Episódio 23

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Visão John

Já disse que eu estou me sentindo culpado pelo estado do Charlie? Então, minha culpa me obrigou a aceitar o pedido dele mesmo não gostando muito da ideia. Levantei a manga da blusa até a altura do cutuvelo e estiquei o pulso em direção ao garoto. Ele aceitou de imediato e cravou seus dentes em meu pulso. Doia muito, era como tomar uma ingeção que a dor durava mais tempo e como eu odeio tomar ingeção a dor, para mim, era maior.

-Ei Charlie, você não acha que já esta bom? Tipo, ta doendo muito cara.

Ele me ignorou e continuou.

-Charlie, já ta bom... dá para agora? - disse quando começei a me sentir fraco.

-Charlie... Charlie... Charlie - batia em suas costas enquanto minhas sorfas iam em bora em cada tapa que eu o dava.

-Charlie...

-Quem deixou esse menino entrar aqui? - perguntou Aimée.

-Charlie, solta ele agora - Aindan correu e conseguiu tirar os dentes de Charlie do meu pulso. Eu estava bem, apesar de Charlie ter tomado muito do meu sanguê, só me sentia um pouco tonto e meio fraco.

-VOCÊ QUER MORRER? ESTA LOUCO EM VIR AQUI? AINDA MAIS COM ELE NESTE ESTADO - Aindan disse com tom de voz nervoso.

-Eu vim ver se ele estava bem, se precisava de alguma coisa. Não pode mais?

-E PIORAR AINDA MAIS O ESTADO DELE? - Aindan estava me deichando com raiva, queria apenas ajuda-lo a se recuperar.

-ELE DISSE QUE UM POUCO DE SANGUÊ IRIA AJUDAR, SÓ ISSO QUE EU FIZ. Quer saber? Eu não te devo satisfações.

Vi que Aimée ficou com uma expressão confusa, será que foi algo que eu falei? Ela deu de ombros e voltou a cuidar de Charlie. Ele se sentou em um pulo com a mão na boca d desapareceu. Onde ele foi? Escutamos um barulho vindo do banheiro e corremos para lá ver o que se passava com Charlie. Aimée abriu a porta e arregalou os olhos em preocupação ao estado do irmão. Charlie estava apoiado na tampa do vaso vomitando muito sanguê, mas era realmente MUITO sanguê. Dava para se encher uma pessoa.

-Charlie, o que esta havendo com você? - perguntou Aindan desesperado.

Por um momento o vomito de Charlie parou e ele parecia palido e sem energias.

-Eu não sei - outra onde de vomito retornou.

-ISSO É CULPA SUA JOHN. ESTA FELIZ AGORA? - Aindan praticamente gritava, ele me segurou pela gola tirando meus pés do chão.

-Parem vocês dois - disse Aimée.

-É TUDO CUlPA DELE. O ESTADO DO MEU IRMÃO É CULPA DELE.

-Do que você... - ela arregalou os olhos em minha direção e em seguida em direção de Charlie com expressão séria e ao mesmi tempo pensativa.

-É você... Só pode ser você... - Aimée parecia surpresa e alegre ao mesmo tempo.

-O que tem eu? - disse.

-A cura... só pode ser você - ela sorria sem parar.

-Cura? - perguntei. A expressão de Charlie mudou, ele me parecia um poico mais animado. Dylan permaneceu sério e ao mesmo tempo preocuado. Não preciso entrar em muitos detalhes da expressão de Aindan. Aimée estava muito feliz.

-Do que estão falando? - Aindan me solta e começo a encarar Aimée que sorria meio sem acreditar para mim. Definitivamente TODOS daquela família são estranhos. Charlie continuava a vomitat sanguê sem parar. Todos o encaramos quando ele parou outra vez, ele nos olhava no fundo dos olhos de uma meneira tensa e esperansossa ao mesmo tempo. Ele voltou a vomitar mas desta fez foi muito pouco, ele fez uma expressão de dor e veia negras surgiram em seu rosto porem seus olhos já estavam normais. As veias viraram pó, escurregaram pelo rosto de Charlie e antes de acertarem o chão desapareceram por completo, os olhos do garoto se fecharam e ele caiu desacordado.

-CHARLIE - Aindan se aproximou do irmão e o sacudiu de um lado para o outro e ele não reagia - Ele não esta respirando.

-Coloque ele na cama - disse Aimée sem saber o que fazer.

Aindan pegou os braços de Charlie e Dylan as pernas e o levaram até a cama dele onde o deicharam. Aimée ficou de pé ao meu lado na ponta da cama tentando encostar em mim sem deichar de dar atenção ao estado de Charlie. Aindan se sentou ao lado do irmão e passava a mão nos cabelos dele, pude ver uma lagrima escorrer pelo seu rosto. Dylan se sentou na poltrona e cobriu o rosto com as mãos de cabeça baixa. Aquilo tudo era minha culpa, eu sabia que era.

-O que você quiz dizer quando falou que eu sou a cura? - perguntei a Aimée.

-Na verdade a cura esta em você.

-Que cura? Como assim ela esta em mim?

-A cura para o vampirismo, ela corre em suas veias.

Cura? Para o vampirismo?

-A sua mãe foi a primeira pessoa que teve a cura como você tem, quando você nasceu você herdou isso dela.

-Minha mãe?

-Sim.

-Mas como? Ela... ela não sabia de nada dessas coisas.

Aimée parecia confusa de inicio mas logo entendeu o que se passava.

-É verdade, você era muito novo quando sua mãe morreu. Olha, a mulher que te criou, não importa quem ela é...

-Quem ela era - interrompi.

-Não importa quem ela era, ela não era sua mãe. A sua mãe de verdade morreu quando você era um bebê, você nem havia completado um mês direito.

Era muita informação de uma vez só, não sabia como reagir a aquilo tudo. De repente Aimée, Aindan e Dylan encaram o corpo de Charlie espantados. O garoto de repente se senta na cama em um pulo e respira fundo como se tivesse passado muito tempo sem o fazer.

-Charlie... - disse Aindan ainda espantado - seu coração... esta batendo...

-Realmente funciona, a lenda estava certa - disse Aimée se animando.

-Você... você se... sente bem? - só conseguir disser isso.

-Nunca me senti tão bem - Charlie não estava mais com expressão triste que sempre tinha, estava com uma expressão de esperança, de felicidade. Pela primeira vez eu o vi feliz.

Lágrimas E SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora