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horas depois

dani pov

Estava eu a ver o jogo entre o Atlético de Madrid e o Real Madrid quando ouço a porta de casa a abrir. As vozes do Bryan e do Alonso soaram pela casa, fazendo-me levantar imediatamente do sofá. O que é que o humano está a fazer aqui?

- A Maya está em casa? – perguntou o Bryan quando me viu.

- Sim... Está no quarto, porquê? – perguntei, olhando fixamente para o Alonso.

- O Alonso precisa de falar urgentemente com ela. Encontrei-o no jardim e ele pediu-me imenso para o trazer aqui.

Observei-o da cabeça aos pés, com pena do rapaz.
Eu sabia dos planos do George e do que a Maya fez ao Alonso. Apesar do Alonso ser humano e de estar constantemente em perigo quando está próximo da Maya, eu não podia deixar de lamentar a situação. Eu gostava de os ver juntos, acho que o Alonso é uma excelente pessoa. Mas infelizmente ele corre perigo e o que a Maya estava a fazer era o mais acertado.

- Eu vou chamá-la – acabei por dizer, suspirando.

alonso pov

Quando o Dani subiu as escadas, pude reparar finalmente no estado em que se encontrava a sala.
Várias malas estavam espalhadas pelo chão, o que me despertou a atenção.

- Vamos viajar – explicou o Bryan, com um sorriso, parecendo ler os meus pensamentos – A Maya não te contou?

Olhei-o nos olhos e pareceu-me que ele sabia da carta que a Maya me deixou.

- Mais ou menos. Não sabia que iam viajar todos. Pensei que só fossem a Maya e o...

Nesse momento o Dani apareceu na sala acompanhado pela Maya.

- Bryan? – chamou o Dani e foram os dois para a cozinha, deixando-me sozinho com ela.

- O que é que estás aqui a fazer? - senti a voz dela tremer.

- Vim falar contigo – disse, tentando não demonstrar o quanto eu estava a sofrer naquele momento – Por que é que fizeste isto?

- Estás a falar do quê?

- Da carta. Da pulseira...

Apercebi-me de que ela ficou nervosa quando me ouviu falar na pulseira.
No momento em que ela me ia a responder, alguém entrou em casa. Olhámos para a entrada e vimos o Jos, caminhando enquanto lia uns papéis.
Assim que nos viu, ele guardou imediatamente os papéis no bolso do casaco e olhou para mim com um olhar diferente, talvez com pena.

- O que é que estás aqui a fazer? – gaguejou ele, nervoso.

- Precisava de falar com a Maya – e desviei o olhar do dele.

- Jos, podes deixar-nos sozinhos? – perguntou ela.

Ele acenou que sim e subiu as escadas para o andar de cima. Maya deu alguns passos na minha direção e olhou-me nos olhos, mas depressa se afastou, sentando-se num dos sofás.

- Eu sei que estiveste em minha casa várias vezes, sem eu saber.

Ela olhou para mim, em pânico, mas tentou disfarçar.

- Isso é um disparate! – exclamou, levantando-se e caminhando pela sala, sem esconder o seu nervosismo.

Caminhei até ela e agarrei-a por um braço, colocando-a frente a frente comigo.

- Diz-me na cara que tudo o que escreveste na carta é verdade. Diz-me que amas o Jos e que vais viajar com ele! Diz-me que nunca sentiste nada por mim e que nunca foste a minha casa só para poderes estar mais perto de mim!

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