A Little Peace Of Tilly Tompson.

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Hey there, Father 

I don't wanna bother you But I've got a sin to confess

Acordei de sobressalto com uma musica alta tocando. Eu estava deitado do tapete felpudo do quarto de ally, e a garota se encontrava deitada em meu braço. Quando a musica atingiu uma nota mais alta, ela também acordou.

–que merda - murmurou, esfregando os olhos. A musica continuava

I'm just 16 if you know what I mean 

Do you mind if I take off my dress?

–o que é isso? - perguntei, ainda sonso de sono.

–o despertador - seu cabelo estava armado, e seus olhos pareciam injetados de sono - hora da escola.

Don't know where to start 
Let me get to the good parts

Might wanna cross up your legs


Soltei um muxoxo.

–onde esta esse maldito celular?

I've got envy, I've got greed, anything that you need 
And I'm not above having to beg

A morena olhou em volta, confusa

–não faço ideia

There was this boy who tore my heart in two

Olhei em volta. O aparelho estava jogado no tapete, perto de onde, anteriormente, estivera minha cabeça.

Pequei-o e desliguei o alarme.

Ally suspirou.

–vamos nos trocar, ok? Vamos de carro. Te encontro la em baixo em vinte minutos.

Pov ally

Assim que Austin saiu do quarto, indo trocar de roupa, analisei o que vestia. Ainda usava a mesma coisa de ontem - uma calça rasgada, camisa e jaqueta. Eu parecia um mendigo.

Andei até o closet e peguei a primeira roupa quente que vi. Agora que estávamos em novembro, o inverno começava a dar seus primeiros sinais. Terminei de me vestir e calcei meus confortáveis coturnos, em seguida enfiando um gorro na cabeça. Pesquei minha mochila em um canto do quarto e sai, descendo as escadas em direção a cozinha.

Austin já estava lá, vestindo uma calça jeans larga, moletom e tênis. Seu olho machucado havia passado de azulado para um roxo doentio, assim como vários outros pequenos hematomas espalhados pelo rosto, e ele visivelmente trocara as bandagens da testa.

Estava apoiado no balcão, segurando um saco de doritos.

–precisamos fazer compras - anunciou assim que me viu - esse era o ultimo saco. Alias, o ultimo alimento dessa casa

Dei ombros

–tem lasanha na geladeira.

–eu joguei fora - sorriu - provavelmente salvei a vida de qualquer um que tentasse comer aquela coisa embolorada. De nada.

Gargalhei, revirando os olhos.

–meu herói - Austin mostrou a língua diante o meu excesso de ironia, o que apenas me fez rir mais - vamos, temos que ir pra escola.

–vamos - o loiro me seguiu até a garagem - hey. Coma um pouco.

Virei-me, confusa, até notar que ele me estendia o saco de doritos pela metade.

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