E se fosse diferente? [Completo+Em Breve Entrará Em Revisão]

31- Item 7

Na casa do Jeremy, mas sinto que não ficarei por muito tempo.

Eu não sei até onde Jeremy escutou de nossa conversa, mas em seus olhos vi o quanto isso o perturbava. Eu tentei falar, mas nenhum som saiu. Minha garganta parece ter engolido todas as palavras. Minha mente só imaginava o pior: Jeremy não pode ficar sabendo assim.

O tempo parece ter ficado congelado nessa cena. E eu desejei tanto sumir. Mas eu sei que existem coisas que não se podem esconder por muito tempo.

–– Estou esperando... – dá alguns passos para mais perto de nós. –– O que a Hanna tem que me contar?

Imploro com os olhos para ela não contar. E por alguns segundos, vi que estava determinada a revelar o lugar em que eu passei um mês.

Uma vez a Tia Judite, mãe da Jolie, disse: "não há nada encoberto que não seja revelado". Isso parece fazer sentido. O meu tempo está chegando.

–– Jeremy eu... – desvio o olhar do seu.

Eu não consigo fazer isso. Vou deixar que ela conte tudo se é o que quer. Não vou mais tentar impedir o inevitável.

Jennifer suspira pesadamente. É agora. É o fim.

–– Hanna estava me falando sobre os seus planos para o futuro e eu perguntei quando ela iria te contar sobre eles... – ela diz com os olhos fixos nos meus. –– Espero que saiba o que está fazendo Hanna e alcance tudo que deseja...

Ela vem até a mim e me abraça. Fico completamente paralisada envolta em seus braços.

Jeremy me olha surpreso, mas também parece aliviado em ver nós duas abraçadas. Tenho certeza que eu fiquei tão surpresa e aliviada quanto ele.

Ela não me odeia?

Retribuo o abraço depois de meu cérebro entender que é real. E sinto um sentimento tão bom crescer dentro de mim. Ela foi verdadeira.

Eu percebi que Jennifer não está contra mim. Ela está por mim, por isso quis contar à verdade que mais do que nunca sinto se aproximando. Sei que só estou adiando, mas agora estamos bem não quero e nem posso destruir isso também. Eu quero curtir o meu momento com o meu Banana.

–– Obrigada... – dou um sorriso sincero para ela.

–– Como poderia tirar a vida do meu filho? – sussurra em meu ouvido e no final beija meus cabelos.

Repito essa frase para mim e soa muito bom.

A vida do meu filho.

Queria dizer a ela que na verdade ele que me faz sentir viva, mas por hora basta para mim. De todas as coisas que ela poderia dizer ou fazer isso foi o suficiente para que eu entendesse que muitas vezes achamos que as pessoas estão de lados opostos aos nossos, enquanto elas lutam para proteger o mesmo que nós.