Carlisle.

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Carlisle.

Por Isabella Swan.

Assim que Edward e eu entramos no gabinete de Carlisle, avistamos Carlisle de frente para uma grande lareira e de costas para nós. As janelas eram altas e grandes, fazendo ser iluminado o grande gabinete, havia muitas estantes com muitos livros, mas livros do que eu já vira em uma biblioteca, Carlisle um leitor consumista? Talvez. A sala na verdade era como um grande gabinete de um Heitor de uma faculdade, só que havia duas diferenças: O gabinete é mais antiquado do que um gabinete de um Heitor, e Carlisle aparenta ser novo demais para tal papel.

–Então, o que eu posso fazer por vocês? – Perguntou Carlisle se virando para a nossa frente e eu pude ver que ele segurava um grande e grosso livro, colocando um marcador de página no meio da página e fechando-o, depositando com delicadeza em cima da mesa.

–Queria mostrar um pouco de sua história para Bella, algumas duvidas. – Esclareceu Edward.

–Nós na verdade não queremos incomodar. – Eu disse um pouco envergonhada e com medo de estar sendo paga como uma intrometida.

–Não estão incomodando Bella, pelo contrário, quero tirar toda as duvidas, por onde vocês querem começar? – Perguntou Carlisle sorrindo no fim da frase de uma maneira prestativa.

–Pelo cocheiro. – Respondeu Edward, colocando a mão no meu ombro e guiando pelas duas poltronas que havia na frente da mesa de Carlisle, eu achei que iríamos sentar cada um em uma poltrona, mas Edward me puxou para sentar em somente uma, a poltrona não era espaçosa suficiente, eu ficava quase sentada no colo de Edward, enquanto ele apertava fortemente a minha cintura e segurava a minha mão, eu podia sentir que ele estava inalando o cheiro do meu cabelo, fiquei satisfeita por lembrar que estava usando meu shampoo preferido de morangos, um antigo shampoo infantil que faz muito bem aos meus cabelos.

Edward me apontou para uma parede atrás de Carlisle que eu nem sequer havia notado, mas era diferente das outras. Em vez de ela ter uma das estantes com vários livros, havia muitos quadros moldados com perfeição e cores vibrantes, eram vários tamanhos e tipos. Eu tentei entender o porquê da diferença, poderia ser questão de gosto, modo, design, mas obvio que não era, pois se não Edward não teria apontado para o quando para mim.

Edward então apontou para uma tela a óleo em uma moldura de madeira simples, essa tela não era a mais bonita, e muito menos a que mais se destacava, pois havia peças maiores e mais brilhantes. A tela era pintada em tons de sépia e retratava uma pequena e simples cidade, cheia de telhados escarpados, como suas agulhas encimando algumas torres esparsas, um rio enchia o fundo, atravessando por debaixo de uma ponte cobertas de estruturas que pareciam ser pequenas catedrais, apesar de não ser a que mais se destaca ou com a mais que brilha, à tela era muito encantadora e bonita, tinha certo charme, uma beleza especial, que talvez as outras não possuíam.

–Essa imagem é de Londres no ano de mil seiscentos e cinquenta. – Explicou Edward.

–Londres foi a minha juventude. – Acrescentou Carlisle como se ele fosse um home muito velho, eu podia considerar Carlisle um adolescente ainda.

–Você irá contar a sua história? – Perguntou Edward apertando com mais força a minha mão com mais força. Eu olhei para Carlisle que me olhou e sorriu.

–Eu gostaria muito. – Ele disse sorrindo. –Mas não vou poder, o hospital acabou de me ligar, vou ter que substituir Dr. Snow em uma cirurgia, além disso, você conhece a minha história melhor que eu mesmo. – Disse Carlisle dando uma piscada para Edward que abaixou o olhar um pouco envergonhado.

Eu queria poder perguntar como Carlisle consegue ser médico e trabalhar com sangue sendo um ser imortal que necessita de sangue, mas resolvi ficar calada e não perguntar algo que eu considerava pessoal. Carlisle sorriu caloroso para mim, antes de se despedir e sair da sala, me deixando sozinha com Edward, e de repente surgiu um calor em meu corpo, nós dois ali sozinhos era algo excitante, e eu estava me xingando por estar tendo pensamentos impróprios ali na sala do meu sogro, eu balanço a minha cabeça de forma negativa, para afastar esses pensamentos.

New Story - 1° Temporada.Onde histórias criam vida. Descubra agora