Capítulo 6

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Em consequência de ter dormido muito tarde na noite anterior, acordei exausta e com olheiras debaixo dos olhos.

Sem muito ânimo, pois estava morta de cansada e sentia meu corpo pesado, vesti uma calça preta, uma blusa solta xadrez e meu all star. Sabe quando você acorda de mal com a vida? Era eu nesse dia.

- Bom dia! - Falou Camila quando me sentei na mesa me juntando e eles.

- Bom dia. - Falei.

- Você está bem? Parece morta de cansaço. - Me perguntou Andrew.

- Não dormi bem, só isso. - Falei tomando um pouco do meu cafe que estava em minha xícara.

Olhei para a cadeira onde Jared se sentava sempre nas refeições e percebi que não estava.

- Onde está Jared? - Perguntei.

- Ele teve que sair às pressas para o trabalho. - Camila falou.

- Hm.

- Pietra. - Me chamou a mesma. - Esse final de semana seu pai terá que fazer uma viagem à negócios e eu o acompanharei. Será que tem algum problema você passar esse final de semana aqui sozinha com o Andrew? - Ela me olhava seria. Parecia com medo da minha reação.

Olhei para Andrew que me olhava animadamente e com um sorriso ansioso.

- Tá. Não haverá nenhuma problema. Só se esse anjinho me prometer não colocar fogo na casa. - Falei e percebi Camila relaxar e ficar surpreendida pela forma que chamei Andrew.

- Pode confiar que não vou fazer nada. - Andrew piscou para mim.

Depois de tomar meu café, me apressei para ir para a escola por que já estava atrasada, pra variar.

Cheguei um pouco atrasada e por pouco o professor de português não me deixou entrar. Odiava ser o centro das atenções, mas no momento em que interropi a aula não teve outra. Todos olharam para mim com olhares curiosos e alguns até riram da minha situação. Como por exemplo, Urieel.

Me sentei no fundo ao lado de Flávia que me deu um caloroso sorriso.

As aulas passaram rápidas e até meio animadas. O bom e interessante dos professores daqui, é que eles procuravam métodos para prender a atenção dos alunos e nos ensinarem de uma forma em que todos aprendam e se divirtam ao mesmo tempo.

- Você parece acabada! - Comentou Flávia no último horário que por sua vez era de educação física e todos os alunos estavam espelhados pela grande quadra da escola.

- Nem me fale. Fui dormir um pouco que tarde ontem. - Comentei.

- Imagino. - Riu.

- Meninas! - A nossa professora de educação física chamou a atenção de todos com um apito que por sua vez tinha uma barulho irritante. - Vão ao vestuário feminino e vistão suas roupas de edição física e venham até o meio da quadra. Vocês tem cinco minutos.

Algumas meninas, encluindo eu e Flávia, reclamaram, mas fomos ao vestuario nos trocarmos.

- Nos podíamos ir a um café hoje a tarde. - Me convidou Flávia enquanto fazíamos o nosso caminho até o vestuário.

- Claro. Amo café. - Ri.

Não sou uma pessoa de fazer amigos, na verdade, em partes nunca me incomodei com isso, sempre me dei bem me virando sozinha. Mas estar na presença de Flávia era bom, por mais que nos duas nos conhecemos e pouco tempo, vi que ela poderia ser uma grande amiga.

O vestiário era grande e bem iluminado. Havia vários armários na cor preta, bancos de madeira fino pelos lados e chuveiros também.

Cada garota abriu o seu armário e pegou sua roupa, que por sua vez era um short saia de malha e blusa branca.

- Vejam só que vai participar da aula. - Falou a ruiva falsa se aproximando de Flávia e eu.

- Não enche Eduarda. - Falou Flávia.

- Vai ser a bola de hoje fofa? - Falou Amanda com voz de deboche.

Flávia abaixou o olhar encarando o chão toda sem graça. Algumas das meninas que ali estava riram da situação.

- Tá pedindo pra apanhar né? - Falei indo na direção de Eduarda mais fui impedida com um forte aperto no braço.

- Não vale a pena Pietra. - Falou Flávia baixo.

- Isso aí! Escuta sua amiguinha. - Falou Amanda. - Você não vai querer bater de frente comigo. - Falou ela piscando e saindo seguida por suas capachos.

- Não acredito que deixou ela falar assim com você! - Me virei indignada para Flávia.

- Eu já tô acostumada com essas piadas sobre meu peso e corpo. - Falou ela olhando para baixo.

Meu peito se apertou. Me senti mal por Flávia. Como alguém pode ser tão baixo ao ponto disso? Cada vez que eu via as atitudes de Eduarda eu a odiava mais.

Queria dizer algo a Flávia mas fui interrompida pelo barulho agudo do apito da nossa professora nos chamando para fora.

Eu, junto com Flávia e o resto das meninas fomos para o meio da quadra enquanto os meninos nos observavam nas arquibancadas e babavam em algumas meninas.

- Hoje como é a nossa primeira aula de educação física do ano, optei por começar pelas meninas pois quero montar um forte time para disputarmos os jogos anuais. - Falou nossa professora em alto e bom tom para todos nós ouvirmos. - Quero dois times com cinco meninas cada.

Os entreolhamos e nos dividimos rapidamente formando dos times.

Flávia e eu ficamos juntas e Eduarda com suas amiguinhas ficaram no outro time. Para a minha alegria.

- Vamos começar com uma coisa leve. Queimada. - Falou a professora. - Creio que todas sabem jogar e conhecem as regras também. Tirem cara ou coroa pra ver quem começa.

Nosso time escolheu coroa e ganhamos. O jogo começou e como eu sou apaixonada por queimada joguei muito bem. Sem querer me gabar, é claro.

O jogo já estava no fim. No meu time só tinha ficado eu e uma garota chamada Carla e no time adversário Eduarda e Carolina.

Agora o clima era tenso, todos na expectativa para ver quem iria ganhar. E secretamente, Eduarda e eu travavamos uma guerra para ver quem iria ser queimada primeiro.

Até que a última bola que joguei para queima-lá, ela aparou. Ela me fitou com um sorriso desgraçado no rosto e colocando muita força na bola jogando em minha direção.

A princípio achei que apararia numa boa. Só que não foi isso que aconteceu. A bola veio em uma velocidade enorme e não deu tempo se quer de me posicionar para recebe-lá.

Até que sentir um grande impacto na cabeça. A bola tinha me acertado em cheio na testa com tanta força que fui ao chão. Já apagada.

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