Talento

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Quando estou chegando na frente da minha casa, vejo um carro vermelho estacionado. Fico feliz e extremamente empolgada quando percebo de quem era. Sai correndo para entra na minha casa e abraçar os meus avós o mais forte que eu conseguisse.

São os meus avós maternos. Eu os amo, muito. Já faz um tempo que não nos vemos desde dezembro no natal. Sempre passamos o natal na casa deles, todos juntos, minha mãe, meu pai, meu irmão, meus avós, minhas tias, meus tios e primos. É a melhor época do ano. Meu avô aceitou Jesus algum tempo depois do meu nascimento, minha avó sempre foi cristã, ela que sempre orou para minha mãe aceitar Jesus. Sou eternamente grata a minha avó, graças a ela minha mãe virou cristã, talvez se não fosse pela sua persistência, eu não seria uma cristã fiel como sou agora. Apesar do meu pai ser cristão desde berço, quem mais me ajudou em minha vida espiritual foi minha mãe. Obrigado vovó, obrigado DEUS seus planos são maiores que os meus, Você pensou em tudo.

— VOVÓ! — Gritei indo ao encontro dela para um abraço. — Estava com saudades.

— Ah! Minha netinha, que saudades. — Disse ela, me abraçando e depois me deu um beijo no meu rosto.

— Cadê o vovô? — Perguntei.

— Alguém me chamou? — Ouvir uma voz masculina, eu conhecia essa voz. Me viro para trás.

— VOVÔ! — Gritei indo na direção dele, o abracei e ele me deu um beijo na testa.

— Então, vamos almoçar antes que esfrie. — Disse minha avó com uma voz doce de mãe.

— Ótima ideia! — Digo.

— Minha joaninha, sempre com ótimas ideias. — Disse meu avô que logo em seguida abraça minha avó e dá um beijo na sua testa.

Meus avós se amam muito. Deve fazer uns 45 anos que estão juntos, nunca vi uma discussão. Minha mãe me contou que antes do meu nascimento meu avô era muito grosso com a minha avó, ele vivia bêbado. Mas depois que nasci ele parou, não sabemos o porque, ele simplesmente aceitou Jesus e deixou o vício.

[...]

O almoço estava uma delícia, eu repetir duas vezes. Tivemos uma conversa agradável na mesa. Eu gostei da visita dos meus avós, mas não pude ficar mais. Eu tenho aula de violão todas as segundas. Então me despedir, pedi a benção e fui para a aula. 

Minha aula de violão começa as 14h30 e sempre chego trinta minutos mais cedo para ir praticando enquanto o professor não chega. Não nasci aprendendo a cantar ou tocar violão, na verdade, sou bem ruim na coordenação motora. Aos oito anos tentei aprende violino e não deu muito certo, minha professora quase pediu demissão. Não nasci com um talento nato, corri atrás deste talento. Pedi sem cessar a Deus, foi incrivelmente difícil aprender a fazer um Dó, mas com minha persistência veio o que tanto queria. Não sou a melhor, mas agora com a ajuda de Jesus tenho me tornado cada vez melhor.   

— Oi, ruiva lindinha! — AI MEU DEUS! É ela.

— BRUNAAA... — Gritei indo abraçar ela.

Já fazia meses que eu não via minha melhor amiga. Ela é dois anos mais velha que eu, estava fazendo faculdade em outra cidade, me assustei quando a vi. O que ela está fazendo aqui? Pensei que só ia vê-la no final do ano ou nas férias de julho.

— Espera! O que você tá fazendo aqui? — Digo soltando ela do abraço.

— Vim passar uns dias aqui para matar a saudade. — Ela respondeu com um sorriso no rosto.

— E a faculdade? — Perguntei — Você não devia está lá, você vai perde aula.

— Calma, Bethany. Os professores entram em greve e quanto não volta a aula vou passa uns dias aqui. Não está feliz?

— Se eu estou feliz? Eu estou gritando e pulando aqui por dentro. — Digo e nós duas rimos.

— Boa tarde, garotas! — Diz o Gabriel

 Ele é meu professor de violão, o meu outro professor o Antônio acabou quebrando o pulso, então acabaram contrataram o Gabriel, que é um excelente professor. Ele tem uns 18 anos, toca, canta se dá muito bem com qualquer instrumento ou coisas relacionadas a música. Sua aparência lembra o meu pai, bonito, alto e um cabelo preto que é simplesmente perfeitamente bagunçado.

— Oi, Gabriel. — Disse Bruna com o seu lindo sorriso nos lábios.

— Oi, professor Gabriel. — Digo de maneira irônica e dou um sorriso. Ele não gosta que use o termo "Professor".

— Bethany, já conversamos sobre isso.— Falou tentando mostrar raiva o que foi inútil, Gabriel definitivamente não é um pessoa que dá bronca e nem fica com raiva. — É bom te ver Bruna, faz um tempo que não a vejo. — Falou ele para Bruna com um sorriso bem grande no rosto.

— Também é bom te ver Gabriel.— Respondeu Bruna.

— Então, Bethany vamos começar logo essa aula?!

Me despedir da Bruna e comecei a minha aula de violão com o Professor Gabriel. É legal ter ele como professor, o conheço a aproximadamente quatro anos não mudou nada desde que o conheci, continua o mesmo Gabriel sorridente e bobinho.

[...]

O tempo passou rápido. Cheguei de noitinha em casa. Como sou uma filha e aluna exemplar, arrumei meu quarto e estudei. Ah! Vale ressalta a humildade que tenho de sobra. Ao fim disso, peguei meu violão roxo, melhor cor do mundo, cantei para Deus. Eu tenho essa coisa com Ele, cantar no meu quarto e nem sempre eu sinto algo mágico, mas me sinto amada. Deus está todas as vezes ali comigo e isso me basta.

Quando eu estava no meu momento com Deus, alguém bate na porta.

 — Pode entrar.— Digo, meio incerta de quem estaria batendo na minha porta?

 "Tiago 1:17 :Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. "

Eu sou diferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora