22- Discurso sobre "O grande nada"

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Em algum lugar correndo, mas talvez na cadeia em alguns minutos

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Em algum lugar correndo, mas talvez na cadeia em alguns minutos.

Lista mental do dia: Receber conselhos da irmã menor que é mais inteligente que você? Ok. Seguir seus impulsos conturbados que te guiaram até um jardim improvável na cobertura de um prédio luxuoso? Ok. Ser pega aos beijos em um elevador? Ok. Ser quase assaltada e morta por um amigo do passado? Ok. Invadir a Catedral, mais especificamente a sala de sinos? Ok. Receber uma declaração maluca? Ok. Quase matar de enfarto um pobre padre? Ok.

Adorar levianamente a sensação de literalmente correr dos policiais? Ok. Usar uma palavra totalmente bizarra como "levianamente" em um momento em que se devia estar correndo mais e pensando menos? Ok. Estar apaixonada por um maluco beleza? Infinitos Ok.

Para os meus queridos telespectadores existentes em um planeta considerado (até o presente momento) pelos cientistas como inabitável, eu digo: Não façam (em hipótese alguma) isso em casa!

***

–– Entra aqui! – diz me puxando para um beco totalmente escuro.

Ficamos encostados na parede enquanto a viatura da polícia passava a toda velocidade por nós. Como se estivessem perseguindo criminosos da mais alta periculosidade. Meu coração parecia que iria fugir do meu peito.

–– Da próxima vez... lembre-me... de não dizer... que... vou adorar... uma coisa... sem saber... para onde... estou sendo... levada! – digo quase sem fôlego. Meus pulmões não suportam ser pegos desprevenidos em mais uma corrida noturna.

–– Qual é? – arqueia suas sobrancelhas. –– Admita você gostou! – diz ficando mais próximo de mim. Suas mãos pressionam a parede me fazendo ficar presa.

–– Não... – sussurro, desviando o olhar.

–– Esse seu "não" não convence nem a minha mãe! – segura meu queixo.

Oh céus! Não consigo pensar direito com essa proximidade toda.

–– Basta para mim... – murmuro. O que eu estou fazendo?!

–– Ok! – diz se afastando. Não! Não! Volta!

Vejo seu corpo se movimentando enquanto eu continuo parada como uma estátua tentando estabilizar minha respiração. Pensei que esse orgãozinho que bobeia sangue para nosso corpo fosse pular para a fora em busca de um novo hospedeiro!

–– Ei! Espere por mim! – grito finalmente, correndo um pouco para alcança-lo.

–– Pensei que estava chateada comigo?! – diz sorrindo e entrelaça nossos dedos.

–– Está brincando? Por que eu estaria?! – reviro os olhos.

–– Ok Collins! Na próxima não precisaremos invadir ou se esconder. Mais tranquila? – diz me puxando para ele, beijando o topo da minha cabeça. Que fofinho! Não, não. Estou brava!

E se fosse diferente? [Completo+Em Breve Entrará Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora