The first

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POV. Mariana

Ele tirou uma toalha de mesa grande e colocou no gramado, se sentando na mesma e me chamando para me sentar ao seu lado. Eu ainda estava impressionada com aquele lugar, não parava de olhar ao redor, eu nunca tinha visto algo natural tão belo. Aquilo era tão puro, não parecia que algum humano tinha ido ali.

- Como você conhece esse lugar? - perguntei ainda encantada com o lugar.

- Eu vinha com a minha família aqui quando eu era pequeno. - ele respondeu colocando o braço em volta do meu ombro, quase em um abraço. - Minha mãe amava a natureza, por isso fomos para o Rio.

Ficamos olhando pra cachoeira e sentindo o calor do sol, que fazia um contraste com o ar gélido que a cachoeira deixava. Cadu estava com os braços para trás, apoiado nos cotovelos, quase deitado, e eu estava com a cabeça em seu peito. Seu perfume era forte e sua respiração calma me fazia sentir mais leve.

- Você tá com fome? - perguntou ele quebrando o silêncio, assenti e fiquei observando ele se virar para sua mochila. Eu me sentei e vi ele tirando dois potes fechados pequenos com salada de frutas dentro e me entregando uma. Também tirou duas caixinhas de água de coco, deixando na nossa frente.

- O que mais você tem aí? - perguntei com um tom de brincadeira.

- Tudo o que você quiser. - ele respondeu sorrindo. E aquele sorriso, ele realmente acabava comigo. Como eu conseguia me apegar tão facilmente às pessoas?

Comemos em silêncio por um tempo, aquilo estava realmente bom, e olha que eu odiava frutas. Cadu parou de comer e ficou me olhando, com um leve sorriso nos lábios, aquilo me deixou vermelha e eu desviei o olhar, virando o rosto e olhando para a grama. Ele soltou um riso pelo nariz e voltou a comer.

- Por que você sempre ri de mim? - perguntei um pouco brava.

- Porque é engraçado. - ele respondeu dando de ombros, quase como se aquilo fosse óbvio.

- O que é engraçado? - agora estava realmente me deixando brava.

- Na verdade, eu não entendo.

- Não entende o que? - falei alto entre os dentes

- Por que você sempre vira o rosto quando eu te olho? - ele estava olhando nos meus olhos com um ar sério, quando disse isso eu virei o rosto, tentando desviar o olhar, mas ele segurou o mesmo, me obrigando a olha-lo. - De novo! Por que você faz isso? Você não gosta de olhar pra mim? Ou tem vergonha?

- Eu só tenho vergonh...

-MAS VERGONHA DO QUE? - ele estava falando alto, o que me assustou. Soltou um suspiro colando nossas testas, ainda segurando minhas bochechas. - Você é tão bonita, deveria ter vergonha de compartilhar essa beleza com o mundo. - nossos olhos estavam fechados e eu sentia sua respiração ofegante. - Me desculpa.

Eu senti uma lamentação, quase um arrependimento, vindo de sua voz, mas isso logo foi varrido de minha mente. Ele soltou outro suspiro, quase como se tivesse tomando coragem para algo. Senti sua boa encostar na minha e tudo sumiu. Era um selinho calmo, leve, mas eu sentia sua língua pedindo passagem, e eu cedi. Sua língua percorria toda minha boca em um beijo lento, calmo, que me fazia bem. Uma de suas mãos segurava meus cabelos enquanto a outra estava na minha cintura, puxando meu corpo contra o seu.

Estávamos sentados um de frente para o outro, e eu só sabia afundar minhas mãos em seus cabelos. De repente, ele separou nossos lábios, tirou o tênis, as meias e sua camiseta eufórico, sem se preocupar onde estava os deixando. Eu não sabia o que ele tava fazendo, eu não sabia se queria aquilo agora. Ele ficou de pé e começou à tirar sua bermuda, tentei não olhar, mas era inevitável olhar para o volume em sua cueca box preta.

- Cadu, o que você tá fazend... - ele sorriu, piscando pra mim e pulou.


The BetWhere stories live. Discover now