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Aqui estou eu, acordando de novo. Deus me deu outra chance de viver, e eu agradeço Ele por isso. Tenho mais uma oportunidade de fazer o certo. Tento ao máximo aproveitar as chances que Cristo tem me dado. Mas, as vezes, me pego perguntando a mim mesma, "O que eu faço com as minhas chances?". Eu estou realmente aproveitando?
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Me estremeço na cama. Tento me espreguiçar só para afastar esses pensamentos de minha cabeça. Não tenho tempo para filosofar. Ontem de noite não conseguia dormir. Tinha algo que estava me incomodando e não dormir até planejar um jeito de solucionar. Quero fazer valer cada segundo da minha vida.
— Bom dia, pai.— Digo ao entrar na cozinha.
— Acordou mais cedo que o normal hoje. Está tudo bem?— Disse meu pai. Dou uma breve gargalhada.
— Milagres simplesmente acontecem. O milagre sou eu.— Digo e ele rir com a referência da música.
Olho pro relógio na parede.
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— Vai ir com o Eduardo, ou quer que eu te leve?
— O pneu da bicicleta tá cheio?— Digo. Dou uma piscadela e ele retribui com um sorriso malicioso.
Minhas coxas estão queimando, não estou tão em forma como eu pensava está. Provavelmente iriei chegar atrasada de novo, acho que estou andando tão devagar. Juro, tá impossível. Amanhã vou está completamente dolorida e ...
— Aiiii!
Não sei como, mas eu cai da bicicleta. E o pior não foi só isso, cai em cima de alguém. Quer dizer não cai em cima de alguém, eu derrubei alguém no chão. Nessa linda queda dupla, arranhei meu joelho e cotovelo.
— Me desculpa, moço! Me desculpa mesmo, não foi minha intenção te derrubar.Estava difícil pedalar. Eu me desequilibrei e quando vi já tinha levado você junto.— Disse ao rapaz que eu tinha acabado de derrubar no chão.
Coitado. Ele estava todo arrumado, usava uma blusa social, uma calça jeans e cabelo para trás. Ou pelo menos acho que era assim que ele antes de eu ter derrubado ele. Ele batia a poeira da calça em quanto educadamente me respondeu.
— Não foi nada.— Respiro aliviada.— Quer dizer, você me derrubou no chão e agora minha roupa não está tão impecável como estava antes, mas ainda estamos vivos e não nos machucamos.— Ele olha para o meu joelho e corrige:— Não estamos gravemente ferido.— Ele sorri.
Ele me observa e eu observo ele. Seus olhos eram castanhos, cabelo castanho, sorriso bem largo. Ele é tem cara de jovem, não sei muito bem, quantos anos deve ter, mas é bem jovem. Suas roupas o fazem parecer mais velho.
— Você disse que estava difícil pedalar, né? Deixe-me ver.— Ele disse e entrego a bicicleta para ele. Ele olha e sorrir.— A macha da bicicleta está no máximo, é só a baixar e ficará mais fácil de andar.— Ele mexe na macha.— Prontinho, senhorita, pode voltar a andar e dessa vez tente não cair em cima das pessoa.— Ele sorrir e eu faço o mesmo.
— Obrigada, mesmo. Valeu!— Digo agradecida.— Tentarei não derrubar as pessoas pela rua.— Ele sorrir e eu sorrio.
Ficamos mais um minutos nos olhando. Ele aponta para frente sinalizando que precisava ir, solta um último sorriso tímido.
— Ah! Claro, também preciso ir. E de novo desculpa.— Subo na bicicleta. Dou sorriso. — Tchau!
Agora, estava muito mais fácil andar na bicicleta. Comparado a antes, parece está pedalando numa nuvem em formado de bicicleta. Apresso-me. Quando finalmente chego na escola, percebo que esqueci o celular em casa. Não sei que horas são.
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Eu sou diferente
SpirituellesNum mundo de iguais você seria diferente? Bethany sem dúvida seria, ela amava muito a Deus e ser na contra mão do que o mundo prega era o seu dever. Mas as coisas começam a ficar difíceis e a fé dela começa a ser testada. Deus disse que tinha muitos...