Give me love

Capítulo 26

Pietra.

Tempos atrás, se alguém me falasse tudo que iria acontecer na minha vida em tão pouco tempo, iria morrer de rir da pessoa e mandaria ela se internar. Mas hoje vejo que nada é impossível e que tudo pode acontece na sua vida, tanto coisa boa, tanto coisa ruim. Nunca me imaginei sem minha mãe e morando com meu pai, mas hoje vejo que nunca devemos dizer nunca e que sempre devemos estar preparados para tudo.

Se eu estou feliz? Sim, não. Perdi meu porto seguro, minha fortaleza, minha mãe. Mas ganhei um pai, um amor de pai que eu só pensei em ganhar em sonhos, ganhei uma madrasta melhor do que eu podia imaginar, ganhei um irmão, amigos... e ganhei Urieel. Nos últimos tempos, minha vida se resumiu em ganhos e perdas, em transformações, principalmente no meu modo de pensar. Minha vida sempre vai ter um espaço vazio que minha mãe levou com ela, mas em compensação, terei várias pessoas que em um piscar de olhos ocuparam lugares em minha vida e transformou a mesma colorida. Com o tempo irei aprender a lidar com a dor da perda e irei sorrir ao lembrar da minha mãe e essas pessoas, sem sombra de dúvida, estarão comigo.

- Jared. - Chamo.

- Me chame de pai, por favor. - Pediu desviando o olhar do jornal e olhando para mim.

- É ainda difícil me acostumar com isso, mas ok. - Falei. - Pai. - Sorri. - Meu amigo me convidou para ir a uma festa, posso?

- Que amigo? Não acho que esteja na idade de ir em festas, mocinha. - Fala ele me olhando sério.

- Querido, não seja tão severo. - Camila que estava sentada no sofá ao seu lado fala.

- Não é ser severo, Camila. É ser pai. - Ele fala.

- Olha, sei que está fazendo papel de pai que não fez por mais de quinze anos, mas eu sei me cuidar, sei o que é certo ou errado. - Falei bufando.

- Eu sei muito bem disso, Pietra. Você não é mais uma criança. - Fala ele me olhando sério. - Eu só não confio em deixar você solta em uma cidade como essa, de noite e ainda mais com pessoas que eu não conheço.

- Ela é jovem, Jared. Eu confio na Pietra e sei que ela não se meteria com pessoas erradas, não é querida? - Se virou para mim e eu concordei.

- Eu não sei. Essa cidade é muito grande e eu não conheço esse seu amigo para saber se ele é uma boa pessoa. - Fala ele.

- Se quiser posso pedir para que ele venha aqui me buscar. - Dou de ombros.

- Deixe, querido. - Camila fala docemente. - É só uma festa, nada de mais.

- É só uma festa, nada de mais. - Repito.

- Desito. - Jared bufa. - Se vocês continuarem com esse complô contra mim nessa casa, não durarei muito. - Fala ele sério e depois sorri.

- Isso é um sim? - Perguntei.

- Mais ou menos. Quero que esse amigo venha aqui em casa, fale comigo e aí eu decido se você vai ou não. - Fala ele se levantando.

- Obrigada. - Pisco para Camila que retribui a piscadela.

- Por nada. Eu vou buscar Andrew no treino de futebol e depois vamos comer algo. - Fala ele se levantando. - Vão ficar bem?

- Claro, querido. - Camila fala rindo.

- Ok. - Concorda.

- Ok, agora você pode me contar como foi o encontro com Urieel já que não tivemos tempo de falar sobre isso? - Camila fala assim que Jared sai de casa.

- Ah, ele me levou para um bar onde ele canta com os amigos. Foi legal, eu me diverti, coisa que nunca tinha acontecido antes quando morava no Brasil. Ele cantou uma música para mim, conheci seus amigos, rimos, foi perfeito. - Falo com as cenas daquela noite dançando na minha cabeça.

- Ah! - Camila suspira. - Amor de adolescente é tão lindo!

- Que? - Engasgo. - Nós não estamos apaixonados.

- Não. Claro que não. - Ela ri. - Eu já tive sua idade querida, sei como é tudo mágico. Trocas de olhares profundas, corações acelerados, mãos suadas, beijos intensos. - Continua sonhadora. - Acha que eu não vi o beijo que ele deu em você no dia em que seu pai e eu fomos viajar?

- Foi só um beijo. - Falo baixo. - Não era para você ver.

- Mas eu vi, querida. - Fala. - Não estou brava nem nada. Na verdade, amo esse mundo adolescente.

- Nós não temos nada. - Falo.

- Ainda não. Eu tenho um informante aqui em casa, Andrew. - Ela fala e nós duas rimos. - Ele também acha o mesmo que eu. É só questão de tempo vocês dois aceitarem o que sentem um pelo outro e lutar por isso. - Ela fala e se levanta. - Mas agora eu vou fazer o almoço se não todo mundo passa fome nessa casa.

- Camila. - Chamo e ela se vira. - Obrigada.

- Sempre as ordens, meu amor. - Ela sorri docemente e se vai.

Não sei exatamente pelo que agradeci, acho que nem ela mesma sabe. Mas Camila superou minhas expectativas, ela é a mulher mais incrível, depois da minha mãe, que já conheci. Nunca me imaginei sentada em uma sala conversado com minha madrasta, mas como eu já disse, nada é impossível. Camila se tornou algo especial para mim, uma amiga que ganhei no meio disso tudo, mais que uma amiga que sei que posso confiar.

Pego meu celular e mando uma mensagem para Pierre.

Início.

Eu: Confirmado.

Pierre: Ótimo. Convenci Flávia a ir também.

Eu: Ótimo! Só que tem um problema.

Pierre: Qual?

Eu: Meu pai quer conhecer você para saber se é uma boa pessoa. Desculpa.

Pierre: Não se desculpe. Irei sim conhecer seu pai. Passarei na casa de Flávia e iremos aí, ok?

Eu: Perfeito!

Fim.

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Amoresssss! Quero desejar a todas um Feliz ano novo, mesmo que atrasado, o que vale é a intensão! Feliz ano novo! Que esse ano seja inesquecível, que tenhamos amor em nossas vidas, paz, sorrisos, esperança nesse mundo que está tão necessitado disso. Que possamos ser pessoas melhores, que possamos amar o próximo assim como nós nos amamos.

Quero agradecer também pelo 1k de seguidores, para muitos pode ser uma coisa pouca, mas para mim é algo que esperei muito. Agradeço a cada um que lê minhas histórias e que me acompanha aqui. Desejo que 2016 possamos nos unir mais, que eu possa escrever mais histórias para vocês!

É isso! Comentem sobre esse capítulo e até o próximo! ❤❤