Happy fucking bday

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POV. Mariana

- Adivinhem quem vai para Florianópolis com vocês. - disse animada para Cadu e Fernanda, após ler uma mensagem de Patricia. Estávamos indo embora do colégio após a última prova do semestre, a maioria dos alunos haviam conseguido os resultados desejados, incluindo nós três. Não víamos a hora das tão merecidas e desejadas férias. Senti os dois me abraçando, ouvindo até alguns gritos de animação. - Patricia acabou de me mandar uma mensagem, aparentemente ela já acertou tudo com a Raquel, eu vou pra Floripa com vocês! - fomos o resto do caminho fazendo especulações, planos e pensando como seria o hotel e as praias. Em determinado momento tivemos que nos separar de Fernanda, já que sua casa ficava em outra direção, nos despedimos e seguimos nosso caminho.

- Não pense que eu esqueci, ok? - Cadu disse quando chegamos em frente a minha casa, olhei-o como se estivesse tentando entender. - Seu aniversário, eu sei que é amanhã. Mas não se preocupe, eu já preparei uma surpresa a altura. - dito isso, ele me deu um beijo demorado e foi rumo a sua casa. Legal, mas uma das surpresas de Cadu. Ele insistia em dizer que não tinha criatividade, mas até hoje ainda dou sorrisos bobos com a lembrança do dia em que ele me pediu em namoro.

É claro que eu passaria o dia inteiro pensando naquilo e tentando imaginar o que seria aquela tal surpresa, mas inutilmente, porque ninguém consegue ter metade da imaginação do garoto. Para falar a verdade, eu estava extremamente animada, meu aniversário era meu dia favorito no ano. Era o meu dia, onde eu me sentia especial e ninguém podia tirar aquilo de mim, estava pensando naquilo à uma semana e saber que haveria uma surpresa só me deixava mais animada.

Mais uma vez deixei as cortinas abertas, permitindo com que o sol entrasse e me acordasse, mas hoje não me importei. Podia ver pela janela como o dia estava lindo, o céu azul, sem nuvens. Era sábado, o que significava que eu não precisaria ir para o colégio, e além de tudo, faltavam cinco dias para que embarcássemos para Florianópolis. Olhei as horas no relógio e vi que eram 9h, só um dia tão especial para me fazer acordar cedo sem o mau humor habitual. Levantei, fiz minha higiene matinal, me troquei, colocando um short jeans, uma regata branca e desci para a cozinha.

Assim que cheguei na porta, senti um aperto em meu coração. Sentados em volta da mesa, tomando o café da manhã, estavam Patricia, Renato e minha avó, Rosa, ela morava em outra cidade e nós só nos víamos em nossos aniversários, natal e ano novo. Ela era pequena, parecia tão frágil, mas era a mulher com mais sabedoria que eu já conheci na vida. Assim que me viu, ela se levantou e veio em minha direção, com os braços abertos.

- Feliz aniversário, querida. - ela disse, com toda a doçura que existia no mundo, enquanto nos abraçávamos. - Não preciso lhe desejar amor, já me contaram que você está namorando o filho desse rapaz encantador. - ela indicou Renato e todo riram. Me sentei ao lado dela na mesa, sentia tantas saudades dela e tanto medo de perde-la, por morar sozinha nós nos preocupávamos, mas ela nunca aceitou morar conosco.

Recebi os parabéns de Patricia e Renato, ganhando meu primeiro presente, - ou segundo, se contar a viagem - minha avó havia comprado mais um livro para mim, ela sempre apoiou e estimulou a leitura na minha vida, já o rapaz havia comprado um novo coturno, o que era ideal, já que o outro estava ficando velho.

O café foi ótimo, havia bolos, panquecas doces, suco de abacaxi, açaí, apenas tudo o que eu mais gostava. Depois que todos comeram, Patricia e minha avó foram lavar a louça, eu tentei ajudar mas me impediram, dizendo que a aniversariante não deveria fazer coisas chatas hoje, já Renato foi embora, dizendo que o filho precisava de ajuda em algo e piscando pra mim. Com certeza era algo relacionado à tal surpresa.

Eu, Patricia e minha avó, Rosa, ficamos na cozinha conversando, a mais velha iria preparar um almoço típico mexicano, com tacos, nachos, burritos, quesadillas, já que eu amava e ela tinha descendência mexicana. Tentei ajuda-la um pouco, já que não sabia cozinhar, fiquei apenas cortando alguns legumes e fazendo o que a mulher mandava.

The BetWhere stories live. Discover now