Marry Her.

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– Espera, como assim...? - Austin podia sentir a raiva lhe subindo a cabeça - Dez, não importa se eu estava no meio de um show. Cassidy está parindo. Eu acho que isso é mais importante que a droga de um show!

Sean, um cara de cabelos pretos que fazia parte da banda, parou na frente do rapaz.

– Cara, nós vamos para uma boate perto daqui. Você vem?

Balançou a cabeça negativamente, pegando seu casaco e indo até o carro.

– Desculpe Austin - o ruivo retrucou, mas ainda sim parecia bravo - Você tem levado tudo isso tão a sério e...

– Dez, fale comigo, tá? - falou ligando o carro - Defina. As. Prioridades. A filha da Cassidy esta nascendo, caramba! Vocês estão no St. Louis, certo? Eu estou em Newark, chego ai em uma hora.

Suspirou, se concentrando na estrada. Austin estava tão cansado ultimamente. Jimmy vinha pedindo cada vez mais e mais shows, a ponto de quase tirar todo o prazer que ele costumava ter com a música.

E, ainda, tinha a plena ciência de que Ally estava de saco cheio dele.

E odiava aquilo.

Queria poder voltar à vida normal, com a música no banheiro e as visitas ao Central Park. Queria poder voltar a beijá-la e sentir o gosto de menta de seus lábios ao invés do de cigarro. Queria muito poder amá-la como antes.

Acendeu um cigarro e deu uma longa tragada. A fumaça queimou seus pulmões, e então saiu, fazendo seus olhos arderem. Ainda não decidira se gostava ou odiava aquilo.
Dirigiu por quarenta minutos antes de chegar a Westfield, e mais trinta até chegar ao hospital.

Saltou do carro, afobado, e entrou na recepção. O homem de cabelos pretos o olhou, curioso. Austin o reconheceu como o marido do Doutor Solace.

– Posso ajudar?

– Cassidy chambers, por favor.

O homem abriu um breve sorriso e apontou para uma porta.

– Pode esperar naquela sala logo ali. Estão todos lá.

O loiro agradeceu e caminhou até a saleta. La estavam os pais de Elliot, Dez, Trish, Kira e Ally. Seu olhar foi diretamente para a morena.

Ela também o havia visto, e deu o menor dos sorrisos. Se levantou e foi recebê-lo com um abraço frouxo.

– Como estão eles? - sussurrou ao pé do seu ouvido

A morena o apertou um pouco mais.

– Não sei - ela bufou - Não nos deixam entrar. Dez e Trish estão preocupados, Kira parou de chorar a uns dez minutos e os pais de Elliot estão hiperventilando.

– E você?

– Eu não sei - confessou ela - Preocupada. Feliz por eles. Ansiosa.

– Desculpe por não ter vindo antes. - Austin murmurou - Eu não sabia.

– Tudo bem - ela sorriu levemente e o soltou. - Vamos nos sentar.

Austin se sentou entre Dez e Ally. Dez o encarou, meio que ressentido.

– Desculpe não ter te ligado, cara - murmurou - Eu achei que...

– Esta tudo bem.

– Ok.

Mais quinze minutos se passaram antes que eles tivessem qualquer noticia válida de Cassidy e Elliot.

Elliot, vermelho, suado e com um sorriso do tamanho do mundo trazia uma pequena trouxa de panos nos braços. Todos se levantaram e foram até ele.

– Pessoal - Elliot sussurrou, feliz - Conheçam a Hanna.

Austin foi o primeiro a ver a menininha. Ela já estava limpa e com roupas quentes e confortáveis. Tinha o rosto enrugado de uma recém-nascida, cabelos loiros ralos e olhos da mesma cor que o céu. A menininha olhava para tudo com aqueles olhos lindos e curiosos, e Austin a amou naquele mesmo instante. Olhou para Elliot, que encarava a pequenina como se ela fosse o mundo todo. Hanna era uma criança de sorte.

Sentiu algo frio se encostar em sua mão direita. Era Ally, que olhava com certo encanto para a menininha no colo de Elliot.

Em um segundo, sentiu uma onda descomunal de amor e ternura pela morena dos olhos de chocolate. Imaginou-a, exausta e sorridente, segurando uma criança que acabara de nascer.

O filho deles.

Por deus, Austin a amava tanto. Era ela, ele sabia, que seria a mãe de seus filhos. Era com ela que ele queria envelhecer, e era ela quem ele queria ver todos os dias de manhã ao acordar. Ela provavelmente era a única que ele sempre amaria.

E ele queria se casar com ela.

Pov. Ally

Os olhos arregalados da pequena Hanna olhavam em todas as direções.

Elliot parecia tão feliz que seu peito poderia explodir. Seu olhar era uma mistura de fascínio, encanto, ternura e o mais puro tipo de amor que eu jamais vira. Por algum motivo, aquela cena me fazia feliz.

Olhei para Austin. Ele olhava para Hanna de uma maneira encantada. Sorri e lhe tasquei um beijo atrás da orelha. O cheiro de canela estava quase perdido em meio ao odor de nicotina.

– Eu te amo - as palavras sinceras saíram de mim antes mesmo que pudesse filtrá-las. Apesar de tudo, aquele era Austin.

E Ally Dawson sempre amaria Austin Moon.


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