Cuidaremos desse anjinho...

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Entramos no carro e Dallas nos acompanhou. Vovó Mimaw havia ficado com Maddie e Eddie, olhei pela janela do carro e vi Maddie chorando - ela sempre fora sensível. Minha mãe deu partida, respirei fundo e agarrei a mão de Dallas ao sentir uma dor forte.

--- Mer-da! - falei entre dentes e segurando o choro.

--- Deite Demi. - Dallas pediu e assim o fiz, deitando minha cabeça em suas pernas e ela acariciou meus cabelos.

--- Wilmer...- foi a única palavra que saiu antes do meu choro.

--- Ligarei...mas tente ficar calma. - Dallas falou baixinho.

Nada disse, eu só queria chegar logo na porra do hospital e salvar meus bebês. Meia hora estávamos no hospital - minha mãe havia passado os limites de tudo. Minha mãe ficou na recepção e me levaram para a sala de emergência. A dor só aumentava e eu sabia que isso não era nada bom. Depois de alguns minutos os procedimentos haviam começado e eu estava muito nervosa.

--- Doi... - falei fraca ---- Salve-os. - completei ficando sonolenta.

--- Acalme-se! Tudo ficará bem.

O médico falou e logo senti meus olhos pesarem e fui os fechando lentamente.

...

Acordei e estava em um quarto. Suspirei pesadamente e logo senti segurarem a minha mão, Wilmer estava ao meu lado e sei que havia chorado.

--- O que houve? Eu os perdi, não foi? - minha voz já estava embargada.

--- Acalme-se Nena. - ele pediu.

--- ACALME-SE UM CARALHO, WILMER. - berrei. --- PERDI MEUS FILHOS.

--- Um se salvou. - ele falou triste, mas com um meio sorriso.

--- Oh...- falei surpresa e instantaneamente pus as mãos na barriga. --- Por que aconteceu isso? Sou uma péssima mãe. - me culpei.

--- Não diga bobagens, Demi. - ele sentou ao meu lado. --- As coisas acontecem...

--- Mas foi minha culpa, Will. - funguei e escondi meu rosto entre as mãos.

--- Por que diz isso? - ele falou segurando meu queixo delicadamente.

--- Eu caí...estava com a vovó na cama e caí. - senti seu corpo ficar tenso, pensei que ele explodiria mas só me abraçou e choramos baixinho.

--- Cuidaremos desse anjinho e o amaremos muito. - ele falou baixinho.

--- Eu te amo!

--- Durma um pouco. - ele falou e eu suspirei baixo.

Fechei os olhos e me permitir descansar nos braços dele.

RaptadaOnde histórias criam vida. Descubra agora