Quatro meses...

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Tomamos sorvete e liguei para Marissa para avisar onde eu estava e sei que a mesma não havia gostado nada de saber com quem eu estava.

--- Marissa me odeia!

--- Não exatamente! - sorri de leve. --- Ela só tem muitos ciúmes.

--- É normal, vocês se conhecem a anos.

--- Sim. - sorri largo. --- Marissa seria a mulher que eu casaria se gostasse da fruta. - gargalhamos.

--- Demi, você é muito divertida. - ela comentou. --- Acabou de sair de uma reunião desastrosa e está de boas. Eu no seu lugar estaria péssima.

--- Dê, não vou negar que vai ser difícil e que certamente Simon vai me fuder. - ri. --- Mas eu quero muito o bem-estar dos meus bebês e sei que aqueles que me amam vão está ao meu lado.

--- Eu vou está aqui para te apoiar sempre.

---Eu sei e agradeço.

--- Quando será a "despedida"?

--- Quero fazer isso no meu aniversário.

--- Vai demorar um pouquinho.

--- Estou com dois meses e uma semana, então tenho quatro meses para me preparar.

--- Faremos com que seja um show lindo e inesquecível.

---Obrigada! - a abracei e ouvi um pigarreio.

--- Oh, sinto muito em estragar o momento. - Marissa falou falsamente. --- Estarei esperando lá fora.

--- Ma...- ela saiu e eu revirei os olhos.

--- Vá Demi! -ela pediu. --- Eu pago.

---Me desculpe! Obrigada. - saí dali rapidamente e fui ate o carro de Marissa.

Entrei no carro e a encarei frustrada e ela deu partida.

--- Que merda foi aquela?

--- Você adora ser o centro das atenções, Demi.

--- Que merda tá dizendo? - minha voz saiu surpresa e raiva ao mesmo tempo.

--- A verdade.

--- A verdade? Está possessa, Marissa. - berrei. --- Pare a merda do carro. - choraminguei.

--- Desculpe Demi.

--- Pare! - solucei.

--- Dem's me desculpe, por favor. - ela implorou e sua voz estava embargada. --- Eu só...- ela chorou e parou o carro perto de um restaurante.

--- Céus! Que bosta está havendo?

--- Eu tenho medo.

--- Medo? Do que Callahan?

--- De você me esquecer.

--- Callahan! - suspirei. --- Eu nunca vou esquecer de você ou te trocar.

--- Você já fez uma vez.

Meu peito se apertou e eu sabia exatamente do que ela falava : Selena.

--- Eu...me desculpe. Sei que só isso não basta e também sei que esse medo talvez nunca passe...mas eu não irei fazer isso novamente, eu sinto muito realmente.

Ela me abraçou e ficamos chorando por uns minutos. Depois rimos uma da outra.

--- Somos idiotas! - comentei e Marissa riu mais ainda.

--- E choronas.

--- Você que é chorona, eu estou grávida, é diferente. - retruquei.

--- Sei. - dito isto, ela deu partida e fomos para sua casa novamente.

...

--- Por que não posso ir para casa? - falei ao deitar no sofá.

--- Porque Wilmer me obrigou a te aturar o dia todo. - ela riu e sentou ao meu lado e eu fiz uma caretinha.

--- Ate parece que estar ao meu lado é um sacrifício. - dei de ombros. --- Você me ama.

--- Pior que você tem razão, vadia.

--- Respeita a mãe do seu afilhado ou afilhada, vaca loira. - rimos.

--- Melhor pedirmos comida.

--- Sim! Quero italiana.

--- Sim senhora! O telefone.

O peguei e entreguei para a mesma e ela fez os pedidos e em meia hora o pedido seria entregue. Ela me deu o telefone novamente e eu o coloquei no canto.

--- Foi rápido a reunião. - ela comentou fazendo massagem nos meus pés.

Fiquei um pouco tensa e a vontade de chorar me dominou.

--- O que houve? - ela perguntou assustada.

--- Simon...- foi o único que pude falar.

RaptadaOnde histórias criam vida. Descubra agora