cobriam até suas mãos. Ela aparentava ter a idade do Jeremy, aliás, mas do que isso. Ela apresenta os mesmos traços dele, o que me deixa em estado de choque.

Mesmo sem trocarmos uma só palavra, ela me conduziu até o interior da garagem e sentou à algumas cadeiras de distância. Não conseguia parar de olhá-la sua semelhança com o Jeremy era assustadora.

Tudo parece está em seu devido lugar. No centro do piso havia uma pintura antiga formando um círculo de flores que iam se fechando criando outros círculos de flores, até surgir no meio, o que me inquietou. Uma flor solitária que era coincidentemente, uma rosa branca. Desejei que o Jeremy estivesse aqui e visse isso, ele iria falar alguma de suas filosofias e palavras certas.

E se fosse diferente? [Completo+Em Breve Entrará Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora