Luna.

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Saí pela janela com cuidado e fui engatiando ate a árvore e me concentrei , respirei fundo e logo ouvi a voz novamente e ele estava bravo.

- Não vai escapar dessa vez, Luna.

Pulei e me segurei o mais forte possível. Meu rosto estava banhado pelas lágrimas, voltei a olhar para a janela e ele não estava mais ali, eu teria que ser rápida, pulei e ignorei a dor que senti em meu tornozelo, levantei e fui correndo ate a entrada principal e abri o portão, saí e Chris me abraçou.

- Me tire daqui. - choraminguei.

Saímos dali e fomos ao seu carro, ele abriu a porta para mim e entrei, fez o mesmo e deu partida.

- Temos que ir a policia.

- Não, por favor! - implorei.

- Luna, esse cara não pode ficar solto.

- Depois falaremos sobre isso ok? - ele bufou.

- Ele é o cara do parque?

Virei o rosto e o ouvi rosnar ao socar o volante.

- Dessa vez eu não vou te ouvir. Vamos a delegacia e..

- EU NÃO VOU E NÃO POSSO DENUNCIAR O MEU PAI, christian. - minha voz falhou.

Solucei. Ele parou e ficamos em silencio. Ele se levantou com cuidado, pegando minha mão e me puxando para trás do carro. Ele sentou e me puxou para sentar em seu colo, assim o fiz e ele beijou o topo da minha cabeça.

- Desculpe...- ele falou baixo.

- Prometa que não irá fazer nada contra ele, Chris. - disparei.

Senti seus braços me apertarem e sua mandibula contrair.

- Por que tanto medo?

- Não é medo. São sentimentos, Chris. Ele é meu pai, mesmo com tantos defeitos. - estremeci e ele me abraçou mais.

- Ele abusou de você não foi? - sua voz saiu entre dentes.

Solucei, me encolhendo em seus braços, agarrei sua blusa com uma mão.

- Eu não queria...- minha voz se perdeu.

- Maldito! - sua voz era dura, mas estava embarcada. - Eu nunca mais vou deixar ele tocar em você, prometo.

RaptadaOnde histórias criam vida. Descubra agora