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- Os tiros atraíram a vizinhança. Chamaram a polícia – informou o George, aparecendo na sala acompanhado por dois polícias.

Trocámos olhares desconfortáveis entre todos e percebemos o que George e Telmo pensavam fazer.
Em menos de alguns minutos, eles encantavam os dois polícias, de maneira a que a polícia não andasse com as atenções em cima de nós. Enquanto isso, Bryan e Freddy foram lá fora explicar aos vizinhos que tudo o que aconteceu não passou de uma tentativa de assalto mas que, como a casa estava cheia de gente e o assaltante era só um, não teve hipóteses e apenas disparou para o teto numa tentativa de nos assustar. Depois de assegurarem às pessoas de que estavamos todos bem, voltaram para dentro de casa.
Os polícias já tinham ido embora, sob o encantamento de George e Telmo.
Apressámo-nos a tirar as cinzas de James dali, pois Nayana não estava nada bem com o que acabara de acontecer e nenhum de nós estava com disposição para ficar o resto do dia a olhar para os restos mortais do nosso amigo.
George apressou-se a levar Luna e Carlos para o escritório dele, onde iria tratar deles para que recuperassem dos ferimentos. Já sabíamos que Carlos iria recuperar em pouco tempo, mas a nossa grande preocupação era Luna. Ela era humana, não tinha a mesma resistência que os vampiros têm, e não sabíamos se ela iria conseguir sobreviver, já que os seus ferimentos eram demasiado graves.
Quando as coisas na sala acalmaram, apressei-me a subir as escadas e a entrar no sótão.
Assim que me viu, Alonso veio logo abraçar-me, super preocupado.

- Estás bem?

- Sim, não te preocupes, não me aconteceu nada.

- Mas ouvi tiros... - murmurou ele, sem estar convencido de que estava tudo bem.

Suspirei e sentei-me na cama do Jos. Alonso veio sentar-se ao meu lado e abraçou-me pela cintura, apercebendo-se de que aconteceram coisas muito graves.

- O Alan estava armado com uma arma carregada de balas de prata. Disparou contra a Nayana mas o James meteu-se à frente e morreu. O Carlos tentou armar-se em herói e meteu-se à frente da Alba no momento em que o Alan disparou contra ela, e foi atingido no ombro. A Alba ficou furiosa com o que o Alan estava a fazer e atacou-o. No meio daquela confusão, a arma disparou e a Luna foi atingida na barriga – expliquei.

Notei o medo visível no olhar do Alonso.
A Luna teve uma excelente ideia ao trancar o Alonso aqui, ao menos assim não lhe aconteceu nada. Se tivesse acontecido alguma coisa ao Alonso, eu não sei como seria. Já perdi pessoas que chegue, não quero perder o Alonso.

no dia seguinte

Desci as escadas de mão dada com o Alonso, e quando chegámos à sala reparámos que a porta já estava arranjada.
Encontrámos o grupo todo reunido na sala, com exceção do George, da Luna e do Niall.

- O George levou-a para o sótão ontem à noite, e esteve a tratar dela durante a noite toda – explicou o Bryan.

- O Niall não deixou a Luna sozinha nem por um minuto, passou a noite toda junto dela... Mas nem ele nem o George nos deram notícias – concluiu o Zayn.

Liam veio cumprimentar-me com um abraço e de seguida fui abraçar o meu irmão. Passei a noite toda preocupada com ele,  só queria que ele ficasse bem.
O ambiente na sala estava muito pesado. Nayana encontrava-se de rastos, pois ainda não recuperara do que acontecera no dia anterior. E eu entendia perfeitamente o que ela estava a passar neste momento. James morrera para salvar a sua melhor amiga, tal como Tiago morrera para me salvar. Para dizer a verdade, acho que eu e a Nayana nos compreendíamos uma à outra melhor que ninguém.
O que me fazia mais impressão era a expressão super pacífica da Sonia. Acabara de perder um amigo mas para ela é como se nada tivesse acontecido.
Suspirei e voltei para junto do Alonso, que se estava a sentir bastante desconfortável com a situação.

- Temos de resolver este problema de uma vez por todas – decidiu o Zayn, levantando-se do sofá e andando de um lado para o outro.

Fui até à cozinha buscar uma garrafa de sangue e voltei para junto deles.

- E qual é a tua ideia para acabar com isto? – perguntei.

Ele encolheu os ombros e continuou a andar em círculos.

- Contínuo a achar que deveríamos pedir ajuda – disse o Telmo.

- E a quem é que podíamos pedir ajuda? – perguntou o Dani, curioso.

- Há muitos vampiros que nos podem ajudar – explicou ele – Os amigos de George, do Arizona. Ou então Aro, um dos vampiros mais poderosos, antigos e justos. Eu tenho alguns amigos que são bruxas e feiticeiros, que não pensariam duas vezes para nos ajudar.

- O Telmo tem razão.

Olhámos todos para as escadas e vimos George e caminhar na nossa direção.

- Já perdemos demasiadas pessoas. Não vou admitir que o Alan faça mais estragos – disse ele, num tom decidido.

Todos concordámos e começámos a planear o que fazer daqui para a frente.
Telmo iria telefonar a Aro e falar com ele, enquanto George iria ligar a JJ para falar com ele e com os outros seus amigos do Arizona.
Teríamos de resolver o problema do Alan tendo imenso cuidado, pois nenhum de nós esquecera a pequena conversa do Niall com o caçador de vampiros. Teríamos de atuar tendo muito cuidado para não sermos apanhados, principalmente a Sonia.

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