Pov austin
– Queridos...? - tia Danny olhava de um lado para o outro, confusa. - O que estão fazendo?
– Mãe - a voz de dez soou firme. Eu conhecia aquela voz. Ele estava tentando não sair dali correndo - Temos novidades.
– Dez, Diana - o tio Dean, que estivera quieto até o momento, se manifestou - o que esta acontecendo?
Suas sobrancelhas estavam cerradas mostravam a clara expressão de "mas que merda vocês estão fazendo na frente de todas essas pessoas?
Ao meu lado, dez puxou a barra da camisa social. Didi mexia no cabelo freneticamente.
– Precisamos contar uma coisa pra vocês. - declarou ela, em seguida olhando para o irmão - Quer começar?
– Certo... - Dez respirou fundo - Eu não vou para Yale. Entrei na universidade de artes visuais e cinematografia de Manhattan. Já me decidi, e vou para lá.
Tia Danny e tio Dia trocaram um olhar surpreso e curioso
– Cinematografia? Desde quando você gosta disso?
Vi vários olhos se arregalarem. Ali, Trish e Diana pareciam indignadas.
– Como é? - dez parecia mais aturdido que jamais estivera. Havia magoa em seu olhar - Desde sempre! Eu sempre amei cinematografia mais do que tudo, se prestassem um pouco mais de atenção nos seus filhos, vocês saberiam!
– Ok, já chega - Didi saiu de seu lugar, passando por trás de dez e agarrando a sua mão - Dez, vem.
A ruiva me lançou um olhar enquanto andava. Em um segundo, eu, Ali, Trish e Tilly já estávamos de pé, seguindo os irmãos Wade.
Quando saímos do campo de visão da sala de jantar, Didi parou. Ela se virou e pôs as mãos no rosto de Dez. O garoto focou o olhar na arvore de natal. Haviam lagrimas presas aos seus olhos
– Dez? - ela chamou, puxando seu rosto para baixo e forçando-o a olhar em seu rosto - Dezmond. Dez. Você esta bem?
Ele assentiu de leve, mas era obvio que não estava. Uma lagrima escorreu pela bochecha. Ele abraçou a irmã
– Dezmond! - tia Danny entrou na sala, a voz esganiçada - O que foi isso? Você podia muito bem ter nos contado isso sem ser na frente de tantos convidados e...
– Poderia, mãe? - Didi olhou para a mãe de uma maneira dura. Era assustador como eram parecidas - Não acho que talvez vocês estivessem em casa para ele fazer isso. Agora com licença.
Todos observamos a ruiva ir em silencio até a arvore de natal. Ela pegou um pequeno numero de presentes planejados e os colocou em minhas mãos
– Vamos?
Tia Danny observou, incrédula, enquanto Didi nos conduzia a garagem. Estava colocando os presentes dentro do carro quando ouvi a voz dela soar
– A propósito, eu larguei a faculdade
Pov. Ally
Austin estava dirigindo a picape. Trish estava ao seu lado, Tilly e Didi estava na traseira.
Portanto, eu estava sem saber o que fazer ao lado de um garoto desolado. Eu queria consolar Dez. Queria mesmo, realmente tem palavras para lhe acalmar as magoas, consertar o coração. Mas eu nunca fora boa com palavras, não é? Estava ali, com a mão sobre o ombro do garoto com cabelos cor de cobre, tentando arranjar modos de aliviar sua dor.
– Eles não sabiam que eu gostava de cinema - meu coração se apertou com a tamanha angustia contida em sua voz. O garoto parecia estar a beira de um ataque - Eu sempre soube que eles não se importavam, mas nunca sequer imaginei que eles estivessem tão longe. Quer dizer, Ali, é meio obvio que eu amo fotografias, não é? Eles nem sequer me conhecem, como podem ser meus pais?
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Wonderwall
FanfictionAllycia Dawson era uma garota problemática, cuja mãe era uma alcoólatra e o pai havia morrido quando ela tinha apenas seis anos, que teve que aprender bem cedo a amadurecer pra cuidar de sua progenitora e única família, deixando sua infância pra trá...