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- Ainda bem que chegaste – disse-me Dani, levantando-se do sofá e caminhando na minha direção – Precisamos de falar contigo.

- Estou a ficar preocupado – admiti, observando a Maya, que se mantinha sentada no sofá sem desviar o olhar do chão – Para que são aquelas malas todas?

George também se aproximou de mim e pousou a sua mão no meu ombro, talvez lamentando o que estava a acontecer.

- Nós vamos embora – disse Dani, esperando pela minha reação.

E a minha reação foi apenas uma: desviar o meu olhar para a Maya, que também se encontrava a olhar para mim enquanto uma pequena lágrima vermelha caía pelo seu rosto.

- Como assim? Vão embora para onde?

- Vamos para o Arizona – explicou o George – Não podemos ficar aqui. Fomos encontrados pelos caçadores de vampiros, o Niall foi morto. Não queremos correr mais riscos.

- No Arizona vamos estar protegidos – garantiu o Dani.

Nesse momento Maya aproximou-se de mim e, sem dizer nada, pegou-me na mão e levou-me para a biblioteca.

- Eu quero que venhas connosco – pediu ela com a voz fraca.

Eu ainda estava em choque com o que acabavam de me dizer e durante uns minutos só consegui manter-me em silêncio, para poder assimilar tudo.
Só quando a Maya voltou a repetir o que disse é que eu fui capaz de reagir.

- Sim, claro que vou convosco – disse sem hesitar – Eu não me quero afastar de ti...

Ela sorriu e abraçou-me, garantindo que ia correr tudo bem. Respirei fundo, sentindo o doce perfume da Maya.
A única coisa acertada a fazer era ir com eles para o Arizona. Eu não me queria afastar da Maya nem dos meus amigos. Para além disso, eu tinha combinado com a Maya que ia ser transformado. E o facto de ir para o Arizona significava que ia voltar a estar com o meu melhor amigo.

horas depois

maya pov

Entrei em casa do Alonso, observando tudo com muita atenção.
Ouvi a mãe do Alonso e a mãe da Luna a conversar na sala. Alonso deu-me a mão e encaminhou-me para a sala, onde a mãe do Alonso me observou com curiosidade e também com um pouco de medo.

- Mãe... Esta é a Maya – apresentou-me o Alonso.

Sorri e a senhora veio cumprimentar-me com dois beijinhos.

- Estava ansiosa por te conhecer – disse ela, com um sorriso lindo.

Não consegui dizer nada pois estava demasiado nervosa.
Sentámo-nos no mesmo sofá e Alonso apressou-se a explicar o que se passava. Quando a sua mãe percebeu que o filho estava mesmo decidido a abandonar tudo para poder ir comigo para o Arizona, ficou preocupada, nervosa, triste.
Custava-me ver o Alonso a abdicar de tudo para ficar comigo.
Sei que fui eu que lhe pedi para vir connosco para os Estados Unidos, mas agora que vejo as consequências da sua decisão, custa-me ver que ele está a abdicar de uma vida normal para ficar comigo...
Por outro lado, era uma sensação fantástica ver que o nosso amor era mais forte que tudo. Tão forte ao ponto de fazer com que nada mais importe. O Alonso estava abdicar da sua família, dos seus amigos, da sua vida, para poder estar comigo. Estava a fazê-lo porque me amava.

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