"E o que você era, assim como o passado não dá para mudar. São feridas que não cicatrizam."
Hanna Collins acreditava que não precisaria de nada além de sua vida comum e seu jeito simples de ver a vida para ser feliz, porém isso lhe foi, incontrolave...
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Em algum lugar sem a Hanna.
Jeremy
Socar. Gritar. Rasgar. Quebrar. Dor. Dor. Dor...
Já pensei em mil significados sobre o que aquele"Adeus Banana" quis dizer, e confesso que a maioria dos meus pensamentos foi até mais do que pessimista.
Como meu Deus?! Por onde procurar alguém que não quer ser encontrado?
Não consigo tirar Lilly dos meus pensamentos. Eu fui um idiota por não ter conseguido fingir que estava tudo bem quando falava com a Collins pelo celular.
-- O que está acontecendo Jeremy? - começou a chorar.
Tive que correr para segurá-la, pois ela saiu em disparada atravessando a rua sem olhar. Deixando-me quase em um surto de pânico.
-- Ei pequena eu vou achar sua irmã... - abraço-a e ela envolve minha cintura.
-- Promete? - diz fungando o nariz, encarando-me.
-- Com a minha vida... - digo alisando seus cabelos.
-- Talvez isso seja o amor... - diz depois de um tempo, entrelaçando nossos mindinhos. -- Encontrar um motivo para não desistir da outra pessoa.
-- Talvez seja sim Lilly. - sorrio sufocando as lágrimas. -- Talvez essa seja uma das mais prováveis hipóteses para nós... Que apesar de estarmos completamente rachados poderemos sobreviver com nossas frechas, porque não estamos mais sozinhos com nossos ecos...
-- Faz sentido. - seus olhos azuis parecem se perdem em meio a vermelhidão. -- Acho que você é a estrela que apareceu para ligar a Constelação Collins de novo... - abraça-me mais forte.
E eu estive pensando sobre isso e se for dessa forma, é o mesmo que acreditar que talvez sejamos como estrelas, solitárias separadas mais quando próximas somos ligados por algo maior.
O que seria do céu noturno sem as estrelas? - eu me pergunto.
Completamente negro não é? Da mesma forma sou eu sem a Collins...
***
Quebrar a porta do meu quarto não fez nada disso passar. Isso só faz com que minha fúria e impotência se intensifiquem.
-- Filho! - Jennifer corre para me abraçar.
-- Me solta! Cansei do seu teatro de boa mãe. Cansei de sofrer por algo que eu não fiz! Cansei! - grito voltando a chutar e socar a porta.
-- Você acha que quebrar as coisas vai fazer sua dor passar? - pergunta no mesmo tom. -- Seja o homem que você acredita Jeremias! Não seja um menino covarde que sai descontando sua raiva em coisas fúteis para não encarar a realidade! - esbraveja
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