–bem, Ally - o loiro sorriu para mim - seja bem vinda ao paraíso.
–deus... - olhei em volta, abismada.
A clareira era rodeada de pinheiros e flores com cores tão vibrantes quanto o sol. Bem no centro do lugar localizei a fonte do barulho de água - ma cachoeira baixa, (cinco metros ,talvez?) cercada por um lago natural cristalino. Os últimos raios de sol se encontravam com os respingos da cachoeira em alguns pontos, lançando os mais diversos tons de azul, roxo, verde e vermelho pela clareira. Aquilo era simplesmente..... perfeito.
Me virei e deparei-me com Austin, que examinava meu rosto em busca de aprovação
–e então? - ele sorriu - gostou?
–eu amei! - sorri para o garoto - tudo aqui é incrível!
–bem, povo - a voz de Trish desviou minha atenção. Ela havia descido da picape, junto a dez, e agora eles estavam parados ao lado da mesma - precisamos de uma fogueira antes que escureça por completo. Podem fazer isso enquanto eu e dez montamos as barracas?
–claro! - saltei da picape, contente por poder ser útil. Odiava quando não podia fazer nada para ajudar - vamos, Aus?
Austin riu da minha animação e saltou da caminhonete, pousando ao meu lado
–claro. - ele sorriu, tomando minha mão na dele e me puxando em direção a cachoeira - vem. Precisamos de gravetos.
Andamos por cerca de dez minutos, pegando todos os gravetos secos que pudéssemos carregar.
–Austin, podemos voltar agora? - fiz uma careta de dor quando um dos gravetos arranhou meu braço. De novo.
Olhei para baixo. Austin me arrastara até um ponto perto do topo da cachoeira. Lá embaixo, eu podia ver Trish e dez lutando para armar a segunda barraca. Eles pareciam felizes como eu jamais vira. Depois teria que conversar seriamente com Trish.
–só um minuto, Alls - encarei-o. Ele havia colocado sua pilha de galhos no chão e fuçava em algo entre as arvores - acabei de achar duas coisas.
Duas coisas? Senti a curiosidade invadir meu peito. Inclinei-me sobre ele para ver o que era.
–o que? - perguntei - o que você achou?
Ele se levantou e ficou de frente para mim, sorrindo travesso. Suas mãos estavam escondidas atrás das costas.
–a primeira coisa - ele estendeu a mão. Nela, havia uma bela flor, em um tom impossível de azul cobalto e lilás. As pétalas eram grandes e aspiraladas. Sua mão vaga se aproximou do meu rosto e afastou meu cabelo, fechei os olhos ao seu toque, sentindo-o colocar a flor atrás da minha orelha. Contive um sorriso.
Suas mãos demoraram um pouco em meu rosto, e tive que reprimir um muxoxo quando elas se afastaram. Abri os olhos, ainda atordoada, e encarei os olhos cor de chocolate de Austin
–e a segunda coisa? - balbucie
–ahn?
–você disse que tinham duas coisas - ergui a sobrancelha, forçando um sorriso travesso - qual era a segunda?
–ah, claro - ele sorriu - feche os olhos
–ok - fiz o que ele pediu. Ouvi o barulho de algo sendo arrastado, seguido da voz de Austin
–pode abrir agora.
Abri os olhos lentamente. O garoto segurava um antiquado balanço de pneu, preso a uma arvore por uma corda grossa
–gostou? Eu e dez fizemos na primeira vez que viemos aqui.
–legal - murmurei - como vocês acharam esse lugar, alias?
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Wonderwall
FanfictionAllycia Dawson era uma garota problemática, cuja mãe era uma alcoólatra e o pai havia morrido quando ela tinha apenas seis anos, que teve que aprender bem cedo a amadurecer pra cuidar de sua progenitora e única família, deixando sua infância pra trá...