Episódio 24

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Visão Angel

Se passaram uma semana depois que Aindan, Aimée e Dylan foram me buscar na alcateia. Assim que cheguei de volta a mansão descobri que Charlie havia se tornado humano. Foi um choque para mim e para John descobrir que o sanguê dele era a tal cura para o vampirismo e que seu verdadeiro nome era Gael Black. Não consegui me acostumar a chama-lo assim então continuei o chamando de John. Aimée resolveu aproveitar que Charlie se tornou humano e que tudo mudaria agora na mansão para reformar nossos quarda-roupas como diz ela.

Ela nos comprou roupas mais modernas comparadas as roupas que usavamos antes. Agora estou usando um vestido floral que me deixava com aparencia de boneca, meu cabelo que alcançava a cintura continuava solto, usava uma sapatilha bege tão fofa que eu amei assim que Aimée a trousse para mim. Estava sentada em um dos bancos do pátio encarando a fonte que estava a minha frente. John se aproximou chamando minha atenção. Ele usava uma blusa azul e uma causa jeans escura. Ele se aproximou e se sentou ao meu lado e ficamos encarando a fonte juntos.

-Não sei se posso confiar nela - disse ele rompendo o silencio.

-Quem? Aimée?

-Sim.

-Por que? - disse o encarando enquanto ele mantinha seu olhar fixo a fonte.

-Não sei, algo nela me faz não confiar - ele começou a encarar a mão - Eu sei que ela tem sido legal com a gente desde que ela chegou mas... sei la. Ela não me desce a garganta.

-Eu também não gosto muito dela ainda mais depois do que ela disse que havia vindo pra aqui só pra te procurar. Como ela mesma diz, todos tem um propósito para usar o seu sanguê e duvido mesmo que o dela seje para a paz.

-Também duvido - ele voltou o olhar para a fonte.

-Bem... - disse John após um longo silencio - Eu estava pensando.

-Em que?

-Nos meus pais, no dia que você chegou - ele voltou o olhar para a mão, meus olhos esquentaram e se continuasse assim eu iria chorar que era o que eu não queria.

-Minha mãe ficou tão feliz, era como ter uma filha - ele sorriu - Apesar do meu pai não estar tão presente ele também gostou. Você era a filha que eles sempre quizeram e nunca poderam ter.

-Sua mãe... ela... não podia ter um outro filho?

-Não, ela perdeu a fertilidade depois que eu nasci - um pequeno silencio se fez presente - Você era a filha que eles nunca tiveram... e agora nunca terão.

Agor sim senti meus olhos lagrimejarem, também sentia falta dos sorrisos de dona Carmen e os abraços quentes do senhor Henry, tudo isso me dava vontade de chorar e essa vontade almentou quando vi que John ainda sofria com a morte dos pais. Ficamos ali até anoitecer conversando sobre tudo. Mais tarde fui dormir e John foi pegar algo para comer na cozinha, ao passar pelo salão de entrada me assustei com a cena que vi. Aimée abrindo a porta da mansão com Charlie desacordado e amarrado sobre seu ombro.

-O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO AIMÉE? - gritei antes que ela podesse fugir e acabei a assustando.

-Ah, você. Não te enteresa o que eu fasso ou deicho de fazer.

-Realmente não é de enterese dela seus atos mas eles acabam se tornando do meu interese quando um dos meus irmãos acaba envolvido - disse Aindan aparecendo de repente - Onde você pensa que vai levando o Charlie?

-Vocês nunca entenderiam.

-Então explique - ele cruzou os braços e continuou serio.

-Ele é a minha unica forma de provar que o garoto esta vivo - ela me encarou e retornou o olhar para Aindan - Era ariscado de mais levar o garoto então por que não levar a obra que o garoto fez? Um ex-vampiro é suficiente para provar a existencia dele.

-Por que você esta fazendo isso? Nos traindo. Era para todos juntos proteger-mos ele de todos que querem o usar - disse indignada com a atitude que Aimée tomava.

-Queridinha, nas guerras é cada um por si. Não podemos dizer que alguém seje confiavel... principalmente eu.

Ela desapareceu porta a fora levando o Charlie junto, Aindan tentou impedi-la e a puchar de volta para dentro mas não conseguiu, ela já havia desaparecido. Como ela podia fazer aquilo com o proprio irmão?

Visão Charlie

Acordei com uma dor na barriga, tenteu me consertar mas não consegui. Só então percebi que estava sendo carregado sobre o ombro de alguém. Quem era e para onde me levava? Não consegui ver pois havia um saco preto sobre minha cabeça. Estava com medo, com muito medo.

Me posicionaram de joelhos no chão e em seguida uma voz começou a falar ao meu lado.

-Senhor, como é uma honra retornar a sua presença - aquela era a voz da Aimée... onde ela me trouse...?

-Pare com suas bajulações, o que tem para mim desta vez? - disse uma voz de homem grossa e imponente.

-Eu sei onde esta o garoto, onde esta Gael.

-Conte-me mais - não precisei ve-lo para saber que ele havia se entereçado.

-O senhor sabe que a minha família é uma das ultimas famílias de vampiros que ainda vive na terra.

-Sei, é claro.

-Eu trouse o meu irmão - disse ela puchando o saco de sima do meu rosto. Fiquei um tempo com dificuldade para enchergar devido a claridade do local mas logo consegui me acostumar a ela.

-Senhor, ele tomou da cura e agora é um humano - ela pegou um punhal e cortou meu braço deichando escorrer o sangue.

-Pode sentir? Nem uma gota de sanguê de vampiro.

O homem que estava sentado em um trono me encarou com um pequeno sorriso no canto da boca, não pude ver seu rosto com clareza.

-Onde ele está?

-Esta na mansão dos meus pais junto dos meus outros irmãos e da vampira-bruxa. Ela não completou 17 anos então ainda é uma simples humana.

-Você serviu bem para o seu serviço porem... essa informação não pode sair daqui.

Ele esticou a mão a perta com a palma virada para Aimée e em seguida o peito dela se abriu dando passagem para seu coração que voou até a mão do homem, ela caiu de joelhos e em seguida seu corpo imoveu se chocou contra o chão já sem vida.

Lágrimas E SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora