Dems, vai ter troco.

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Acordei e não vi Marissa ao meu lado. Minha cabeça explodia. Levantei e fui ao banheiro, me assustei um pouco ao ver a minha imagem no espelho. 

Estava horrível. 

Tomei um banho demorado e acariciei minha barriga antes de me vestir.

--- Eu vou ficar bem por você!

Respirei fundo. As lágrimas já ameaçavam cair. Saí do quarto e vi Marissa sentada no sofá e parecia distante.

--- Tudo bem? - perguntei, ao sentar ao seu lado.

--- Caralho! - ela se assustou e pos a mão no peito.

--- Calma! - sorri fraco. --- O que houve?

--- Nada! Vem, vou preparar algo para você comer. - ela se levantou e eu a puxei para sentar novamente.

--- Te conheço! - revirei os olhos.

--- Ta atrasado...

--- Quem ou o que?

--- Minha vagina não sangrou. - ela encolheu os ombros.

---MARI...ISSO QUER DIZER QUE...QUE...

--- Talvez...- ela falou se encolhendo no sofá.

---- AAAAAAAAAA, EU VOU SER TIA! - a abracei.

--- Isso vai fuder com a minha vida, Dems...- ela chorou.

--- Mari, por Deus...não diga isso.

--- Demi, eu não planejei isso. Eu não tenho estrutura pra ter um filho. - ela levantou e ficou andando de um lado pro outro. --- Eu não quero ter um filho.

--- ESTÁ LOUCA, MARI. - levantei a segurei pelos ombros. --- NÃO DIGA BOBAGENS...E POR FAVOR, NÃO FAÇA BESTEIRA. SE TIVER, O BEBÊ NÃO TEM CULPA DA SUA IRRESPONSABILIDADE.

--- EU SEI...desculpe! - ela berrou e logo me abraçou forte e caiu num choro quase sem fim.

Ela acabou dormindo no sofá. A ajeitei e fui ate a cozinha. Fiz um lanche rápido e ouvi a campainha tocar, praticamente corri, não queria que Mari acordasse.

--- Nick...- falei surpresa e com os olhos arregalados.

--- Aconteceu algo? Ta passando mal?

--- Na..ao. - sorri de leve e o abracei.

--- Vim saber como está. Passou a semana me evitando.

--- Não era te evitando, Nick. - revirei os olhos. --- Só estava cansada.

--- Ok! Vou acreditar!

--- Bobo! - soquei seu braço.

--- Calma aí, Mac...

--- Entra! - sorri.

Ouvimos um ronco e eu sorri. Ele me encarou confuso.

--- A loira furacão. - expliquei.

--- Melhor eu voltar outra hora.

--- Deixa de cu doce! - o puxei e fechei a porta.

--- Quanta delicadeza! - ele riu e eu também. --- Ela vai ficar com dor dormindo desse jeito.

--- Leva ela pro quarto!

--- Ela vai ficar irritada.

--- Anda! Seja um cavalheiro.

Ele foi ate a mesma e a pegou nos braços com cuidado. Ela resmungou, mas não acordou. Subimos e ele entrou no quarto para deposita-la na cama e eu aproveitei para pegar a chave e os tranquei.

--- Demi? - ele tentou abrir a porta. --- Demetria.

--- Só vai sair daí quando conversarem e se entenderem.

--- Eu vou sair de qualquer jeito.

--- Boa sorte! - ri. --- São metros de altura e se tentar pular vai ficar todo quebrado e terá sorte se sobreviver. - ele bufou.

--- Dems, vai ter troco.

--- Ate querido!

Saí e fui para a piscina. Deitei na rede e fiquei me balançando. Acariciei minha barriga e sorri. Estava perto dos cinco meses e eu estava curiosa para saber o sexo do meu bebê.

--- Se for menina : se chamará Bricia. - sorri. --- E menino...hm...Lucco, melhor não, me lembra : Louco. Hm...Andy? Definitivamente não sei, vou pedir ajuda aos amigos. Espero que não se matem.

Cantarolei a música que havia feito para o bebê e sorri emocionada. Meu show de despedida seria perfeito.

Mil e uma ideias se passavam pela minha cabeça e eu estava empolgada com isso.

RaptadaOnde histórias criam vida. Descubra agora