*** Falta apenas um capítulo para a revelação do ASSASSINO :O , então, quem você acha que pode ser? ***
Ele viu quando a mão de Rafaela se aproximou de seu rosto.
Como ele queria sentir aquele toque! Fechou os olhos para apreciá-lo com mais intensidade.
Então, lembrou-se da prisão. Os homens que o atacaram na primeira noite, os hematomas que ainda latejavam em seu tórax. Vitória ficara sozinha, em um hospital, logo depois de uma crise de nervos. Rafaela provocara tudo... Lembrou-se de se ajoelhar diante dela, implorando uma chance, o benefício da dúvida pelo menos. Ela recusou. Jogou-o na prisão como um animal.
Alex nunca se esqueceria disso, nem em seus dias mais felizes. A sombra da cadeia o perseguiria para sempre.
–Não! – ele afastou a mão dela de forma brusca.
Machucou-a com certeza, mas não se importou. Nem por meio segundo.
–Acha que um pedido de desculpas irá resolver alguma coisa? Acha de verdade isso?
–Então me diga o que fazer – implorou. – Preciso de seu perdão.
Alessandro cruzou os braços, em ironia.
–Esforce-se mais do que isso. Não dizendo que irei te perdoar, mas vê-la se arrastar um pouco pela culpa seria muito bom.
Ele se virou.
Rafaela correu até ele, abraçando-o de surpresa. Ele não esperava que ela estivesse tão próxima, pela velocidade que o toque chegou até ele. Incendiou-o de imediato. O rosto dela afundou em sua costa para abafar os próprios soluços.
Alessandro sentiu repulsa. Pela primeira vez.
E odiou esse sentimento.
–Eu juro... – ela começou.
–Não jure.
–Tente me entender, eu estava desesperada.
–Não me importo. Todo o tempo que fiquei preso me perguntava se você teria feito o mesmo com o Eduardo se as "provas" – fez aspas no ar – o tivessem acusado.
Um bolo pesado se formou na garganta de Rafaela. As lágrimas que ela engoliu desceram rasgando todo seu corpo.
–Conheço Eduardo há tanto tempo...
–Não precisa continuar – interrompeu, sentindo-se ridículo por ter coragem de algum dia ter pensando que ela falaria algo diferente. – Já tive minha resposta. – Sorriu.
–Não te trata apenas de confiança, toda a situação...
–Não. Isso é sobre confiança!
–Alex, se por meio segundo eu tivesse imaginado que esse seria o pior erro da minha vida...
–Mas não imaginou. Não se importou. E sabe? – deu de ombros. – Agora quem não dá a mínima sou eu.
–Por favor – sussurrou.
Rafaela começou a agachar-se. Iria se ajoelhar. Se humilharia. Faria qualquer coisa para ter aquele antigo olhar carinhoso e audacioso de Alex sobre ela.
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O Assassino (Livro 2)
Misterio / SuspensoQuase dois anos se passaram desde a morte da irmã de Rafaela, e ela ainda não tem nenhuma pista sobre os assassinos. Diferente deles, que agora não só sabem sua verdadeira identidade como também vão fazer de tudo para mantê-la calada. Para sempre. ...