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- Alguém andava a rondar a vossa casa – disse o Liam, igualmente preocupado e sério.

O som de uma porta a abrir-se no andar de cima chamou a nossa atenção. Um segundo depois a Maya apareceu ao pé de nós, também preocupada.
Liam abraçou-a e o George prosseguiu com a conversa, tentando perceber melhor o que se passava.

- Ficámos preocupados com a história que o Niall nos contou e temos andado a rondar a cidade, juntamente com o Connor e o James – explicou o Zayn – Há pouco vínhamos a passar por aqui e vimos um vulto a rondar a vossa casa. Pensamos que possa ter sido o Alan, mas nós não lhe vimos a cara e quando ele se apercebeu da nossa presença fugiu antes que o pudéssemos identificar.

George andava de um lado para o outro, pensando no que ouvia enquanto observava o chão da sala.

- Isto está a tornar-se muito perigoso. Precisamos de tomar medidas – disse por fim o George, com um ar muito sério.

connor pov

- Não anda ninguém por aqui – concluiu o James, fazendo-me suspirar.

- Achas que o Alan vai continuar desaparecido por muito mais tempo? – perguntei, olhando em volta, observando com atenção a rua deserta.

- Não sei, mas se ele se quer vingar do George e dos outros não vai demorar muito tempo a aparecer. Pelo que o Niall contou, ele é esperto.

Saltei para o chão e dei uns passos em frente. James imitou-me e saltou também da árvore, seguindo-me.

- Vamos voltar para junto das miúdas e do Niall – pediu ele e eu concordei.

Começámos a caminhar até uma pequena casa abandonada, onde nos instalámos quando chegámos à cidade. Pelo caminho íamos muito atentos para nos certificarmos de que não éramos seguidos.
Quando entrámos em casa, Sonia veio logo ter connosco.

- Encontraram alguma pista do Alan?

- Não – respondeu o James, caminhando até à velha sala em ruínas.

- A Nayana? – perguntei.

- Está na cozinha.

Não respondi e fui até à cozinha, onde encontrei a minha namorada sentada numa velha mesa. Assim que me viu veio logo abraçar-me.

- Estava tão preocupada... - sussurrou com a voz trémula.

- Eu estou bem, não te preocupes – respondi carinhosamente enquanto lhe afagava o cabelo.

Mantivemos-nos uns minutos em silêncio até que ela acabou por quebrar o gelo.

- Achas que o Alan é assim tão perigoso?

- Acho. Temos de ter muito cuidado e fazer os possíveis para nos protegermos uns aos outros.

- Mas por que é que temos de os ajudar? – perguntou ela, com uma voz revoltada – Por que é que não podemos simplesmente continuar com as nossas vidas, longe daqui, sem arranjarmos problemas para nós?!

Suspirei. A Nayana sempre foi uma rapariga que não gosta de confusões nem de guerras. Sempre que há algum problema, ela sente-se sufocada.

- O George e os amigos dele são nossos amigos. Temos de os ajudar, temos de nos manter unidos... - disse, dando-lhe a mão.

- Sabes que eu não gosto de guerras. Já te esqueceste que foi por causa de uma guerra que o Álvaro morreu? Ele morreu, o Telmo e o Tiago desapareceram, tudo por causa desta luta constante contra aquele maldito caçador de vampiros! – exclamou ela, deixando cair uma lágrima.

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