Capítulo 8

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Vesti um short preto, minha blusa de Pierce The Veil enorme e meus companheiros amados, meu all star.

Peguei alguns livros e desci as escadas encontrando Jared na sala assistindo jornal.

- Onde vai? - Me perguntou ele.

- Vou na casa do Urieel dar aulas de reforço para ele. - Falei. - Posso?

Por algum motivo me senti na obrigação de pedir permissão à ele.

- Claro. Goste de Urieel, é um bom rapaz. - Falou ele distraído. - Só não volte tarde.

- Tchau. - Falei saindo de casa e batendo a porta.

Me sentir nervosa, fiquei com medo da reação dele pois hoje mais cedo ele saiu da enfermaria com muita raiva de mim.

Subi as escadas da varanda da sua casa e soltando um suspiro pesado apertei a campainha.

Uma mulher de mais ou menos trinta e cinco anos abriu a porta me lançando um sorriso encantador. Ela tinha cabelos castanhos e seus olhos eram idênticos aos de Urieel.

- Oi! - Me comprimentou calorosamente.

- Ei. - Falei  sem jeito.  - Me chamo Pietra.

- Eu sem quem você é. Urieel fala muito de você. - Falou ela.

Ele fala? Caralho!

- Ele está? Vim ajudar ele com algumas matérias. - Falei.

- Claro. Pode subir. E a primeira porta a direita. - Falou ela dando passagem para mim entrar.

- Obrigada. - Falei indo direto pra o quarto dele.

O que a mulher que supostamente era sua mãe tinha me falado não saia da minha cabeça. Ele falava de mim? Falava como?

Subi as escadas rapidamente e logo, por um segundo de coragem, bati na porta de seu quarto.

Não ouve sinal no outro lado da porta. Me aproximei encostando meu ouvido na porta e um com muita dificuldade ouvi som de violão no outro lado.

Ele estava cantando. Cantando Thinking Out Loud de Ed Sheeran? Era isso?!

Fechei os olhos e me encostei mais na porta tentando ouvir mais. Sua voz era linda. A música parecia perfeita em sua voz acompanhada com o violão. Parecia um anjo cantando uma melodia celestial.

Senti uma vontade incontrolável de ve-lo cantar. Abri sua porta com cuidado e o vi sentado na sua cama com o violão de olhos fechados catando a música. Ele cantava com amor, com desejo e com ternura.

Me encostei na porta e fechei os olhos caindo nos encantos da música e da sua voz perfeita.

Talvez tenhamos achado o amor bem aqui, onde estamos
Talvez tenhamos achado o amor bem aqui, onde estamos
E nós achamos o amor bem aqui, onde estamos...

Ela se acabou. Sua voz se calou e quando abrir meus olhos do encantamento vi dois olhos verdes intensos em chamas olhando para mim.

- Descup... - Falei sempre jeito. - Não resisti. Você canta muito bem.

Mais que draga tá acontecendo comigo? Nunca fui de ficar sem jeito perto de um menino e muito menos envergonhada. Tô ficando louca, só pode!

- Achei que não viria depois da discussão que tivemos. - Falou ele se levantando da sua cama e colocando o violão de lado.

- Eu prometi que viria. Eu cumpro o que prometo. - Falei.

- Hm.

Adentrei no seu quarto e deixei a porta entre aberta. Seu quarto era diferente do que eu havia imaginado. Era muito bem organizado e tinha um cheiro agradável. Tinha uma cama de casal no centro do quarto. Uma estante enorme cheia de livros, CDs, discos e filmes. Tudo muito bem organizado. Na outra parte, perto da janela que dava para ver o meu quarto, havia uma escrivaninha com um notebook e alguns porta retratos. Havia uma porta que julgavam ser o closet. As paredes eram de um azul marinho.

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