Give me love

Capítulo 41

Depois de toda aquela bagunça que a festa surpresa causou, todos nós vamos para casa e em meio ao caminho vou preparando tudo que tenho que falar. Meu coração bate forte, minha cabeça gira com tudo isso.

Apesar de tudo, espero que Urieel ainda queira me ouvir, não ficaria surpresa se ele me ignorasse.

Assim que chego em casa, minto sobre uma dor de cabeça e vou direto para o meu quarto. Já passas das onze da noite, não sei se ele está dormindo, mesmo que tiver, vou ir até o seu quarto e dizer tudo que tenho que dizer.

Tomo um banho rápido, visto meu pijama e tomo varias respirações até a coragem vir e eu sair para a minha sacada. A janela do seu quarto está aberta e escuto um som de lá. Sem esperar mais, pulo da minha sacada para a sua e logo estou dentro do seu quarto.

Reconheço imediatamente a musica que soa em meus ouvidos. Give me love. Meu coração se acalma ao sentir o cheiro viciante de Urieel por todo o quarto. Olho ao redor mas não vejo o mesmo, adentro mais o quarto e antes que eu de mais do que três passos, Urieel entra pela porta vestindo apenas uma calça moletom. O ar dos meus pulmões parece ser sidos arrancados de mim assim que meu olhar passeia por seu lindo corpo...

- Você me assustou. - Fala ele me tirando dos meus pensamentos.

- Estamos quites agora. - Pisco para ele e o mesmo sorri de lado.

- O que fiz para merecer sua ilustre presença em meu quarto nesta noite? - Fala ele em um tom brincalhão fechando a porta.

- Vim saber o porque foi tão mal educado e não me deu parabéns até agora. - Cruzo os braços.

- Estava esperando o momento certo. Na verdade eu estava me arrumando para ir até o seu quarto e lhe dar o seu presente. - Fala ele andando pelo quarto enquanto eu ando ate sua cama e me sento na mesma.

- Presente? - Pergunto curiosa.

- Sim. - Ele anda até mim com um embrulho. - Não sei se ira gostar, mas saiba que não foi fácil achar. - Ele sorri me entregando o presente.

O presente está muito bem embrulhado. No momento que tenho ele em minha mãos, sinto que ele é um pouco pesado e minha cabeça vai a mil tentando adivinhar o que será. Com cuidado abro o embrulho e meus olhar se abrem mais ao ver o que é.

- Ela é perfeita... - Sussurro olhando para uma câmera Nikon D5300 que está em minhas mãos.

- Quando você me disse que gostava de fotografar e tinha perdido para sempre a sua inspiração para fazer o mesmo, logo pensei em lhe dar uma câmera, assim você pode voltar a fazer algo que ama sendo sua própria inspiração. - Diz ele se sentando ao meu lado.

- Ela é linda. - Sorrio fraco. - Mas não posso aceitar. - Digo lhe entregando a câmera.

- Me dê um ótimo motivo para não aceitar. - Fala ele.

- Primeiro: isso deve ter sido o olho da cara. Segundo: eu não posso aceitar isso, não é certo. Eu fui uma idiota por não acreditar em você, eu estava com medo disso tudo, do que eu sentia por você. - Abaixo a cabeça. - Eu me peguei um dia pensando em você, dês aquele dia eu me perguntava o que sentia por ti. Mas bastou eu ficar sem você para descobrir de verdade.

- E o que descobriu? - Ele pergunta em sussurro.

Meu coração vai a mil. Para alguns isso pode ser simples palavras, sem significado algum, mas para mim que carrego esse sentimento, vale mais que todos os diamantes da terra. Essas simples palavras podem, simplesmente, decidir a minha vida.

- Que eu te amo. - Falo levantando o olhar e encontrando seus olhos brilhantes em mim. - Mas eu não posso aceitar, não é justo depois que eu fiz, fui idiota. Eduarda me contou, eu me senti uma idiota, um lixo. - Falo rápido tampando meu rosto. - Nem sei se depois disso você é capaz de me perdoar.