Capítulo 43

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Se eu disser que estou calma, estou mentindo por completo. Hoje é sexta, dia em que meus avós chegarão.

Camila está tentando me deixar calma, mas acho que isso está me deixando ainda mais nervosa. Eles chegarão de carro ao meio dia e eu não sei se fico aqui ou corro para bem longe para me esconder.

Todas as palavras de incentivo dos meus amigos pareceram se dissolver com todo esse nervosismo.

Estou na sala enquanto o Anjinho joga vídeo-game na TV distraído.

- Querida, pode me ajudar aqui? - Camila grita da sala de jantar.

- Sim. - Corro até ela. - Se meu pai ver você carregando esse monte de pratos, ele surta. - Rio pegando os pratos de suas mãos.

- Eu estou grávida, não alejada. - Ela rola os olhos e ri. - Seu pai está me deixando louca com isso tudo. Eu só estou de dois meses!

- Só espere até chegar aos seis. - Falo.

- Não quero nem imaginar. - Ela ri.

Continuo ajudando ela a arrumar a mesa até que a campainha toca.

- Meu Deus! - Exclamo.

- Calma. São só Urieel e sua mãe, a Clara. - Camila ri.

- Eu abro a porta então. - Falo dando um sorriso fraco andando em direção a porta.

Assim que abro a porta dou de cara com Clara e seus lindos olhos brilhantes.

- Oi, querida. - Ela me abraça.

- Oi, Clara. - Digo retribuindo o sorriso que ela me dá.

- Camila está? - Ela pergunta.

- Sim, está na sala de jantar. - Falo e Clara passa por mim. - Hey, Andrew. - Ela comprimenta o Anjinho e os dois começam uma conversa.

- Hey, anjo. - Urieel vem e me abraça.

- Obrigada por aceitarem jantar aqui. - Falo em seu peito. - Isso não vai ser tão fácil quanto eu pensava.

- Sempre vou estar aqui. - Ele beija minha cabeça. - Você vai passar por isso, seus avós vão te amar.

- Ok. - Sorrio me afastando dele.

Depois disso tudo, o mundo ao meu redor parece um borrão. É normal você ter tanto medo assim? Medo de não ser "aceita" pelos seus proprios avós?

- Querida... - Camila toca em meu ombro algum tempo depois.

- Sim. - Respondo voltando a terra.

- Eles chegaram. - Ela fala e sorri fraco.

Meu coração acelera e por um segundo todo o meu sangue parece ser drenado de mim.

Me levanto do sofá onde estava com Urieel e o Anjinho e sigo, junto com Jared e Camila para fora de casa.

Lá fora, um carro preto estaciona na garagem e um homem de cabelos grisalhos, com olhos verdes sai do carro seguido por uma bela senhora do cabelos castanhos e olhos idênticos ao de meu pai, aos meus.

Os olhos da mulher são os primeiros a se encontrarem com os meus. Sua boca se abre e seus olhos brilham, coisa que não entendo. Logo em seguida o homem segue seu olhar e sua reação não é diferente.

- Pai, mãe. - Meu pai fala e vai de encontro com eles, abraçando os mesmo.

- Como vai, querido? - A mulher pergunta.

- Estou bem, melhor impossível. - Meu pai sorri.

- Ficamos sabendo da gravidez. Meus parabéns Camila. - O homem vai de encontro a Camila e abraça a mesma.

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