Capítulo 7: Esconderijo + AVISOS

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   Alessandro fechou a porta lentamente, ainda observando Amanda se movimentar pela sua sala de estar. Ela se acomodou no sofá, ajustando o vestido azul-marinho apertado.

   –Ainda não entendo o que faz aqui. – confessou Alessandro.

   –Eu já disse, é sobre Thana. Sobre... – ela tomou coragem. – Sua morte.

   As sobrancelhas de Alessandro se uniram.

   –Por que não procura a polícia e conta a ela? Não tenho nada a ver com Thana. Se isso for alguma desculpa para se aproximar de mim ou...

   –Não é nada disso! E você precisa saber por que ela morreu. Bem, pelo motivo que eu acho que ela morreu.

   Alessandro esperou que ela continuasse, mas tudo que houve em seguida foi puro silêncio.

   –Thana sabia alguma coisa sobre a morte da sua irmã. Sobre Vitória.

   –Quê? – Alessandro virou para trás, procurando algum sinal de sua sobrinha por perto – Mas como? Não entendo.

   –Ela não entrou em muitos detalhes... Você sabe, Thana e Vitória fizeram faculdades juntas, eram amigas, mas depois de uma briga nunca mais se falaram. Mas, há algumas semanas, Thana falou comigo e Penelope sobre ela. Thana disse que descobriu algo estranho, que iria investigar o assunto, e tinha a ver com a morte de Vitória.

   –O que ela descobriu?

   –Ela não disse, nem sequer suas suspeitas. Mas eu sei que foi por isso que ela morreu, Thana disse que era perigoso.

   –Por que não fala isso pra polícia?

   –Ficou maluco? Se eu estiver certa e Thana morreu por isso, eu não sou louca de contar pra polícia o que eu sei, eu seria a próxima da lista. Não, não. Achei certo que você soubesse. – ela deu de ombros. –Faça o que achar melhor com o que eu te disse, só não me envolva.

   Alessandro analisou por um momento. Vitória. Mais uma vez a irmã estava envolvida, a última vez foi Marcela a falar sobre a morte de Vitória, na época ele não dera importância. Será que ela estava certa?

°°°

   Cristal não conseguiria enfrentar. Beijara-o. Não! Ele a beijara. Dane-se quem beijou, ela retribuiu! Não se entendia. O que ela sentia por Arthur tinha sido intenso, ela realmente o amara, mas havia acontecido tantas coisas... Não importa se tinha sido armação ou não, a dor tinha sido forte da mesma maneira. Ela mudou depois daquilo. Quase tivera sua filha no meio de um beco escuro. Isso mudava qualquer pessoa. Cristal nunca mais seria a moça que Arthur conhecera. Ela se transformara em uma mulher forte que precisou suar a camisa para dar comida para filha, se não fosse por Daniel... Como explicaria para Arthur sentimentos que nem ela entendia?

   Ela arrumou as coisas dela e da filha depressa, iria para o único lugar onde se sentia confortável. A casa de Daniel. A noite já tinha chegado e Arthur deveria chegar a qualquer momento do hospital. Resolveu deixar um recado:

Fui para casa de Daniel. Espero que se lembre de minha promessa de passar o ano novo com ele, então só voltarei próximo ano. Assim, poderemos conversar. Peço que não venha a minha procura. Em 2016 conversamos.

Feliz ano novo.

Cristal.

°°°

   Esperando em frente à porta do apartamento de Alessandro, Rafaela respirava com dificuldade. Tomara aquela decisão, claro, mas, agora que estava ali, a coragem foi para longe. Estava prestes a tocar a campainha quando Alessandro abriu a porta, com Amanda vindo atrás dele.

O Assassino (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora