Urieel.
Alguns dias depois...
Uma semana. Uma semana dês o maldito dia em que Eduarda foi em minha casa. Depois daquele dia, Pietra se recusa a falar comigo, nem um olhar ela lança em minha direção e isso aos poucos tem me matado.
Me sinto um idiota por sentir tais sentimentos por ela. A conheço apena dois meses! Mas a forma em que ela entrou em minha vida, seu jeito de ser, ser jeito doce mais ao mesmo tempo cuidadoso me fez sentir coisas que nunca senti por nenhuma garota. Isso pode parecer idiota ou até mesmo clichê, mas é a verdade.
Agora estou aqui, no mesmo bar que em a dias atrás cantei espacialmente para ela. Estou rodeado pelos meus amigos, mas nada é como antes. É como se meu mundo estivesse sem cor, sem vida, um mundo sem Pietra.
- Não vai cantar hoje, cara? - Matt me pergunta.
- Estou se animo. - Bufo.
- Isso ainda é por causa da garota, não é? - Carolina, namorada do Matt e também minha amiga me pergunta.
- Sim. O pior de tudo é que ela não quer nem se quer me dar uma oportunidade de conversar. Todas as vezes que eu vou até sua casa seu pai me manda ir embora. Jared está puto comigo e eu já não sei mais o que fazer, nem ao menos sei o que sinto por ela. - Falo coçando a cabeça.
- Você simplesmente está apaixonado por ela. - Carolina começa. - Você se apaixonou por ela assim como ela por você. Eu vi como ela te olhava quando estava aqui, eu vi o sorriso que ela deu para você, seus olhos brilhava. E você não fazia diferente. Ela só está se protegendo, pois como você mesmo disse, ela passou por coisas difíceis. Se você gosta mesmo dela, não deixe que uma mentira de uma garota estupida destrua isso entre vocês. Não conheço ela muito bem, mas o pouco que conheço, sei que ela é uma boa garota.
Me perco em pensamentos novamente. Talvez Carolina tenha razão. Conhecer tudo sobre Pietra se tornou minha missão, fazer ela bem se tornou minha dever e estar ao lado dela se tornou algo necessário.
- Enquanto vocês ficam aí falando sobre amor, namorado e coração partido, eu curto a balada e cada noite e a garota da mesma. - Fala Pablo me tirando dos meus devaneios.
- Fala isso até uma garota vir e virar sua vida de pernas pro ar. - Carlos fala debochando.
- Que isso nunca me aconteça... - Pablo resmunga.
- Vocês falam isso como sé se apaixonar fosse a pior coisa do mundo, como se fosse um bicho de seta cabeças. - Carolina fala comendo sua comida.
- Mas é um bicho. Um chamado namorada. - Pablo fala e Carolina faz careta. - Além do mais, mulher é uma coisa confusa. Quando ela diz não é sim. Quando diz sim é não. A você não faz o que ela quer, você morre, sem contar que tem toda essa coisa de inimigas que eu não consigo entender.
- Olhando por esse lado, Pablo tem razão. Vocês são complicadas de mais. - Carlos fala fazendo careta.
- Nós não somos complicadas. Vocês que não entendem o nosso jeito de ver as coisas, vocês complicam tudo e colocam a culpa em nós. - Carolina fala. - E você, amor? O que acha?
- Eu não acho nada. Quero voltar vivo para casa. - Matt resmunga fazendo todos nós rirem.
- Está vendo? É por isso que não quero passar. - Pablo fala gargalhando.
- Não dê ouvidos a esses idiotas. - Carolina sussurra ao meu lado. - Eles não sabem o quão bom é ter algum do nosso lado, alguém que possamos confiar.
- Isso não me assusta. - Respondo baixo. - O que me assusta é não ter Pietra na minha vida a mais.
- Isso é amor. - Carolina sorri docemente. - Você não consegue mais ver sua vida sem essa pessoa, faz de tudo para ter ela do seu lado. Não deixe essa oportunidade escorrer por suas mãos, lute e mesmo que não pareça, vale a pena lutar.
- Mas o que eu posso fazer? Ela não quer me ouvir. - Bufo.
