Demi

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Depois de acordar e voltar a realidade, eu quis chorar mais ainda. Parecia que a vida só estava contra mim e minha família, quando estávamos felizes algo acontecia e estragava tudo. Wilmer me abraçou, o agarrei forte, eu queria que ele ficasse comigo e mais ninguém, mas ele tinha que falar a com Isa, nesse momento eu não conseguiria dizer nada, eu só queria chorar.

Wilmer desceu e me encolhi na cama, meu estomago estava ficando revirado, eu não aguentaria segurar nada no estomago. Levantei e corri ate o sanitário e logo senti minha mãe segurar meus cabelos.

- Acalme-se!

Não falei nada, ate porque estava sem condições de fazê-lo. Logo levantei e lavei a boca, suspirei e perguntei a minha mãe que dia era e fiquei pior ainda ao lembrar que estava atrasada.

- Estou atrasada!

- Omg! Então...você..

- Possivelmente. - me virei e a abracei forte.

- isso é uma boa noticia querida.

- Não, não é mãe. - me separei da mesma e ela me encarava incrédula.

- Demi...

- Pode ser do Joe. - minha voz saiu baixa.

- Oh querida...- foi o único que ela falou.

Pensei que ela me abraçaria, mas não o fez, a encarei e ela estava com os braços cruzados. O que era um péssimo sinal.

- Acho bem feito.

- Que merda ta dizendo? Ta desejando o mal para a sua própria filha?

- O que ouviu, e não, não estou desejando o seu mal,mas talvez assim, você aprenda a valorizar as pessoas. Vai perder quem ama e só por agir impulsivamente. Wilmer é um homem muito bom e não merece isso Demetria. Por Deus...- ela respirou fundo. - Sei que não é o momento, mas eu não irei passar a mão na sua cabeça Demi.

- Quero ficar sozinha.

- Isso, fuja como sempre. Mas saiba que se você não contar a verdade, eu o farei. 

Ela saiu como um furacão dali. 

Merda! Eu só fazia burrada. Dianna, realmente não iria passar a mão em minha cabeça. O que eu faria? Dizer a verdade me afastaria do Wilmer e para sempre, só não pelo elo que nos unia, Isa.

Saí dos meus pensamentos ao ouvir a voz chorosa de Isa, certamente Wilmer havia falado com a mesma. Sai do banheiro e sentei na cama, a chamando e a colocando no colo.

- Não iremos?

- Anjo, a mamãe está um pouco triste e meio dodói pra fazer uma viajarem agora, entende?

- Vocês prometeram.

- Eu sei anjo, eu sei...mas...

- Eu quero ir mamãe.

- Me dê um tempo e eu prometo que iremos.

A porta se abriu e vi um Wilmer furioso, ele berrou um: Não iremos viajar, você está de castigo. Fiquei o encarando sem entender nada, Isa se agarrou a mim e começou a gritar. 

- Mamãe, não quero ir. Quero ficar com você.

- Mas não vai. - ele a pegou pelo braço, a fazendo levantar do meu colo.

- Está louco, Wilmer?! O que esta fazendo?- o segui enquanto ele arrastava Isa ate seu quarto.

Ele me ignorou, colocou Isa de joelhos e a proibiu de levantar ate ele mandar, Isa chorava muito. Senti meu sangue ferver, ele não iria fazer aquilo com a minha filha. Me aproximou de Isa e quando fui me agachar para ficar a altura de Isa, Wilmer me segurou.

- Não. - ele falou, duramente. 

- Não vou deixá-la aqui porque você quer, Wilmer.- falei entre dentes.

- Vai! - ele me puxou para fora do quarto e logo me soltou e entrou dentro do quarto.

Foi tão rápido que quando me mexi, ele já havia trancado a porta e eu ouvia somente os soluços do mesmo. 

-Wilmer, abra essa porta!

-Mamãe..

-Wilmer...

Não obtive resposta, chutei a porta e xinguei o mesmo, sentei encostada a parede e abracei minhas pernas enquanto ouvia os soluços da mesma.

RaptadaOnde histórias criam vida. Descubra agora