POV. Mariana
- Mas se você se sentiu mal em viajar com ele, por que não pediu pra trocar com a Gabi? Você viria comigo. - estávamos no quarto, havíamos acabado de jantar e estávamos descansando. O dia foi bem tranquilo, pelo menos para mim, Fernanda e o resto do grupo, foram em uma excursão para conhecer a praia, o resort e o que ele oferecia. Como nosso quarto era de frente para a praia, apenas fiquei na sacada, sentindo a brisa e a maresia que o mar gerava. Mas desde que eu e Fernanda nós encontramos, após o passeio, a garota não parava de dizer que eu deveria ter trocado de lugar com ela, ficamos nesse assunto durante horas, e eu, simplesmente, não conseguia fazer ela parar de falar. - Mariana, me fala logo! Por que não trocou de dupla?
- Eu não queria nenhuma garota viajando com ele. - murmurei com relutância.
- Você tá com ciúmes? - a garota perguntou em meio a risadas. Lancei um olhar severo em sua direção, que a fez segurar o riso. - Desculpa, mas é que você ainda gosta dele.
- É claro que eu gosto dele. - respondi inconformada. - Terminamos há cinco dias, não há um ano. Eu ainda fico meio perdido perto dele, e não estou pronta para vê-lo com mais ninguém.
- Uma hora isso vai acontecer. - ela disse com pesar. - E, provavelmente, será hoje, já que vai ter uma balada de boas vindas pra gente, no club aqui do lado. Todo mundo vai.
- Mas eu não vou nessa festa. - respondi séria, eu nunca havia ido em uma balada, não tinha roupa ou disposição para esse tipo de coisa.
- Ah, vai sim! - Fernanda respondeu autoritária. - Já deu de você ficar trancada no quarto, chorando e se lamentando. - ela se sentou na mesma cama que eu, de frente pra mim, pegando minhas mãos com ternura. - Você precisa sair, esquecer dele e tudo que aconteceu, ficar remoendo as coisas só está te fazendo mal. - ela se levantou, me puxando pelas mãos, fazendo com que eu me levantasse também. - Vem, vamos nos arrumar que já está na hora.
- Eu nem trouxe roupa pra isso, Fernanda. - disse sem muito animo.
- Quem disse? - ela falou com um sorriso vitorioso no rosto. - Fui eu quem arrumou sua mala, esqueceu? Coloquei algumas roupas a mais do que você me pediu. - olhei a garota com ternura, percebi como ela estava tentando ajudar, me impedindo de ficar nesse drama eterno, fazendo o que melhores amigas fazem. Me aproximei dela, lhe dando um abraço, sentindo ela retribuir e algumas lágrimas voltando, me desvencilhei do abraço, evitando qualquer choro. - Eu não te dei esse colar atoa. - ela disse, indicando o pingente de meio coração, que ela havia me dado no meu aniversário. - Agora vai pro banho enquanto eu separo as roupas.
Fiz o que ela mandou, peguei minha necessaire, com sabonete, shampoo e condicionador, fui em direção ao banheiro, liguei o chuveiro e me despi. Aquele banho foi completamente diferente do últimos que eu tinha tomado, estava em uma temperatura agradável, não queimava minha pele ou causava dor, apenas me relaxava. Passei o sabonete por meu corpo, sentindo cada músculo do meu corpo relaxar. Coloquei um punhado de shampoo na minha mão e massageei meu couro cabeludo, e tirando-o em seguida, fiz o mesmo com o condicionador, sem tira-lo completamente. Desliguei o chuveiro e, pela primeira vez em dias, eu me sentia bem, calma, não havia nenhuma tempestade dentro de mim, pelo menos não acordada. Me enrolei na toalha, abri a porta e dei de cara com Fernanda.
- Que bom que já acabou, - ela disse entrando com algumas coisas na mão. - eu já ia bater na porta. Eu escolhi sua roupa, está tudo em cima da sua cama, sem reclamar, ok? Quando sair desse banheiro, quero ver você linda.
A garota me sorriu e fechou a porta. Suspirei e encarei o espaço, cada quarto tinha duas camas de solteiro, banheiro, duas portas de correr, onde poderíamos pendurar nossas roupas, uma mesa com duas cadeiras, e uma sacada, algumas dessas eram de frente pra praia, como a nossa. Andei até minha cama e pude ver o que a garota tinha separado pra mim, o vestido era preto repleto de paetês pretas brilhantes, com mangas médias que terminavam um pouco abaixo do cotovelo, o decote era um pouco aberto demais, a roupa era colada o corpo e curta, acabando um palmo abaixo da bunda. Os sapatos eram dourados, mas não muito chamativos, e o conjunto ficou belíssimo.

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The Bet
FanfictionMariana é uma adolescente normal, que mora com a sua mãe e que nunca conheceu seu pai. Nada nunca acontece em sua vida, até o terceiro ano do ensino médio. Sua melhor amiga volta do Rio de Janeiro. Será que a relação delas continuará a mesma? E o qu...