- Não dê alternativa. Faça ela te ouvir, mesmo não querendo. Mas não faça pressão, deixe que ela processe tudo.
- Obrigada. Você é a melhor amiga que existe! - Beijo de leve sua testa.
- É. Todos fala isso. - Ela pisca para mim.
Se eu for esperar a vontade de Pietra em me ouvir, nunca teria a oportunidade de dizer tudo o que tenho que falar.
Fico com meus amigos até o bar ficar sem movimento. Depois de me despedir dos mesmo e receber força de Carolina, vou em direção a minha casa.
Dou sorte de mamãe estar dormindo, subo para o meu quarto, troco de roupa rapidamente e vou para a janela.
Ao abrir e sair para a sacada, deixo o vendo frio da madrugada levar para longe com si os meus tormentos dos últimos dias. Tomo uma respiração e rapidamente passo da minha sacada para a de Pietra e agradeço silenciosamente por ela ficar no quarto ao lado do meu.
Por uma sorte surreal, sua janela não estava trancada, o que facilita minha entrada. Ao entrar no seu quarto, seu cheiro me toma e me leva ao céu. Só agora posso perceber a falta que seu cheiro, que sua presença faz.
Olho para sua cama e vejo ela dormindo lindamente. Seu rosto relaxado, seu cabelo todo bagunçado e sua boca relaxada deixa ela tão frágil, coisa que quando está acordada faz questão de esconder em sua armadura.
Me aproximo e sento na beirada de sua cama. Minha mão automaticamente vai para seus cabelos passando a mão levemente nos mesmo.
Me hipnotizo por sua beleza e nem percebo quando ela abro os olhos.
- O que faz aqui? - Fala ela em sussurro dando um tapa em minha mão se sentando na cama se cobrindo.
Sua voz levou arrepios ao meu corpo. A falta que senti dela, mesmo agora ela estando fria.
- Vim conversar com você. Tive que apelar para o plano B., já que você não queria falar comigo de outra maneira. - Sorrio de lado.
- Achei que tinha deixado claro que não queria nada com você. - Fala ela ainda com sua armadura. - Por que veio aqui? Se não sair agora eu vou chamar meu pai e vai ser bem pior.
- Vim aqui pra ver se você coloca nessa sua cabeça que não tenho nada com a Eduarda, que tudo que ela falou não passou de mentira. - Falo sério.
- Então quer dizer que não estava comigo por pena? - Fala irônica. - Sabe como odeio que as pessoas tenham pena de mim? Passei por tudo sozinha, passei pelo inferno depois que minha mãe morreu. Não preciso de pena de ninguém.
- Que? - Falo me levantando. Raiva tomando conta de mim. - Não acredito que acha mesmo que estive com você por pena. Não sinto pena de você. Pelo contrário, acho você forte. Forte por tudo que passou e suportou.
- Então estava comigo por que? - Fala ela com raiva crua na voz. - Eu não vou mudar meu jeito de pensar até que me prove o contrário. Já perdi muito, Urieel. Não posso me arriscar perder mais, ainda mais aquilo que nunca tive. Vai embora. Já está tarde e me esqueça, por favor. Não vou saber lidar com isso se me acontecer de novo. - Fala agora quase implorando.
- Ok. - Jogo minhas mãos no ar. - Eu vou. Mas não pense que vou desistir disso. O que sinto por você é mais forte do que essa mentira. Sei que também sente isso por mim, sei que tem medo mas sabia que o sentimento é recíproco é não vou te deixar. Não sinto pena de você, isso é a última coisa que sentiria. - Falo me virando para ir embora.
- Eu espero que, verdadeiramente, isso seja verdade. - Ouço ela sussurra antes de eu ir e me perder novamente.
------------------------------------------------------------ Amores, desculpa à demora para postar. Mas a culpa não é minha mas sim do Wattpad que apagou esse capítulo duas vezes 😐😐
Comentem e até o próximo ❤❤

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Give me love
Romance" De-me amor" - Foi o que ele disse. Depois de perder a mãe em um acidente de carro, Pietra e obrigada à ir morar com seu pai em outro país onde vive com sua família perfeita. Lá, ela conhece o garoto de olhos verdes intensos, dono de um sorriso li...