Capítulo 28: Tudo está prestes a mudar

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   –Que tipo de pergunta é essa?!

   –Dormiu ou não dormiu?

   –Eduardo, você ficou maluco?

   Ele mal conseguia respirar calmamente.

   –Desculpa. Eu só... – ele sorriu – Pensei mesmo que você transou com o Alessandro – sorriu de novo, forçadamente. – Deveria parar de dar ouvidos aos que os outros dizem.

   –Quem disse isso?

   –Não importa agora., você não fez, não é?

   Ela ficou em silêncio.

   –Rafa? Não é? – sua voz tremeu – Não é?? – dessa vez sua pergunta era mais parecida com uma súplica. Ele pegou seus braços, sacudindo-a com força.

   Por favor, diga que é mentira.

   –Não, não é mentira. Eu dormi com ele.

   –Rafa... Como você...

   –Eduardo, quem é você pra me exigir alguma coisa? Você CASOU com a minha prima.

   –Você não está sendo justa, eu...

   –Ah, eu não estou sendo justa?! – interrompeu. – Eu passei três anos... TRÊS ANOS! Para que você me pedisse em casamento. Em menos de dois anos, você já estava casado com Penelope, e eu não estou sendo justa?

   –Se fiz o que fiz, foi porque pensava que você estava morta. Pra mim não importava mais com quem eu me casaria ou não.

   –Pois então você que assinasse um contrato de abstinência, já que é o mesmo que gostaria que eu fizesse.

   –Rafa, você percebe o que está falando??

    –Eduardo, assim como um dia você desistiu do amor que tinha por mim, eu também desisti... Você estava, está!, casado com minha prima...

   –E por isso você se joga nos primeiros braços que encontra.

   Ela o estapeou.

   –Nunca mais se refira a mim como uma vagabunda. Mas que droga, Eduardo! Até você.

   –Não sei que de outra forma eu te trataria. Como eu sou estúpido, iria me divorciar para ficar com uma pessoa que nem me quer – ele gargalhou amargurado – Seria bem feito, não é? Talvez eu mereça por escolher você em vez de Penelope.

   –Eduardo... Não foi isso que eu quis dizer... Você não entende, eu tava magoada...

   –Não precisa mais se explicar, já entendi. Espero que tenha se sentido melhor depois de me dizer essas coisas. Deve ter lavado sua alma.

   De certa forma, tinha mesmo.

   Ele saiu em direção à piscina coberta.

   Rafaela fez menção em ir atrás dele, mas parou. O que diria?

   Levou a mão à testa em desespero. O que ela tinha dito?! Não pensara antes de agir, as palavras saltaram de sua boca quase involuntariamente.

   O celular no seu bolso de trás vibrou.

   –Alô? ... Oi, Alex, você não ligou... Como??! Mas o que ela tem?

   –Rafaela! – Cláudia a gritava, descendo as escadas.

   Ela virou-se para Cláudia.

   –Espera um pouco, Alex. – disse ao telefone – O que foi?

O Assassino (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora