"E o que você era, assim como o passado não dá para mudar. São feridas que não cicatrizam."
Hanna Collins acreditava que não precisaria de nada além de sua vida comum e seu jeito simples de ver a vida para ser feliz, porém isso lhe foi, incontrolave...
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Andorinhas procuram por Bananas.
Lilly. Alice. Meus avós maternos. Jolie e seu irmão Felipe. Lucas. João Pedro. Tia Judite e Tio Humberto. Tâmara e Caio Santos. Ariah e Jennifer de mãos dadas. Peter e Hailey e boa parte da turma. Professor Martins. Senhora Luna, Antony e Anastácia. Os cachorros correndo entre eles.
Sei que meus pais estão nos olhando agora. Eles estão aqui, dentro de mim assim como o Jeremy.
Eles foram os responsáveis por isso. Eles trouxeram o meu lar novamente. Mas ainda não sei de onde vieram tantas rosas.
Abro os braços girando enquanto vejo as pessoas que amo me encarar emocionados entre sorrisos felizes e tristes. Estamos dançando e correndo ao mesmo tempo.
Eu estou correndo contra o tempo. Estou transbordando.
–– Você disse Banana? – Lilly perguntou. –– Jeremy mandou para você! Ele disse que precisaria fazer isso por causa de uma lista... – continuou sorridente despedaçando as rosas e jogando pelo ar.
–– Espera! – seguro Lilly pelos braços. –– Quando ele disse isso? – grito através da música alta que saem dos instrumentos.
–– Quando ele veio trazer as rosas! – diz sorridente. –– Rudolf Abraão não coma as rosas que o namorado músico da Hanna mandou para ela!
E nesse momento eu só conseguia pensar que o Jeremy esteve aqui. Ele esteve o tempo todo. As pessoas ainda estão vindo até a mim com as rosas e me abraçar. E eu sorrio pegando-as e tentando encontrar o Jeremy dentro dessa multidão.
Estou começando a ficar com a visão turva por causa do desespero. Jeremy precisa saber que eu preciso que ele fique comigo, quando sinto alguém me puxar forte.
–– Você está bem? – Peter me olha preocupado com Hailey ao seu lado.
–– Ele... Ele... Jeremy não está aqui... – digo quase sem fôlego. –– Preciso que me leve a um lugar...
–– Vamos te ajudar Hanna. – Hailey segura minha mão me olhando com afeto. –– Vem!
Quando consigo acalmar minha respiração já estou sentada no banco do carona com Peter dirigindo e Hailey no banco de trás. Se fosse há umas semanas atrás isso não aconteceria nem em meus piores pesadelos, mas agora parece que eles simplesmente estavam no lugar certo.
Jeremy tem que está lá. Espere por mim Banana.
O trânsito parece está quase parado. Então em um impulso saio do carro e bato a porta.
–– Eu sigo daqui agora. Eu não posso perder tempo! – grito sentindo ser tomada por uma adrenalina tão mais forte do que já senti.
–– Mas você não pode correr... – Hailey me lembra, mas não vejo maldade em sua voz, pelo contrário.
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