no dia seguinte
maya pov
- Posso? – perguntou Dani, batendo à porta.
- Sim – respondi, acabando de me pentear.
- Então? Já estás pronta?
Acenei que sim, sem conseguir disfarçar o nervosismo que sentia.
Hoje ia a casa do Alonso conhecer os seus pais, e a Luna vinha comigo. Eu estava bastante nervosa pois tinha medo que os pais dele não gostassem de mim... Era bom sinal que a mãe do Alonso tivesse pedido para me conhecer, mas mesmo assim eu não sabia se ia ser aceite ou não.- Não fiques nervosa – disse o Dani, abraçando-me pela cintura e dando-me um beijo na bochecha – Vai correr bem. Para além disso não vais estar sozinha. A Luna vai estar contigo.
- Pois. E por falar nisso, não achas que a Luna vai estar a fazer um grande esforço para sair de casa? Ela ainda não está totalmente recuperada...
Realmente eu estava seriamente preocupada com a minha amiga. Ela passou por muitas dificuldades e, apesar de o George ter tratado muito bem dela, a Luna ainda não estava recuperada e eu tinha medo que ela estivesse a arriscar demasiado. Afinal de contas era a sua saúde que estava em causa.
- O George acha que ela está a recuperar bem. Ontem, a mãe dela esteve cá em casa e fez os possíveis para ajudar a Luna com uns feitiços. Vais ver que ela não vai ter nenhuma recaída – explicou ele, tentando reconfortar-me.
Apenas sorri e peguei no meu casaco e na minha mala.
- Bem, eu vou andando.
- Boa sorte – disse ele, sorrindo.
Saí do quarto e desci as escadas, encontrando a Luna sentada no sofá com o Niall.
- Estás pronta? – perguntei-lhe.
- Sim – respondeu ela, levantando-se lentamente com a ajuda do Niall.
- Eu estive a pensar e acho melhor ir convosco – disse o Niall – Fico mais descansado se estiver convosco e garantir que não vos acontece nada.
- Não é preciso... - murmurou a Luna, mas foi interrompida pelo Niall.
- Mas eu prefiro ir. Se ficar cá em casa só vou ficar a atrofiar e assim tenho a certeza de que estão bem.
Tanto insistiu que acabou por nos convencer. Minutos depois estavamos a caminhar pela rua em direção a casa do Alonso.
Íamos na conversa, despreocupados, e isso foi o suficiente para que não prestássemos atenção ao que nos rodeava.
Sem estarmos à espera, Niall foi atingido por uma bala de prata mesmo em cheio no coração, transformando-o em cinza. Fomos apanhadas de surpresa e não sabíamos o que fazer. A reação de Luna foi agarrá-lo com todas as suas forças, a chorar.
Eu estava em choque e só olhava em volta, preocupada com o que podia estar a acontecer. Quem matara Niall podia aparecer a qualquer momento e eu não estava preparada para uma luta.
Luna chorava junto às cinzas de Niall, desesperada, maldizendo a pessoa que tinha feito aquilo.
Peguei no meu telemóvel, com as mãos a tremer, e procurei o número do George.- Sim? – perguntou assim que atendeu a chamada.
- George... - murmurei, sem saber bem o que lhe dizer – O Niall morreu...
- O quê?! Como é que isso aconteceu?!
- N-não sei... - gaguejei, nervosa – Nós íamos a andar na rua, íamos a casa do Alonso, e de repente ele foi atingido por uma bala de prata...
- Não viste ninguém?
- Não... Mas eu tenho medo que estejam a vigiar-nos... O que é que eu faço George? – comecei a chorar.
- Tem calma. Vocês agora não podem vir para casa porque, quem quer que seja que matou o Niall, pode seguir-vos até aqui.
- Então o que é que faço?
- O melhor é irem para um sítio público... Assim vai haver imensa gente e não correm o risco de serem atacadas – explicou ele.
Ele tinha razão, era o melhor a fazer. Eu tinha de conseguir proteger a Luna.
O George depressa me deu o nome de um bar para onde devíamos ir, dizendo que ia lá ter connosco. Quanto ao Niall, George garantiu que daqui a pouco passava por aqui para fazer desaparecer os vestígios dele.
Foi complicado conseguir convencer a Luna a sair dali, mas acabei por convencê-la e fomos para o tal bar o mais depressa possível.
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acreditas em vampiros ?
VampireOlá, chamo-me Maya e tenho, aparentemente, dezoito anos. O meu pai era espanhol e a minha mãe era de descendência portuguesa. A minha família era da alta sociedade, rodeada de luxo e de riqueza. Digo 'era' porque todos da minha família já morreram...