* 30*

103 16 7
                                    

Á esquina de uma rua, chegamos num túnel bem longe de toda a movimentação da cidade, o cheiro era desagradável, o ar pesado, a Joddie começou a tremer.

Encontramos uma casinha velha de madeira, de longe podíamos ouvir o ranger da madeira velha balançada pelo vento.

Tinha uma varanda com alguns vasos de plantas secas e devoradas pela  sede de água e o mal que parecia rondar aquela casinha. A porta abria e fechava seguindo o movimento do vento que só havia ao redor da casa.

Chegamos bem perto, silenciosamente nos aproximamos da entrada seguindo o pastor, que alguns minutos atrás havia entrado. O silêncio foi interrompido com o ranger da escada velha de madeira partindo, então todos nós tentamos esconder achando que alguém estava atrás de nós, mas foi só o vento.

Empurramos a porta com cuidado e a surpresa ao entrar na casa, não havia nada ali, além de um sofá velho na sala, um pedaço de cortina suja e velha no chão, do canto esquerdo da casa havia um prato e uma colher de prato cheio de poeira e algumas baratas que pareciam estar aproveitando dos últimos restos de comida.

Fomos até a cozinha que ainda estava equipada com um fogão velho, a pia cheia de louça suja de lama e restos de ossos e esqueletos de peixes.

Se não fosse pelo fato de virmos o Aurel entrar na casa, juraríamos que não havia ninguém ali, agora só nos resta descobrir para onde ele foi, a porta dos fundos estava trancada com uma corrente enferrujada e um cadeado consumido pelo tempo mas ainda firme, por isso não tem como ele sair da casa.

Coustin começou a usar seus conhecimentos mágicos para tentar encontrar um vestígio.

Sem ao menos sentir ou ouvir algo, fui lançada para o outro canto da casa quebrando a barreira entre a cozinha e um quarto velho e fedido a cadáver, vi a Jo arregalar os olhos e o Coustin a preparar para lutar, no mesmo instante que aparece a Beatrice com olhos brancos, um vestido todo rasgado e sujo, a pele todo desfigurado como se ela tivesse sido queimada, o Aurel com olhos negros e um sorriso maléfico no rosto.

A Beatrice começou a balançar as mãos na medida em que eu ia levantar fui atingida novamente e agora por uma rachada de vento quente, senti como se estivesse sendo queimada viva, uma dor imensa tomou conta de mim, deito no chão e grito por socorro.

O pastor Aurel, salta pra cima do Coustin tentando agarrar o seu peito com as suas unhas compridas e negras, ele uivava como se fosse um lobo faminto.

Nesse instante vi que a Jo não estava mais ali  entre nós, pensei em várias hipóteses, talvez ela estivesse escondida, ou foi atingida e ficou ferida, mas não, ela aproveitou a oportunidade que todos estavam distraídos e tentar encontrar o meu corpo, a Jo começou a comunicar comigo através dos pensamentos, nunca imaginei que ela fosse capaz disso, mas fiquei feliz em saber que ela estava bem. A partir desse momento, eu tinha que dar mais tempo a ela, distrair a Beatrice até onde eu puder apesar da dor que eu sentia, eu sou só um espírito, não tenho corpo então não seria possível eu sentir dor algum,coloquei esse pensamento na minha cabeça, e ouvi Joddie me falar " é isso mesmo Marie seja forte, acabe com essa vadia", respondi pode deixar.

Levanto corro na direção da Bea, sem noção do que poderia acontecer, abri as mãos e me joguei em cima dela, num grito nós caímos madeira a baixo.

Levantei de cima dela, olhei ao redor e estávamos em baixo da casa, num porão cheio de madeiras, cadeiras, algumas louças velhas, e cheirava podre. 

Curiosamente, ando de um lado para o outro tentando não sei o quê, foi então que vi uma porta, fui na direção dela mas barada pela bruxa da Beatrice que novamente me jogou contra parede.

Bom pra mim já chega, não sou bola pra ser jogada desse jeito, procuro comunicar com Jo sobre o que faço para acabar com aquela bruxa, e de repente o Coustin aparece e diz, Marie deixa comigo, já terminei com o psicopata do Aurel.

Surpresa pergunto, mas como?

Não se esqueça que diferente dela ele era humano por isso é mortal, disse Coustin.

 Ah sei.

Saio de lado e vejo Coustin enfrentar a Beatrice. A Jo me chama, Marie deixa os dois ali e vem, obedeço quando entro naquela porta que havia visto antes, deparo com o meu corpo, me alegro muito, e a Jo me diz, agora senta aí bem em frente desse livro e começa a ler essas palavras, e não se distraía por nada, enquanto eu tento botar na tua boca o liquido da adaga.

Isso que dizer que já já estarei no meu corpo?

Não queridinha, quer dizer que já já, vais estar com os teus pais queridos no inferno, disse a Beatrice toda enraivada e maléfica.

Eu e Jo em simultâneo gritamos, Você? Olhamos uma a outra,mas e o Coustin?

Music by:Michael Myers- Halloween theme


Amizade SobrenaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora