Capítulo 8

830 102 54
                                    



Manhattan, Nova York – 13 de Março de 2007.

A cortina. Aquele pedaço de tecido era o único empecilho para que a mulher loira conseguisse desfrutar a visão que tinha do Central Park. Era uma vista privilegiada como também o apartamento em que vivia ali no pedaço mais caro do mundo.

Assim que terminou de se arrumar impecavelmente como usual, a mulher afasta a cortina e contempla. Ficaria ali por alguns instantes e então vestes seus saltos altos e parte para um novo capítulo em sua vida.

— Bom dia a todos! – Sr. Taylor o dono do Hospital Memorial Catherine Taylor pedia atenção de alguns dos seus funcionários. — Esta é a Dra. Carmachael, ela será a nova diretora do hospital.

— Muito prazer a todos. Quero dizer que minha porta estará sempre aberta para o que precisarem. — a mulher loira falava pausadamente e com uma voz suave, porém firme.

Dizendo isso Eileen Carmachael e o Sr. Taylor deixam à recepção do quinto andar da ala cirúrgica e partem para outro setor. Assim seria aquele primeiro dia de Eileen como diretora de um dos hospitais de mais prestígios de Nova York. Estava atingindo esse posto muito cedo aos 38 anos, mas sua competência e reputação como médica era algo a ser notado e o Sr. Taylor não a deixou escapar.

Eileen vem de uma família milionária, poderia ter tido qualquer profissão ou não ter feito absolutamente nada. Era a única herdeira. Seu pai sempre fez com que ela merecesse o dinheiro que possuía e desde garota se sentiu atraída pela medicina, talvez por ter acompanhado a doença da avó de perto foi um fator decisivo para estudar medicina. Dedicou-se por muito tempo a isso, mas sempre gostou de liderar e agora teria ao seu comando aquele hospital.

— Já ouviram falar dela? — Jessica inicia o burburinho.

— Sim, dizem que é implacável e não hesitará em mandar quem quer que seja embora. — John completa.

— Estamos todos na corda bamba. — Patrick entra na conversa.

— Theo, tome cuidado com as suas gracinhas costumeiras, acho que essa você não leva. — Richard volta-se para Theo o seu rival mais próximo, sendo na profissão quanto no particular.

Theo apenas sorriu para o seu colega de profissão com um ar de moleque travesso. Theo estava trabalhando nesse hospital há três anos e tinha se tornado um dos seus principais cirurgiões. E também carregava em suas costas a fama de conquistador. Já tinha perdido a conta de quantas enfermeiras ou médicas levou para debaixo dos seus lençóis. Vendo Eileen e sabendo da sua fama de mulher centrada e controladora algo dentro dele despertou, precisa ter aquela mulher.

— Veremos, Richard, veremos! — dizendo isso volta para a sua sala com o seu andar de jaguar.

— É um convencido mesmo. — Richard sorria, mas no fundo sentia muita inveja de Theo em todos os sentidos. Theo além de ser um médico melhor, era um homem desejável totalmente o seu oposto.

— Ele nem precisa ser convencido, Richard. Ele é tudo isso mesmo. — Jessica responde à Richard com um ar de saudades, fazia muito tempo que não era levada para o seu refugio.

— É isso tudo mesmo? — Richard sempre ficava curioso a respeito de esse poder todo que Theo tinha sobre as mulheres.

— E como! Não consigo nem sentir raiva, sabia? Apenas fico triste... Foi tão bom e em tão pouco tempo, queria ter tido mais. — Jessica faz uma cara de triste.

— Com tantas mulheres dando em cima dele, querida, sonhe! O homem pode ter uma mulher diferente para cada dia do mês e ainda sobrará uma fila de outras tantas querendo ser inclusas. — Andrew que estava escutando interrompe a conversa de Richard e Jessica — Melhor voltarmos ao trabalho porque essa mulher não é brincadeira.

Amargos Segredos [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora