Bônus- Thomas (Parte:2)

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A casa dela não era muito longe da minha. Avisei a minha mãe que iria buscar a Emily ela apenas disse que tudo bem. O sol estava insuportavelmente quente. Levei uma garrafa de água e fui tomando pelo caminho para me refrescar. Cheguei na casa da Emily e apertei a campainha. A mãe dela atendeu.

Fechou um pouco os olhos, para ver quem era. Ela colocou o óculos de grau que estava na gola da sua camisa, me viu e sorriu.

— Thomas, meu querido, quanto tempo! O que faz aqui?— Diz ela abrindo o portão.

Não vejo ela a uns... 2 anos, eu acho. Quando eu ia responder a Emily apareceu sorridente e me interrompeu.

— Tchau, mãe! — Ela diz e dá um beijo na bochecha da mãe.— Não sei que horas eu volto, mas não se preocupe. Vou está segura, com o Thomas.

— Cuide bem dela, mocinho.— Diz a mãe dela, feliz.

— Com certeza!

Andamos por um momento calados. Até a Emily quebra o silêncio.

— Thomas, você está bem?— Pergunta ela meio triste.— Está machucado?

— Eu estou bem, Emily! Não precisa de preocupar. Não estou muito machucado.

Quando termino de fala, ela dá um tapa no meu ombro. Eu olho para ela com cara de "Por que você fez isso?".

— Você mereceu! Você é muito teimoso, Thomas. Poderia ter acontecido tanta coisa. Por que você foi bater no João?

Parei por um momento refletindo. Por você...

— Queria te ajudar...— Balanço a cabeça e coloco as mãos nos bolsos da calça.— Quer dizer, eu estava furioso com o João, por ele tinha mandado você abortar a criança e dito coisas horríveis a você. Eu sei que não foi nada sensato, mas não conseguir me controlar. Desculpa.

— Tudo bem...

Olho para ela. Ela está suando muito. Está um pouco pálida.

— Você precisava ver a bronca que minha mãe me deu.— Digo e ela sorrir.

— Imagino. Você está de castigo?

— Nem sei, ela não falou nada sobre castigo. E eu não vou lembra-lá.

— Sorte sua.

Uma pausa. Ela pega um amarrador e amarra o cabelo num coque. Está tão quente.

— Falei com a minha mãe o porque eu tinha brigado. Ela pediu para falar com você. Por isso te chamei.

Ela para de andar. Sua boca está muito branca.

— Thomas, eu não estou me sentido muito bem.

Imediatamente faço ela sentar no meio fio. Pegou a minha garrafa com água e dou para ela. Acho que a pressão dela baixou. Olho à volta, a um mercadinho a alguns metros de onde estamos.

— Emily, fique aqui. Beba a água. Já volto.

Vou correndo o máximo que posso. Entro no mercadinho e pego a primeira pipoca que vejo e pego uma garrafa de água. Vou até o caixa e pago. Volto rápido até a Emily.

— Aqui, toma.— Digo entregando a pipoca.— O sal da pipoca vai fazer a sua pressão subir.

Sento ao lado dela. Seu rosto está meio verde. Abro a pipoca para ela, instantaneamente quando ela sente o cheiro da pipoca, vomita. Bem cima de mim. Emily olha para mim com um olhar de desculpa e apenas dou gargalhada da situação.

— Sem problemas, Emily. Você está melhor?— Ela faz que sim com a cabeça.— Podemos continuar a grande jornada?

Ela sorrir e levanta.

Eu sou diferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora