Capítulo XXVI

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*P.O.V IsabellE*

Estou com fome.

Estou com sede.

Estou com tédio.

Estou com dor de cabeça.

Estou com raiva dessa filha da puta que roubou meu nome descaradamente.

Estou com vontade de sair daqui e me afogar em compras.

Estou prestes a matar Alaska por não me deixar sair daqui.

ESTOU ENLOUQUECENDO.

- ISABELLE! VEM AQUI AGORA! - Alaska gritou lá de dentro, ato que me fez quase cair do sofá. Digamos que eu ainda não estou acostumada com esses gritos.

- ESTOU INDO! - Gritei de volta, e sai andando e bufando o caminho todo até a sala. Chegando lá Alaska me estendeu umas notas de dinheiro.

- Vai aqui na loja do Jordan e compra mais tinta azul. - Quem raios é Jordan? - E compra vermelho e roxo também, essa mulher é louca e pode inventar de querer mais cores.

Concordei com a cabeça.

- Quem é Jordan? - sorri falsamente, de propósito para Alaska perceber, e ela percebeu.

- Aqui do lado tem uma loja de uns bagulhos de celular - bagulhos. E o português passou longe. - Então, vem a livraria. Na frente da Livraria tem a loja do Jordan. Não sei se ele vai estar lá, mas se não é a Maia.

- Hm, tá. - Me virei, repetindo para mim mesma minha lista de pedidos mentais.

Sai da tatuadora ainda repetindo para mim mesma. Passei pelas lojas de acessórios para celulares e pela livraria, olhando Clary conversando com uma garota morena em um balcão, e ela parecia um tanto nervosa. Nem imagino o que essa louca da Clarissa já fez de errado.

Realmente na frente da Livraria tinha uma loja com um nome bem criativo (ironia). O nome da loja era nada mais nada menos que Jordan. Esse povo de hoje em dia não sabem criar nomes nem nada legal mesmo.

Atras do balcão tinha uma garota morena mexendo nervosa em um computador. Tenho até medo de pedir alguma coisa á ela. Assim que ela viu que alguém entrou na loja sorriu.

- Olá, posso ajudar? - o sorriso falso dela era tão grande que eu aposto que dava para ver ele de costas.

- Claro, hm, aqui vocês vendem tinta para fazer tatuagens, né? - ela concordou, ainda sorrindo - Tá, eu preciso da cor azul, vermelho - qual era a outra cor mesmo? Que droga, acho que era verde - e verde por favor.

Ela parou de sorri por um minuto para franzir o cenho.

- Você trabalha para o Jonathan, certo? - respondi que sim - Certeza que é verde? Eles não gostam muito dessa cor.

Mas Alaska falou verde.

- É verde mesmo. - entreguei as notas à ela, que deu de ombros e deu meia volta entrando de uma porta.

Observei a loja, enquanto ela procurava as tintas.

- Certeza que é verde? - ela perguntou de novo.

- Tenho! - falei um pouco mais alto. Ela me entregou a sacola com as tintas. - Muito obrigada. - falei, e me esforcei para não colocar ironia na minha fala, já que essa Maia aí ficou duvidando da minha compra.

Sai da loja, andando as lojas enquanto isso. Quando olhei para dentro da Livraria não encontrei a garota morena que brigava com a Clary lá. Deve estar arrumando ou resolvendo alguma coisa por aí. Clary atendia uma senhora, que parecia bem simpática.

With All My Heart - ClaceOnde histórias criam vida. Descubra agora