Telefonema. - Por Edward Cullen.

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Telefonema.

Por Edward Cullen.

Superei frustrado pela milésima vez. Eu queria novamente como sempre quis poder dormir. Talvez essa fosse a única maneira de esquecer os problemas que rondavam a minha mente.

Eu queria poder dormir e sonhar com Bella, em um mundo que eu criaria como perfeito para nós dois. Um mundo onde eu pudesse ser tudo para ela, em um mundo que eu pudesse ficar ao seu lado sem fazê-la correr riscos desnecessários e propriamente insanos.

Um mundo onde eu a protegeria de tudo e de todos, ninguém iria nos fazer mal. Eu poderia andar livremente com Bella sem precisar me contorcer de queimação pela minha garganta que queimava somente em sentir o seu cheiro.

Queria poder tocá-la sem hesitação. Fazer amor com ela sem medo ou sem controlar cada ato tomado para não machuca-la. Eu queria ser perfeito para Bella, mas sei que não sou.

Além de coloca-la em risco por conta da minha maneira totalmente diferente da sua de viver, eu ainda privava dela outras realizações que todo ser humano deveria ter.

Ser mãe.

Se eu a transformasse para mim, ela jamais poderia ser mãe e eu me sinto péssimo em saber que serei o culpado por essa privação.

Eu gostaria de ser pai.

Mas isso eu sei e tenho a consciência de que jamais serei.

Bella é tudo na minha vida, na verdade ela é a minha própria vida, eu sinto que sou egoísta demais para manda-la embora para ela ter uma vida normal ou então aceitar que de alguma forma ela tenha outra escolha.

A verdade é que eu tenho medo. Medo do dia que Bella olhar a realidade em sua volta e ver que eu estrou a privando de milhares de coisas que serão únicas e exclusivas de sua vida humana.

Medo de ela compreender que existem outros homens muito melhores que eu, homens que podem dar a ela uma vida de verdade, homens que não a provirão de nada, homens que terão a pele quente, para podê-la esquentá-la durante o duro inverno de Forks.

Homens normais.

Não eu.

Eu nem sei se posso ser considerado um homem. Eu nem sei realmente que definição dar para mim mesmo. Aberração talvez seja o certo.

O que eu posso oferecer a Bella além da imortalidade e a eternidade? Quase nada. Ela não poderá ser mãe, ela terá que se controlar toda vez que passar por um humano, ela terá que se afastar da família, quem sabe até forjar a própria morte para os afastá-lo por segurança.

Ela terá que se privar da sua família e isso me destrói. Eu a coloco em risco como sempre faço com todos a minha volta, mas ao contrário dos outros, Bella é frágil e jamais se conseguiria defender sozinha.

Ao mesmo tempo em que eu penso que ela precisa de mim, eu sinto que ela tem que se afastar de mim o mais rápido possível. Mas como ela vai se afastar de mim se eu não sou capaz de deixa-la ir?

Minha mente está uma confusão.

Agora Bella está segura com Alice e Jasper, mas e depois? Ela sempre vivera na suspeita de algo ruim acontecer? E Bella vai querer continuar comigo depois de ver o sombroso mundo em que eu realmente pertenço?

Isso é uma hipótese muito decorrente em minha mente tão abalada emocionalmente.

O fato de ela ter que passar por essa experiência por causa de mim, me faz me sentir culpado e mal.

Por mais que eu deveria afastá-la para o seu bem, eu não quero afastá-la de mim.

Tirar Bella de minha vida é como arrancar o meu coração e levar junto, a dor será intensa e sentida como se uma brasa em ferro fosse enfiada em minha garganta.

—Filho se acalme desse jeito você irá enlouquecer. – Disse Carlisle colocando a sua mão em meu ombro em um gesto solidário de sua parte.

Nós estávamos no aeroporto de Forks já prontos para partimos para Phoenix o mais rápido possível e eu me sentia desesperado de ânsia. Era como se o nosso voo nunca fosse anunciado.

Se eu fosse humano, eu estaria soando neste momento.

—Eu sei que devo me acalmar Carlisle, mas nada me faz parar de pensar que por minha causa Bella e todos vocês estão passando por essa situação. – Eu disse envergonhado de olhar em seus olhos.

Carlisle foi o homem que me salvou de estar morto neste momento, e eu devo tudo á ele, e o que eu faço para retribuir a sua gratidão? Eu o coloco em perigo.

Ele e toda a minha família.

E coloco Bella também em perigo, uma garota que se mudou para Forks unicamente para ver a mãe feliz, e está passando por essa situação de ser ameaçada por um imortal obcecado e louco.

Ele que não ouse se aproximar de Bella, pois eu irei arrancar membro por membro do seu corpo.

Eu a amo mais que tudo em minha vida e esse amor que sinto por ela, a fez ficar em perigo, isso me corrói.

Nosso amor é uma tragédia? Mas se nosso amor é uma tragédia, por que ela é a minha claridade? Se nosso amor é a insanidade, por que eu a vejo como meu único remédio para me curar da solidão e me fazer me sentir "normal" como algum dia no passado eu fui?

Por que o nosso amor tem que ser tão complicado?

—Filho, nós somos uma família e sempre iremos nos arriscar um pelo outro. Bella faz parte da nossa família agora. E Bella deve pensar da mesma forma Edward, eu a conheço para saber que ela jamais estaria arrependida de nada que fez. É apenas o nosso destino e nós temos que enfrenta-lo. – Discursou Carlisle e eu somente vi razão e sinceridade em suas palavras.

Busquei nelas a razão e a coloquei para dentro de mim, em uma forma de me convencer que o que Carlisle dizia era realmente a verdade, para que a culpa ficasse um pouco de lado em minha mente complexa e confusa.

Mas eu sabia que a culpa e a dor não demoraria a voltar, e talvez voltasse com ainda maior força e intensidade.

Meu celular tocou e eu atendi no primeiro toque vendo o nome de Alice piscar.

—Edward! – Ela gritou desesperada antes que eu pudesse dar uma palavra. Respirei com dificuldade mesmo não sendo uma necessidade. Um aperto em meu peito me deixou claro que algo havia acontecido.

Algo ruim.

—Alice! O que aconteceu? –Eu perguntei sentindo a minha falhar pelo pânico.

—James! Ele pegou Bella! Edward, James sequestrou Bella! Ela está com ele e eu não consigo ver para onde ele a levou! Edward, Bella está em perigo! – Soluçou Alice.

Eu sabia que ela estava chorando.

Mas um choro sem lágrimas como sempre eram os nossos.

Eu não a deixei terminar, somente sai correndo entre as pessoas do aeroporto com um pensamento em minha mente.

Minha Bella estava em perigo e meu peito inflou com essa constatação, eu sentia que poderia perder o ar a qualquer momento e meu coração morto parecia gritar em desespero.

Continua.

Capítulo mais curto que eu já fiz dessa história hahaha. Comentem! Recomendem! ❤ ❤ e Favoritem!Beijos e até a próxima.  

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