031

42 9 0
                                    

maya pov

George apressou-se a reunir toda gente, incluindo o Liam, o Zayn, o Connor e a Nayana, pois queria falar com todos. Segundo ele, parecia que ainda não era desta que iriamos ter paz.

- Afinal qual é a urgência? – perguntou Zayn, entrando na sala.

- Já todos sabem do que aconteceu há uns anos, quando nós perdemos dois amigos numa floresta na fronteira da Suíça com a Itália. O Tiago e o Henrique foram mortos por alguns caçadores de vampiros.

- E qual é o problema?

- Como todos sabem, a maioria dos caçadores de vampiros têm uma marca pessoal nas armas, uma marca que os identifica e distingue dos outros – começou a explicar o Bryan – Naquela noite, nós identificámos dois dos caçadores que nos perseguiam através dessas marcas.

- E à pouco o Bryan, quando foi passear pelas redondezas, encontrou várias setas de prata caídas por aí. Essas setas têm uma marca que pertence a um dos caçadores que nos perseguiram nessa noite.

- Isso quer dizer que os assassinos do Henrique e do Tiago estão aqui na cidade? – perguntei, desejando com todas as minhas forças que aquilo fosse mentira.

- Sim, eles estão cá. Não sabemos quantos são, mas suspeitamos que vieram atrás de nós...

- Porquê? O que é que eles querem de vocês? – exclamou o Liam, nervoso – Há tantos vampiros por aí. Porque é que eles insistem em vir atrás de vocês?

- Não sabemos... A verdade é que estes caçadores já andam atrás de nós há já alguns anos – lamentou Dani.

Estavamos metidos num sério problema... Se estes caçadores insistiam em andar atrás de nós, é porque queriam algo mais do que matar-nos.
Normalmente, os caçadores de vampiros nunca andam tanto tempo a perseguir os mesmos vampiros.
O caso da Sonia era diferente. O Connor e a Nayana contaram-nos a história. Parece que a Sonia tinha matado a família toda desse caçador de vampiros e ele queria vingar-se dela. Por isso é que insistia em persegui-la.
Mas no nosso caso, não sabíamos o que é que aquele grupo de caçadores queria.

- E agora? O que é que fazemos? – perguntou a Alba.

- Por enquanto não fazemos nada – decidiu o George – Não temos a certeza se os caçadores vieram atrás de nós. Podem estar apenas de passagem, podem andar atrás de outros vampiros.

- Sim – concordou o Telmo – Enquanto não acontecer mais nada, o melhor é continuarmos com as nossas vidas e andarmos atentos ao que se passa.

- Tens razão – concordou o Connor.

Entretanto começavam todos a dispersarem.
Mas o que me chamou a atenção foi o facto de Connor se ter ido embora para caçar e não levar consigo a Nayana. Normalmente eles andam os dois sempre juntos, mas pelo que pude perceber, a Nayana preferiu ficar aqui em casa, e consegui reparar num certo clima de tensão entre eles os dois.
Não é que eu seja cusca e que goste de me meter onde não sou chamada, mas fiquei preocupada, pois eles são meus amigos e só quero que eles estejam bem.

- Nayana – chamei-a.

Ela veio logo ter comigo e sentou-se no sofá.

- Está tudo bem? – perguntei.

- Sim – disse ela, mas definitivamente ela não era boa a mentir.

- O que é que se passa entre ti e o Connor?

Ela olhou-me nos olhos, com os seus olhos bastante brilhantes.

- Não se passa nada – disse logo, desviando o seu olhar do meu.

Esta pequena conversa com ela só me dava a certeza de que eles não estavam bem. Mas não conseguia perceber porquê. No entanto, também não pude insistir no assunto pois Liam aproximou-se de nós e convidou a Nayana para irem dar um passeio. Ela aceitou, sorridente, e foi aí que eu percebi o que se passava. Connor estava com ciúmes porque Nayana e Liam se tornaram bons amigos, e a Nayana parecia-me ser uma rapariga independente, que gosta de fazer amigos e que detesta pressão e cenas de ciúmes.
Suspirei e levantei-me, caminhando até à biblioteca. Alonso estava sentado ao piano, a tocar, enquanto que Luna se encontrava deitada no sofá. Durante uns minutos deixei-me ficar à porta, a apreciar o momento. Ele tocava tão bem...
Freddy veio juntar-se a mim e minutos depois o Alonso apercebeu-se da nossa presença e parou de tocar, envergonhado.
Fui sentar-me ao lado dele e ele abraçou-me pela cintura.

- Já pensaste no que te disse? – perguntou a Luna, com a voz rouca.

Senti-me confusa, pois não sabia do que ela estava a falar. Alonso percebeu isso e apressou-se a explicar.

- A Luna aconselhou-me a voltar para casa. Os meus pais têm-me ligado várias vezes, preocupados. Agora que o Alan e a Sonia já não existem, achamos que seria boa ideia voltar a ter a minha vida normal.

Sorri. Ele tinha razão, ele devia voltar à sua vida. Eu amava tê-lo ali em casa, estar com ele vinte e quatro horas por dia, mas já estava na altura de ele se organizar e voltar à sua rotina.

- Acho que a Luna tem razão – acabei por dizer – Devias voltar para casa, ir às aulas, estar com os teus amigos...

Alonso olhou para mim, talvez com uma ponta de felicidade no olhar. Freddy e Niall aproximaram-se e concordaram, deixando-o tranquilo e decidido a fazer o que lhe aconselhara Luna.

acreditas em vampiros ?Onde histórias criam vida. Descubra agora