Capítulo 7

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Dor.

Só o que sentia naquele momento em que abri os olhos foi dor.

Acordei na enfermaria da escola. Um lugar pequeno e todo branco, o que me deu mais dor de cabeça.

- Graças a Deus você acordou! - Falou Urieel se levantando da cadeira ao meu lado. Parecia preocupado.

Olhei ao redor tentando me lembrar do por que ter acordado na enfermaria. Eduarda!

- Por que está aqui? - Perguntei seca.

- Fiquei preocupado com você. - Falou ele.

- Não preciso que fiquei preocupado comigo. Sei me cuidar. - Falei com a voz mais seca do que o necessário. - Até por que o motivo de eu estar aqui é a sua namorada. - Falei.

- Foda-se tá bom! - Falou se levantando. Parecia com raiva. - Fiquei aqui com você todo o momento em que esteve dormindo e é assim que me agradece? Você é muito ingrata sabia? Por isso não tem amigos.

Aquela última frase de certa forma me feriu mais do que eu pensei. Olhei em seus olhos e via neles raiva. Ele pegou seu casaco e sem se quer me lançar um último olhar saiu.

- Como se sente? - Perguntou a enfermeira entrando no quarto junto com Flávia.

- Bem. Será que já posso ir embora? - Perguntei ficando de pé.

- Já sim. Não foi nada grave. Só irei lhe passar um remédio caso sua cabeça doa. - Falou a enfermeira me entregando uma receita.

- Obrigada. - Falamos Flávia e eu juntas.

Saímos da enfermaria e por algum motivo olhava pelos lados pra ver se não encontrava Urieel pelos corredores da escola.

- Acho que o nosso café vai ficar para a próxima. - Falou Flávia triste.

- Não! Claro que não. Estou doida para tomar um café bem forte e ver se essa dor de cabeça passa. - Falei e vi a sua expressão mudar.

- Então vamos? - Perguntou.

- Claro. - Falei.

Pegamos um táxi e Flávia deu as coordenadas ao motorista. Pelo que ouvir, o café ficava no Brooklin, não muito longe de onde estávamos.

Fomos conversando e logo chegamos.

O café por fora era pintado de um verde piscina e em suas duas extremidade tinham duas lindas árvores cheia de flores rosas delicadas. Lá de fora se percibia que lá dentro estava super movimentado.

Lá dentro ele era super aconchegante. O piso era de madeira escura, o teto do mesmo jeito só com um pequeno lustre tando um toque de sofisticação no local. As pequenas mesas eram de madeira escuras e as cadeiras da mesma. No fundo, havia o balcão de atendimento onde os garçons estavam super bem vestidos.

O café todo por si era muito sofisticada e rústico. Tinha amado o local.

- Uau! - Falei boquiaberta. - Esse lugar é lindo.

- Também acho. - Falou Flávia se sentando em uma das mesas desocupadas. - Meu pai sempre me traz aqui. Então pensei que você gostaria de conhecer.

- Eu amei. - Falei.

Um garçom super bem vestido e com um sorriso lindo e simpático nos lábios veio nos atender.

- O que as duas moças vão desejar hoje? - Perguntou ele me olhando.

- Dois cappuccino e duas fatias de tortas fria de franco. - Falou Flávia a ele. - Pode ser? - Perguntou a mim.

- Você decide. - Falei sorrindo.

O garçom nos deu um caloroso sorriso e saiu levando os nossos pedidos.

- Ele faltou babar por você. - Falou Flávia a mim quando estávamos sozinhas na mesa.

- Que? - Ri. - Nada a ver Flávia.

- Tão tá né. - Falou ela dando de ombros.

Demorou nem dez minutos e finalmente nossos pedidos chegaram. Mas não conseguiu comer antes de fazer uma coisa que me incomodava.

Peguei meu celular e mandei uma breve mensagem à Camila que me respondeu imediatamente com um "Ok querida, que bom que nos avisou. Não chegue muito tarde." . Depois disso nada me impedia de comer aquela gostosura que estava em minha frente.

- Melhor cappuccino que já tomei. - Falei.

- Que bom que gostou. - Falou Flávia. - Vem cá, por que o Urieel saiu da enfermaria feito um furacão hoje mais cedo?

A grande fome que estava sentindo a segundo a atrás foi embora quando ela tocou nesse assunto.

- Ah, a gente não se da bem e acabamos discutindo. E eu acho que eu falei de mais. - Falei me lembrando de suas palavras.

" Fiquei aqui com você todo o momento em que esteve dormindo e é assim que me agradece? Você é muito ingrata sabia? Por isso não tem amigos. "

- Ele que te levou para a enfermaria. Ficou realmente preocupado e não parava de perguntar a enfermeira se você estava bem. Ele até deu uma bronca na Eduarda na frente da turma toda que por sua vez ficou com muita raiva. - Falou ela rindo da última frase.

- Sério que ele fez tudo isso? - Perguntei boquiaberta.

- Sim. - Falou por fim.

Uau! Confesso que não esperava isso dele. Ainda mais dele que dês que cheguei aqui não fez nada a não ser atormentar a minha vida. Mas bem no fundo, bem no fundo mesmo, senti uma caisa estranha ao ouvir que ele se preocupou de verdade comigo. Acho que eu estava errada ao brigar com ele mais cedo, sei que ele me disse palavras que me machucaram mais quem começou a encrenca fui eu. Então acho que eu devo lhe pedir desculpas. Nem que pra isso eu deva passar por cima do meu grande orgulho. Era o certo a se fazer.

Mais por ora deixei esse pensamento de lado. Iria ve-lo mais tarde e resolveria isso. Me concentrei em me distrair com Flávia que depois do incrível café que tomamos é fez questão de pagar, mesmo eu não concordando e fazendo com que ela me prometesse que da próxima vez eu pagaria me afastou pelas ruas lindas do Brooklin me contando várias histórias.

Meus pés na estavam doloridos e meu corpo gritava por um banho gelado quando nos duas nos sentamos em um banco de uma linda praça perto do mesmo café que estivemos a poucas horas atrás.

- Estou morta! - Falei a ela que riu.

- Eu também.

- Mas foi bom. Conheci pelo menos um pouco da cidade. Não me perco por aqui. - Falei.

- Que bom então que meus pés cheios de calos tenham valido a pena. - Rimos.

- Que horas são? - Perguntei distraidamente.

- 17:28. Por que?

Dei um pulo. Droga! A aula particular que prometi a Urieel.

- Tenho que ir agora. Tem problema se você pegar um táxi sozinha? - Pergunte a Flávia.

- Não. Claro que não. Pela sua cara vejo que esta atrasada para algo importante. Vá! Amanhã a gente se fala. - Falou ela me dando um beijo na bochecha.

- Eu amei o passeio que tivemos. Vamos repetir isso, mas agora eu tenho realmente que ir. - Falei pegando meu skate.

- Vai logo! - Riu ela.

- Ok. Beijos. - Disse me virando e indo embora.

- Beijos! Se cuida! - Ouvi Flávia gritar atrás de mim.

Corri com o meu skate o mais rápido que pude pelas ruas. Não sei por que, mas não queria me atrasar, queria poder lhe pedir desculpas por ter sido idiota mais cedo com ele.

Suspirei de alívio quando cheguei na rua de casa. E olha só! A tempo! Agora só iria tomar um banho pois estava grudando e iria até a casa de Urieel dar uma de professora.

Give me loveOnde histórias criam vida. Descubra agora