Depois no feliz anuncio de senhorita Evans, Ally ficou um tanto quanto histérica.
Assim que chegamos em casa, ela correra para o sotão, me deixando sozinho no andar de baixo. pude ouvi-la cantando algo baixinho, uma melodia doce que ela estava repetindo desde que saira do carro.
Mal ela havia acabado de subir quando pude sentir meu estomago roncar. Estava faminto.
Caminhei lentamente até a cozinha, e abri um armário em busca de macarrão instantâneo. Alguns minutos depois, já estava com dois pratos equilibrados em um dos braços e garfos nos bolsos de moletom, tentando desesperadamente subir as escadas do sótão sem derrubar nada. Assim que consegui entrar, por fim, dei de cara com uma Ally completamente concentrada em seu diário. Me sentei na banqueta do piano, e já tinha comido quase metade do meu prato quando ela enfim me notou
–Aus! - ela sorriu - o que rima com bones?
–scones, stones, jones...
–stones! - ela sorriu. Tinha um sorriso maravilhoso - stones, é isso!
Sorri, me recostando na cadeira. Terminei de comer meu macarrãoSeis dias depois, a musica ja estava pronta, e eu me revirava na cama a procura do sono. Havia uma unica palavra revirando minha mente, ávida por sair.
Um nome.
Alls, Alls, Ally.
Por que tinha ela de ter um nome tão belo e lirico? Tão deliciosamente bom de ser falado?
A-l-l-y.
Ally. Uma unica viagem da lingua ao ceu da boca.
Não podia ter um nome mais feio? Como talvez.... talvez... Milghrit. isso. Milghrit. Jamais em minha vida poderia me imaginar ficar a noite acordado com o nome Milghrit na cabeça.
Balancei a cabeça e procurei desviar os pensamentos. Todas aquelas ideias acabariam me levando a insanidade.
me levantei antes mesmo de o despertador tocar, seguindo para o banho na vã esperança de me livrar dos sinais do cansaço. quando a água quente tocou minha pele, pude sentir o sono chegar a mim pela primeira vez em horas.
acordei novamente com o som alto de the ballad of mona lisa retumbando pelo banheiro, o que me assustou (e quase causou um afogamento no chuveiro, diga-se de passagem).
sai do chuveiro e me vesti com jeans e um casaco grosso. O frio naquele dia estava particularmente terrível, o que me obrigou a usar botas de inverno e luvas pretas.
Quando enfim desci as escadas, encontrei Ally já pronta no andar de baixo, vestida com um grosso suéter vermelho por baixo de um casaco bege. Também usava botas de inverno e um gorro vermelho.
Mas o que realmente me interessou foi o café.
Havia uma grande caneca de café fumegante entre as mãos enluvadas. O liquido negro fez minha boca salivar.
–bom dia, bela adormecida - brincou quando me avistou descendo as escadas -dormiu bem?
Quase gargalhei diante da ironia. Eu fizera tudo naquela noite, exceto dormir
–quem dera - confessei - tem mais café?
–em cima do fogão - respondeu, me oferecendo sorriso brilhante
Enchi uma caneca com o liquido fumegante e tomei um gole generoso. A bebida queimou minha garganta ao descer, o que foi bem vindo comparado ao frio que se apresentava do lado de fora.
– faltam dez minutos - a morena declarou. Se aproximou de mim e me deu um beijo na bochecha. Minha bochechas ficaram vermelhas, pelo frio e pelo beijo - vamos para a escola
VOCÊ ESTÁ LENDO
Wonderwall
FanfictionAllycia Dawson era uma garota problemática, cuja mãe era uma alcoólatra e o pai havia morrido quando ela tinha apenas seis anos, que teve que aprender bem cedo a amadurecer pra cuidar de sua progenitora e única família, deixando sua infância pra trá...