(em anexo, uma foto do Alonso)
uma semana depois
Cerca de dez minutos depois chegámos ao jardim para onde eu e o Bryan costumávamos ir todas as manhãs. Era um jardim calmo, onde não passava muita gente, exceto umas crianças que de vez em quando iam para ali brincar e alguns adolescentes que passavam ali as tardes a estudar ou a conversar.
Sentámos-nos num banco, o Bryan pediu-me a máquina fotográfica e quando eu lha dei, começou a tirar fotografias ao jardim.- O que é que estás a fazer? – perguntei, enquanto tirava um caderno e o estojo da mala.
- O que é que achas que eu estou a fazer?! – perguntou, fazendo uma careta – Estou a tirar fotos!
- E estás a tirar fotos ao quê?
- Ao jardim e a este pequeno lago que aqui está ao centro do jardim. E antes que perguntes, eu respondo já: estou a tentar tirar fotos tão fixes como as tuas!
Rimo-nos e eu comecei a fazer rabiscos numa folha.
Normalmente, quando eu vou para ali desenhar, costumo pôr os headphones, porque a música sempre me inspirou. Mas quando tenho a companhia do Bryan, opto por não ouvir música, porque se não ele ainda se queixava de que eu não lhe dava atenção!
Senti que ele estava a observar o meu desenho e, passado quase uma hora, quando percebeu o que era o desenho, ia-lhe dando um ataque cardíaco.- Isso sou eu e tu?! – quase gritou, deixando-me envergonhada.
- S-sim... O que é que achas? – perguntei, entregando-lhe a folha para ele ver melhor o desenho.
- Eu só tenho uma palavra para isso – disse com uma expressão muitíssimo séria.
- Qual? – confesso que estava com medo de saber, já que ele estava demasiado sério a olhar para mim.
Ele manteve-se em silêncio durante uns segundos para criar suspense e depois disse com um mega sorriso:
- Per-fei-to!
Desatámos os dois a rir e eu olhei para o relógio. Eram quase dez da manhã. Costumava ser por volta desta hora que... Ahm nada, esqueçam.
Não pude evitar olhar para um banco no outro lado do pátio, e quando vi o rapaz que estava sentado nesse banco, acabei por sorrir sem querer.
Ao princípio o Bryan não reparou em nada, mas ao fim de um bocado reparou que algo tinha mudado e que a minha atenção estava concentrada no outro lado do pátio.- Estás outra vez nisso?! - perguntou enquanto observava os vários graus da lente da máquina.
- No quê? – perguntei, fazendo-me de desentendida.
- Todas as manhãs, quando aquele rapaz põe os pés no jardim, a tua atenção concentra-se toda nele. Não vale de nada tentares disfarçar, não me consegues esconder nada.
Fiz um pequeno sorriso e continuei a desenhar.
De repente, o Bryan parou de dar atenção à máquina fotográfica e olhou para mim seriamente.- O que foi?
- Espero que esse teu interesse naquele humano seja simplesmente o facto do sangue dele ser dos mais raros.
Fingi não ter ouvido o seu comentário e voltei a minha atenção para o meu caderno. É verdade que o sangue dele me atraía, mas o que me chamava realmente a atenção dele não era o sangue.
- A verdade é que ele também não pára de olhar para ti... - comentou enquanto olhava na direção dele.
- A sério? – perguntei, super corada, sem coragem para olhar.
- Yah. Mas... Maya, ele é humano, tu és vampira. Vê lá o que é que fazes!
Recomecei a desenhar e não lhe respondi.
A verdade é que aquele rapaz tinha alguma coisa especial, que me atraía e que me chamou a atenção desde a primeira vez em que o vi...
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acreditas em vampiros ?
VampireOlá, chamo-me Maya e tenho, aparentemente, dezoito anos. O meu pai era espanhol e a minha mãe era de descendência portuguesa. A minha família era da alta sociedade, rodeada de luxo e de riqueza. Digo 'era' porque todos da minha família já morreram...