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Me servi e tomei o wisque em um gole só. Minha garganta queimou, estava sobrio ao mesmo tempo que a Demi - exatos quatro anos. Enchi o copo novamente e o apertei contra os dedos.

DEMI...- meu subconsciente avisou.

--- INFERNO! - berrei. --- Não posso fazer isso com ela. Tenho que ser forte por ela e nosso bebê. - joguei o copo e a garrafa que estava na mesa pra longe.

Saí dali e fui para o quarto e me joguei na cama. Eu precisava dormir, apenas dormir.

....
Acordei e pela janela pude perceber que já estava quase anoitecendo. Minha cabeça estava explodindo, estava com muita dor de cabeça e é porque nem tomei um porre...imagina se o tivesse feito, Demi me mataria.

--- Demi...- falei desesperado. --- Caralho! - me levantei e fui tropeçando em algumas coisas e indo ao banheiro. --- Tenho que voltar para o hospital. Demi arrancará meu pinto caso não consiga entrar. - faleu retirando a roupa e a jogando pelo banheiro.

Entrei no box e liguei o chuveiro, a água estava fria e isso me incomodou um pouco, mas eu não tinha tempo.

Depois que fiz minha higiene e me vesti, peguei o celular e o desbloqueei, li a mensagem de Demi e logo ouvi seu áudio. Sorri feito bobo e me apressei em sair dali.

Antes de ir ao hospital, parei um uma loja. Já ia entrar quando uma garota me chamou, a olhei meio confuso, mas sorri de leve. Eu já tinha a visto com a Demi uma vez, mas não sabia o seu nome.

--- Pode tirar uma foto comigo? Por favor? - ela pediu eufórica.

--- Claro! - sorri de leve.

Ela pegou seu celular e fez uma Self.

--- Podemos tirar outra? - ela perguntou.

--- Só mais uma! - cosei a nunca, estava sem graça. --- Estou meio atrasado. - expliquei.

--- Ok! - tiramos outra. --- Obrigada. - ela sorriu.

--- De nada, menina! - sorri sem graça.

--- Sarah.

--- Ate uma próxima, Sarah. - sorri novamente e me afastei.

Aquela menina me causava arrepios. Demi também não ia com a cara dela, mas não negava fotos ou autógrafos a ninguém.

Passei rapidamente na loja e logo segui para o hospital.

Demi - Narrando.

Havia acordado, e estava a espera de Wilmer e, restava saber se ele iria aparecer.

--- Demi? - Marissa falou, me tirando dos meus pensamentos.

---Hmm. - murmurrei.

--- Ta sentindo algo? - neguei. --- Então?

--- Wilmer...- faleu chateada.

--- Tenho certeza que logo ele irá aparecer.

--- Ele saiu bem furioso e ainda deve estar. - cruzei os braços. --- Ate porque ele viu a mensagem e o áudio e não falou nada. - revirei os olhos.

--- Ele deve ter se distraído e esqueceu. - ela falou com um sorriso amarelo.

--- Não adianta defendê-lo. - avisei. --- Ele será um homem sem pinto se não entrar por aquela porta ainda hoje. - falei seria e Marissa encolheu os ombros.

--- Calma ok? - ela pediu.

--- E se ele estiver bebendo? - choraminguei baixinho.

--- Claro que não, Dem's. - ela me abraçou. --- Wilmer não faria isso e ainda mais agora.

--- Tenho minhas duvidas...

--- Pois trate de tirar isso da sua cabeça, Dem's. Wilmer não faria isso, ele não faria nada que te deixasse mal...então, não pense bobagens.

Ficamos em silêncio e longos minutos depois vemos Wilmer entrar no quarto e sorri ao ver que ele havia trago um buquê de rosas vermelhas.

--- Suas palavras são como um sussurro, atravessando
Enquanto você está aqui comigo hoje à noite
Estou bem
Você pode ser meu rouxinol?
Sinto você tão perto, eu sei que você está aí
Oh rouxinol
Cante pra mim, eu sei que você está aí
Porque, baby, você é minha sanidade
Você me traz paz
Cante para eu dormir
Diga que você vai ser o meu rouxinol....

Ele declamou para mim e eu nem preciso dizer que já chorava não é? Marissa também chorava.

--- Beijo! Beijo! - Marissa começou com suas gracinhas.

Dei de ombros e ele se aproximou me dando um selinho, mas o segurei pela camisa e o beijei.

Logo ouvimos Marissa pigarrear e rimos ao nos separar com selinhos.

--- Shippo forte o casal Dilmer, mas não precisam se comer na minha frente.- rimos. --- Então, pra não atrapalhar mais ainda, eu estou de saída. - ela pegou sua bolsa.

--- Obrigada Mari. - Wilmer agradeceu.

--- Obrigada nada, Valderrama, necessito de um spa urgentemente e adivinha pra quem vai a conta?! - rimos. --- Acertou se no seu pensamento veio : Você.

--- Pode pedir qualquer coisa que faço.

--- Olha as coisas melhorando! Aprenda com o seu macho, Dem's.

--- Ta me chamando de mão de vaca? - me fiz de ofendida.

--- Nunca! - ela levantou a mão em sinal de paz e rimos. --- Ate casal e só me liguem se for urgente, tipo, caso de vida ou morte. - ela falou e se calou por um instante. --- Desculpem, eu não quis...- a interrompi.

--- Tudo bem, Mari. - sorri de leve. --- Cuide do Batman e obrigada.

--- Pode deixar...ate e boa noite.

--- Boa! -Wilmer falou.

Ela caminhou ate a porta e se foi. Ficamos calados e ele me abraçou e ficou fazendo carinho em meus cabelos.

--- Eu te amo. - ele falou e eu o abracei um pouco mais forte.

--- Também te amo.

RaptadaOnde histórias criam vida. Descubra agora