Despedida

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Depois das palavras amigas que o André me deu, nós formos para igreja. Chegamos atrasados, já tem gente para assistir ao culto não podemos ensaiar na frente de todos.

— Acho que o pessoal foi lá para sala das crianças. Vem!— Diz André e logo após puxa o meu braço.

— Calminha, eu sei o caminho. — Digo a ele e o mesmo me dá um sorriso simpático.

Depois de subi as escadas, chegamos a salinha das crianças. Chegando lá encontro todos.

— Oi, galera! Desculpa o atraso.— Digo.

— Você vive falando essa frase.— Diz Bruna que corre para me abraçar.

— É mesmo! Vamos fazer uma oração para Deus ajeita o relógio dessa menina.— Brincar Chris.

— Vamos começar logo, florzinha. Temos muito para preparar.— Diz Giovanna.

— Concordo, não podemos perde mais tempo por causa dessa atrasadinha.— Diz James que está do meu lado, o mesmo, bagunça o meu cabelo.

— Então, vamos começar!— Digo empolgada.

Preparamos todos os detalhes o mais rápido possível, afinal, temos que assistir o culto. Com a ajuda da Camila, terminamos mais rápido do que o previsto. Às vezes é bom confiar um pouco mais nas pessoas, mesmo que essa pessoa um dia já te magoou, Jesus fez o mesmo pela gente.

Quando voltamos para ir pro culto, ele já tinha começado. O grupo de louvor estava tocando. O Gabriel estava cantando.

— Meu Jesus maravilhoso és
Minha inspiração a prosseguir
E mesmo quando tudo não vai bem
Eu continuo olhando para Ti.
Pois sei que Tu tens o melhor pra mim
Há um segredo no Teu coração
Oh! Dá-me forças pra continuar
Guardando a promessa em oração. —  Cantou ele tocando no violão.

— Firme, Deus está o meu coração
Firme nas promessas do Senhor
Eu continuo olhando para Ti
E assim eu sei que posso prosseguir.
E mesmo quando eu chorar
As minhas lágrimas serão
Para regar a minha fé
E consolar meu coração
Pois o que chora aos pés da cruz
Clamando em nome de Jesus
Alcançará de Ti Senhor
Misericórdia, Graça e luz... — Cantou o Gabriel e as outras duas meninas que também cantam no grupo de louvor.

O culto foi ótimo, quase no final da pregação, eu e todo mundo do teatro subimos para nos arrumar. No teatro a Camila seria a pastora Márcia, o André seria o pastor Adriano. O teatro seria basicamente como foi que o pastor e sua esposa chegaram até aqui, na frente dessa linda igreja. Os outros serão alguns "Ovelhas", pessoas que precisam de ajuda e que foram acolhidas pelo pastor.

— Eu e todos os adolescentes dessa igreja, que o senhor, pastor Adriano juntamente com a pastora Márcia, tomou conta com tanto carinho, queremos dizer muito obrigado por todos esses anos que vocês cuidaram e não desistiram dessa igreja. Que Deus abençoe a vocês e o seu ministério.— Finalizou o teatro o Chris.

[...]

Antes do culto acaba o pastor Adriano, tomou a frente para orar.

— Hoje a noite você me agradeceram, disseram o quanto foi bom me ter pastoreando vocês. Agora é a minha vez de falar. O objetivo de um pastor é cuidar de suas ovelhas, nada o faz muito feliz quanto ver que suas ovelhas estão com saúde e felizes. Ver vocês me faz feliz, obrigado por isso. Por ter vocês, minhas ovelhas, como uma família. Queria pedir que o Pastor Fernando se levante.— O pastor Fernando se levante e ajoelha-se na frente do púlpito juntamente com a sua família.— O pastor Fernando se levanta e vai até o púlpito e logo atrás veio sua família que ajoelho ao lado dele todos de mão dada.— Eu entrego a você essas ovelhas, cuide bem delas, trate cada uma como se fosse seu próprio filho. Depois de meses de oração, Deus me mostrou que Ele tem grandes planos para essa igreja, porém quem irá está a frente disso não será mais eu e sim o pastor Fernando.— O pastor Adriano desce do púlpito e coloca a mão na cabeça do pastor Fernando.— Igreja ore comigo, vamos abençoar a essa família.

