Clube da Cerveja (Romance Bissexual)

19 anos (parte II) - Lado Direito

- Não! - Iran virou o rosto no momento que Fabio tentou beijá-lo.

- Eu sei que você quer, para de joguinho - insistiu o rapaz falando no ouvido de Iran, eriçando os pelos deste.

- Não é joguinho, eu tenho namorado - explicou.

Fábio soltou Iran automaticamente, se afastou do rapaz e olhou nos olhos de seu alvo de flerte.

- Sério? E por que você nunca falou isso?

- Porque ele é famoso e combinamos segredo - respondeu. - Se eu fosse solteiro estaria te pegando nesse momento, mas não posso mesmo.

- Que pena! - Fábio se lamentou - Mas eu não tenho ciúme, pode ser uma coisa de uma noite apenas. - Soltou com uma pontinha de esperança que Iran mordesse a isca.

- Melhor não - respondeu Iran colocando suas duas mãos abertas nos peitos de seu interlocutor e o empurrando levemente. Sua ereção quase explodiu quando tocou nos peitos de Fábio. Eram duros, musculosos e muito grandes. - Cara... eu sou muito forte. - Disse olhando aquele homem negro maravilhoso de cima a baixo.

- Isso porque você não me viu pelado ainda - provocou Fábio com um sorriso malicioso estampado no rosto.

- É melhor eu sair daqui agora - Iran disse fugindo o mais rápido possível daquele homem.

O rapaz foi direto para o banheiro e se masturbou pensando no colega de sala. Após se aliviar, sentiu que podia voltar a ficar do lado dele sem nenhum problema.

O restante da festa correu normalmente. Iran se enturmou com muitos colegas de sua sala, Fábio olhava para ele como se fosse um pedaço suculento de carne e Isá tentou embebedar e beijar Renata sem sucesso.

Xxxx

Os dias se passaram, viraram semanas, que consequentemente se transformaram em meses. Quando completou um ano da morte de Lara, Iran passou o dia inteiro depressivo sentindo falta da amiga. Ismael não pode aparecer para vê-lo, devido às viagens e treinos que ele tinha, já que estava competindo pelo Campeonato Brasileiro e Libertadores da América ao mesmo tempo.

O tempo de Ismael era limitadíssimo, o que aumentava a saudade e a carência de Iran. Em três meses morando em BH, os dois se viram apenas cinco vezes. Cinco ótimas vezes.

Mas o dia do aniversário da morte de Lara era diferente. Naquele dia Iran precisava do namorado ali, apenas para estar do lado dele, pegar em sua mão, fazer companhia...

O dia se arrastou de maneira pesada, a dor estava presente em cada passo que Iran dava. Assistiu obsessivamente a todas as apresentações da amiga no Super Cantor. Era reconfortante ter registros dela. Com certeza se ela estivesse viva seria uma cantora de sucesso.

Já se passava da meia-noite quando o rapaz decidiu dormir. Assistiu pela segunda vez as apresentações de Lara e após a performance dela de "Oh No!", (a última que feita antes de ir ao protesto), Iran recebeu uma mensagem em seu celular.

[00h31] Bunda <3: Sai aí na porta da sua casa!!

Iran se levantou imediatamente. Um grande alívio surgiu em seu peito assim que abriu a porta e viu um taxi parando em frente sua casa.

A felicidade que Iran sentiu naquele momento foi indescritível, tudo o que ele queria era dar um abraço forte no namorado e o fez com toda a força que podia.

- Que bom que você está aqui! - Iran disse muito feliz com a visita.

- Peguei um voo às 23h, vim de surpresa, mas preciso voltar em um voo que sai às 7h. - Ismael disse no ouvido do namorado.