Todos levantam a mão em direção a eles e começam a orar. O pastor Adriano termina o culto e fala uma última coisa antes do culto acabar.

— Irmãos e irmãs, você não pode querer ser grande, pois o único grande é Deus. Renda-se na presença Dele, se humilhe na presença Dele, entregue sua vida a Ele. Vá em paz, que Deus abençoe a sua semana.

[...]

Estou eu saindo da igreja com a minha família quando.

— Bethany! Espera, Bethany!— Alguém grita.

Então, me viro. É o Gabriel.

— O quê foi?— Pergunto.

Ele está um pouco ofegante, provavelmente ele correu para me alcançar.

— Oi!— Ele diz e sorrir.

Meu Deus ele correu só pra me dizer Oi. Comecei a rir.

— Oi, professor Gabriel!— Digo em meio a risada um tanto escandalosa.

Qual é o meu problema? É normal rir de tudo?

— Hahaha! Que engraçado.— Diz sarcástico.

— Por que você correu para me dizer Oi?— Pergunto.

— Na verdade, eu vim ti dizer que vou ter que cancelar a aula de amanhã.

— Ah! Sem problema, na verdade, eu ia até falar com você. Não vou poder ir, por causa...— Iria termina a frase mas sou interrompida pelo Gabriel.

— Eu sei, a Bruna me contou.— Diz ele e dá um sorriso tristinho. Aquele sorriso que diz "Que triste! Queria poder fazer algo".— Tenho que ir. Tchau, ruivinha!— Gabriel diz, bagunça o meu cabelo e sai da minha frente.

Quando ele sai vejo o André que estava atrás do Gabriel, mas como o Gabriel é muito grande não o vi.

— Pera aí! O Gabriel acabou de te chamar de ruivinha? Só eu te chamo assim.— Diz André e faz biquinho.

— Ai meu bebê! Isso tudo é ciúmes?— Digo com uma voz fofinho e tento imitar a cara de bebê chorão dele.

— É sim! Você é minha amiga e só eu posso te chamar assim.— Diz André ainda com voz de choro.

— Então tá, meu bebê.— Digo com a voz fofinha e depois o puxo para um abraço.— Então, minha mãe vai demorar, sabe como é, eles amam muito a igreja quando vem demora séculos para ir embora. Vem vamos pro jardim conversar, a gente parou uma conversa sexta temos que continuar ela.— Digo e o puxo até o jardim.

— Ai! Sua louca.— Reclama ele.

— Para ser sua amiga só sendo louca mesmo.— Digo e me sento na grama.

—  Ah! Antes você não podia sentar no chão agora pode.

— Cala a boca e senta logo.

— Calma, sua grossa.— Diz ele se sentando.

— Então, aonde paramos... Ah! Você ia me contar que gostou do pastor Fernando só não... Conta logo para de rodeios.

— Eu não fui com a cara do filho dele, ele me aprece tão...tão...

— Obscuro!— Completo a frase.

— Exatamente! Parece que ele não tem a luz do evangelho, ele não tem a mesma luz que eu encontro na mãe e no pai dele. E a ...

— O quê vocês dois estão conversando?— Alguém interrompe o André.

Me viro para trás e vejo a Dorothy.

— Ah! Oi, Dorothy, senta aqui com a gente.— Digo simpática.

— Oi, André e Bethany!— Diz ela se sentando.— Então, vocês sempre vem aqui?

— As vezes, quase sempre, eu acho.— Responde o André. Meu Deus! Mais que resposta indecisa.

— A resposta é sim, a gente sempre vem aqui conversar.— Respondo.

Ela sorrir.

— Esse lugar é lindo!— Diz Dorothy que logo em seguida joga a cabeça para trás.

— Realmente! Olha essas estrelas, é como se Deus tivesse pintado elas no céu.— Diz André.

— Concordo, como é linda a grandeza de Deus.— Digo.

" Tiago: 4. 10. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará."


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